Banda pelotense Consentrio movimenta a cena musical durante 2020


Foto: Diandra Cruz

No penúltimo dia do mês de fevereiro deste ano, a Consentrio lançava a música “Insônia”, primeiro single de sua recém iniciada carreira. Na sequência, em 8 de março, este som ganhou um clipe em um belo trabalho audiovisual assinado por Thamires Seus (saiba mais sobre).

Foto: Diandra Cruz

No dia 20 de março, a banda pelotense apresentou nas plataformas de streaming seu primeiro autointitulado EP. O trabalho foi gravado nas primeiras semanas de janeiro no estúdio Trilha Hub Cultural, em Sapucaia do Sul/RS.
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Um calendário que parecia todo certinho e organizado, mas que teve que encarar um pequeno (na verdade, enorme) contratempo: no dia 11 de março a Organização Mundial de Saúde declarou novo Coronavírus como pandemia. A banda formada por Lucas Consentins (voz e sintetizador), Matheus Bastos (guitarra e sintetizador), Jeferson “Bolha” Marchetto (baixo) e Gabriel Soares (bateria, sintetizador e voz), precisou repensar e reorganizar seus planos.
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Com um EP, singles e clipes lançados, a Consentrio aguarda o fim da pandemia para poder finalmente fazer sua estreia nos palcos. A espera, no entanto, não é sinônimo de paralisia. No último dia 31, por exemplo, o grupo liberou o single “Qual é a Questão” (https://linktr.ee/consentrio). Com cada um em sua respectiva casa, a banda tem conseguido lançar materiais extras, fazer clipes e até criar novas músicas, como você pode conferir na entrevista abaixo concedida pelo vocalista Lucas.

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Sessão ao vivo gravada no Diabluras, Pelotas/RS, em fevereiro de 2020.
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– O EP de estreia da Consentrio entrou nas plataformas poucos dias após a Covid-19 ser declarada pandemia pela OMS. Quais eram os planos que vocês tinham antes da pandemia para o lançamento deste trabalho que precisaram ser adiados ou repensados? Isso gerou algum tipo de frustração na banda?
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– A pandemia com certeza mudou todo o nosso planejamento, mas não chegou a nos desmotivar, muito pelo contrário. Encaramos essa limitação que ela impôs a todos como um incentivo a nos dedicarmos cada vez mais, produzir e lançar os nossos materiais que já havíamos previamente gravado, lá por volta de janeiro.
Nossos planos, antes disso tudo, eram de lançar o EP e cumprir a agenda de shows de divulgação, que tínhamos conseguido em vários lugares legais aqui do Estado. Infelizmente isso ainda não rolou, mas não temos dúvida que logo menos já estará tudo de volta, na medida do possível, e estaremos ainda mais preparados pra poder mostrar nosso trabalho para o público.
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– Com o lançamento ficando restrito às plataformas virtuais, me parece que um grande desafio passa a ser o de entender estas ferramentas, seus recursos e como conseguir atingir mais pessoas com eles. Como vocês lidam com isso? Vocês estudam o funcionamento destas plataformas?
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Com certeza, nos obrigamos a estudar sobre isso, mas nem só por causa da pandemia. Temos o entendimento de que a distribuição e divulgação na atualidade é responsabilidade única e exclusivamente nossa, do próprio artista (no caso de artistas pequenos/independentes). Dividimos as funções entre duas pessoas dentro da banda, e procuramos manter uma homogeneidade nas publicações e divulgações, para tentar construir a nossa própria identidade.
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– Os singles São Paulo e “Direto pro Sol” são canções que ficaram de fora do EP e que vocês resolveram lançar agora? Os dois singles ganharam clipes, como é o desafio de realizar um clipe neste momento?
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Fizemos duas incursões (ao estúdio), tanto “São Paulo” quanto “Direto pro Sol” foram gravadas na segunda leva. Demos muita sorte com isso, mas de certa forma, nenhuma delas é novidade. “São Paulo” foi gravada em 2013 com a banda Stand Up, enquanto “Direto Pro Sol” entraria no segundo álbum da Lá Tríade, que nunca existiu, ambos projetos findados que participei.
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“Direto pro sol” é do Dipa, grande amigo que atualmente, independente da pandemia, não está envolvido com projetos musicais. Então, decidimos gravar duas músicas dele, simplesmente porque elas são boas demais para não existirem!
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Quanto à produção de clipes, o processo criativo encontra várias barreiras práticas, mas quando foi diferente? Acaba que a gente tem encontrado saídas criativas e seguras, porque além de ninguém querer pegar Corona, não queremos nenhum tipo de associação com os governantes e o pessoal que está fazendo pouco caso disso tudo.
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 Single “Direto Pro Sol” lançado em julho, com clipe assinado por Guilherme Noremberg
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– Estes singles farão parte de um novo EP da banda? O que mais vocês podem adiantar sobre os novos trabalhos da banda?
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Nosso plano, com o acontecimento da pandemia, se resumiu a fazer lançamentos mensais de trabalhos novos, sejam eles em formato de música ou de vídeo. No começo do ano, mais precisamente em março, lançamos um EP que contém 5 músicas gravadas no Trilha Hub Cultural. Nessa mesma leva já gravamos as que estamos lançando mensalmente. Ao todo são 4 sons novos, dos quais 3 já foram lançados (São Paulo, Direto Pro Sol e Qual É a Questão). A próxima virá por volta de setembro e se chama “Hoje Eu Não Posso Ficar”, composição do nosso vocalista Lucas Consentins, e ela, assim como a última, tem uma vibe um pouco diferente do que viemos trabalhando, algo mais dançante, puxando para os anos 80 talvez.
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Após esses lançamentos vamos focar em trabalhar as novas composições que já temos, e viemos “arredondando” de forma online, cada uma na sua casa gravando um pedaço e mandando pro outro. Finalizando as canções vamos para as gravações, e temos planos de trabalhar com 2 grandes produtores bem conhecidos e muito talentosos aqui do Rio Grande do Sul, Marcelo Fruet e Guilherme Ceron. Com certeza vão ser trabalhos maravilhosos.
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Acompanhe Consentrio nas redes:
Ouça “Qual é a Questão” e outros lançamentos: https://linktr.ee/consentrio

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