Cristina Maria Rosa no Conversa com o Autor em Pelotas


Foto: Divulgação

Com edição especial para a temporada da Feira do Livro, o projeto Conversa com Autor, do Grupo Literário da Bibliotheca Pública Pelotense propõem um bate-papo com a pesquisadora e educadora Cristina Maria Rosa nesta quinta-feira, 05 de novembro, às 15h, na BPP.

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Professora na área da Alfabetização e da Leitura Literária, desde 1993, na Faculdade de Educação da UFPel, lançou recentemente o livro “Onde está Meu ABC de Erico Verissimo? Notas sobre um livro desaparecido”. A obra trata de Meu ABC, abecedário elaborado por Erico Verissimo e publicado em 1936 pelas Oficinas Gráficas da Livraria do Globo. É um ensaio a respeito da produção do abecedário em meio a um grupo de livros dedicados à infância, todos de autoria de Verissimo.

Desaparecido das bibliotecas, acervos e mesmo da memória das pessoas, foi encontrado pela pesquisadora Cristina Rosa que se dedicou a estudá-lo em seu estágio pós-doutoral, realizado na UFMG em 2010-2011. A intenção da estudiosa foi dar assento, na historiografia da literatura infantil gaúcha, a esse ignorado e hoje raro documento: Meu ABC é um dos livros criados como parte do projeto literário e pedagógico do escritor gaúcho que, à época, dava largos passos como colaborador no que veio a se tornar a maior empresa editorial gaúcha, a Editora Globo.

Ao criar a “Biblioteca de Nanquinote” nos anos 30, Erico Verissimo ofereceu aos meninos e meninas de sua época uma possibilidade de infância através da literatura.

Analisando o conteúdo literário e pedagógico de Meu ABC, pode-se afirmar que representa um material que sim, poderia ter sido utilizado nas escolas para introduzir crianças no mundo da leitura. Na obra, a autora afirma a relevância do abecedário de Verissimo, defende sua consideração no universo da obra do ficcionista e na historiografia da literatura infantil gaúcha.

Na obra, a pesquisadora destaca os protocolos de leitura que Erico Verissimo criou para se comunicar com o público, formado por crianças, mestres, pais. Essa forma de escrever e de se relacionar com o público inexistia à época, um tempo em que a infância era tutelada pelo adulto e seu lugar era extremamente pequeno na sociedade. Erico indica que a infância pode ser inteligente, curiosa, letrada. Como? Através de seus personagens e de seus diálogos com os adultos que os educavam, inseridos em fragmentos do texto e mesmo em capas, prefácios e notas em seus livros e na Revisto do Globo.

O QUÊ: Conversa com a autora Cristina Maria Rosa, edição especial
QUANDO: 05 de novembro, quinta-feira, às 15 horas
ONDE: Sala da Literatura Uruguaia da Bibliotheca Pública Pelotense
Entrada Franca