“Nem Mesmo Todo Oceano”, peça teatral com entrada franca na 1ª Virada Cultural em Pelotas


Foto: Juliana Hilal

Leonardo Brício protagoniza peça teatral que será apresentada em Pelotas no Theatro Guarany com entrada franca e tradução de libras encerrando a 1ª Virada Cultural da cidade.

Foto: Silvana Marques

Em 2013 a diretora carioca Inez Viana adaptou e dirigiu o espetáculo “Nem mesmo todo o oceano”, adaptação teatral do romance homônimo do escritor, dramaturgo e pensador Alcione Araújo. A peça conta os instantes que antecederam o golpe militar e os primeiros momentos da repressão, desvelando os “porões” da ditadura. Após 3 temporadas de enorme sucesso no Rio de Janeiro o espetáculo foi apresentado no Circuito SESC do Cariri CE (Juazeiro do Norte, Iguatu e Crato), em Campina Grande na Paraíba, Belo Horizonte, participou da programação do Festival de Curitiba se apresentou em Fortaleza e voltou ao Rio para esse ano cumprir um circuito de 14 lonas culturais pela periferia da cidade do Rio, sendo indicado ao Prêmio APTR na categoria Melhor Produção e ao Prêmio Questão de Crítica nas categorias Melhor Direção e Melhor Trilha Sonora.

Foto: Cabera

“Nem mesmo todo o oceano” levanta questões de ética e valores, contando a história fictícia de um médico recém-formado, desde a sua difícil infância de menino pobre no interior de Minas, os primeiros tempos de estudante vivendo em pensões no Rio de Janeiro, as decepções amorosas, as frustrações existenciais, a difícil sobrevivência em meio às feras do asfalto selvagem, enfatizando sobretudo o seu processo de perversão espiritual.

“Na peça fatos reais se misturam à ficção, nos trazendo imediata identificação de uma das mais agravantes e dolorosas épocas do nosso país, a era da inocência perdida”, comenta a diretora.

Na encenação de Inez Viana os atores Leonardo Brício, Iano Salomão, Jefferson Schroeder, Junior Dantas, Luis Antonio Fortes e Zé Wendell se intercalam nos diversos personagens que compõem a trama, trajam figurino simples porém elegante e atuam com a liberdade do espaço vazio (não há cenário), com isso a diretora privilegia o ator, colocando-o como centro do espetáculo, valorizando o jogo teatral e a imaginação do espectador.

“Nem mesmo todo o oceano” é um thriller contemporâneo dentro de um romance histórico.

Sinopse: A peça conta os instantes que antecederam o golpe militar e os primeiros momentos da repressão, enfatizando o processo de perversão espiritual do ser humano.

SOBRE A OFICINA: A produção do espetáculo vai oferecer uma oficina de produção cultural, ministrada pela diretora de produção Claudia Marques, com duração de 4 horas, onde será apresentado a formatação de um projeto a partir de uma ideia, falar sobre o conceito da Lei Rouanet, patrocinadores, e propor um exercício.

Nesta oficina, voltada para os grupos locais de teatro, vamos usar como exemplo o projeto do espetáculo Nem mesmo todo o oceano, falando do histórico da peça desde que surgiu a ideia de montá-lo e todos os processos por que passou até chegar nesta circulação.

SERVIÇO DA PEÇA
Dia 15 de novembro de 2015
Horário: domingo, 20h
Local do Evento: Theatro Guarany (Rua Lôbo da Costa, 849, Centro – Pelotas/RS)
Ingressos: GRATUITOS (distribuição de senhas)
Capacidade: 1305 lugares
Informações: (53) 3225-7636
Não recomendado para menores de 16 anos
Duração: 80 minutos

SERVIÇO DA OFICINA
Dia: 15/11/2015 das 14 as 18h
Local: Bistrô da SECULT (Praça Coronel Pedro Osório, 2 – Centro – Pelotas – RS)
INSCRIÇÕES GRATUITAS: Enviar e-mail até o dia 01/11 com o currículo para [email protected]
Vagas limitadas. Participação sujeita a confirmação.

Saiba mais sobre a ministrante em:
http://fabricadeeventosrj.wix.com/fabricadeeventosrj

SOBRE INEZ VIANA (direção)
Natural do Rio de Janeiro, Inez Viana é formada pela Casa das Artes de Laranjeiras, desde 1987. Em 1999, dirigiu e roteirizou o documentário Cavalgada à Pedra do Reino, baseado no Romance d’A Pedra do Reino de Ariano Suassuna. Em 2008 recebeu o Prêmio Qualidade Brasil de Melhor Atriz por sua atuação na peça A Mulher Que Escreveu A Bíblia, pela qual também foi indicada aos prêmios SHELL e APTR. Em 2010 dirige As Conchambranças de Quaderna, texto inédito de Ariano Suassuna, onde obteve críticas elogiosas e recebendo indicações aos prêmios SHELL e APTR de Melhor Direção. Ainda em 2010, é convidada para dirigir o show João do Vale, Na Asa do Vento, no Teatro Nelson Rodrigues, com Chico César, Teresa Cristina e Flávio Bauraqui e Breque Moderno com Soraya Ravenle e Marcos Sacramento, realizado no Teatro Rival. Seguindo com a carreira de direção em teatro, em 2011 dirigiu os atores Alexandre Dantas e Claudia Ventura no espetáculo Amor Confesso onde foi indicada para o Prêmio Shell de Melhor Direção. Em 2012 com sua Cia OmondÉ dirigiu Os Mamutes de Jô Bilac e recebeu o Prêmio FITA de Melhor Direção. Em 2013 interpretou Maria Adília na novela Flor do Caribe da TV GLOBO e Suzana no seriado Meu Passado me Condena do MULTISHOW, dirigiu a peça Maravilhoso de Diogo Liberano. Em 2014 dirigiu Não Vamos Pagar de Dario Fo, no CCBB e Meu Passado me Condena de Tati Bernardi, com Fábio Porchat. Em 2015, também com sua Cia OmondÉ, dirigiu Infância, Tiros e Plumas de Jô Bilac.

SOBRE A CIA OMONDÉ
A Cia OmondÉ surgiu, no final do ano de 2009, da vontade da diretora e atriz Inez Viana em formar um grupo com atores vindo de várias partes do Brasil, para o aprofundamento de uma pesquisa cênica, onde a diversidade, brasilidade e o diálogo com a cena mundial contemporânea (tendo como grande mentor o diretor inglês Peter Brook), fossem concomitantemente estudados. Trata-se de uma busca aos signos do teatro, infinitos se pensarmos na precisão de um gesto ou na magia do aparecimento de um objeto em cena, levando o espectador a ser cúmplice e não passivo, co-autor e não somente voyer do espetáculo. Atualmente, a Cia OmondÉ é formada por um mineiro, um potiguar, um paraibano, um catarinense e cinco cariocas.

FICHA TÉCNICA
Autor: Alcione Araújo
Adaptação e Direção: Inez Viana
Coordenação de Produção: Claudia Marques
Elenco: Cia OmondÉ – Leonardo Bricio, Iano Salomão, Jefferson Schroeder,
Junior Dantas, Luis Antonio Fortes e Zé Wendell
Consultoria Dramatúrgica: Pedro Kosovski
Figurino: Flávio Souza
Direção Musical: Marcelo Alonso Neves
Iluminação: Renato Machado
Concepção cenográfica: Cláudia Marques e Inez Viana
Programação Visual: Dulce Lobo
Assistentes de Direção: Carolina Pismel, Debora Lamm e Juliane Bodini
Produção Executiva: Rafael Faustini e Jéssica Santiago
Um projeto da Cia OmondÉ
Realização: Fábrica de Eventos