Olhaí – Mostra de Cinema Universitário de Pelotas


Pelotas, palco mítico do nascimento do cinema gaúcho, vê-se nesse início de século transformada em pólo cinematográfico.

São muitos os motivos para a expansão e florescimento da sétima arte: inovações tecnológicas e consequente barateamento dos meios de produção, criação do curso de Cinema e Animação na UFPel, crescimento da demanda por produtos audiovisuais, incentivos governamentais, iniciativas de Mostras e Festivais, etc.

Dentro desse contexto, 6 cineastas com carteiras estudantis apresentam nessa quarta-feira, dia 13 de abril, no Instituto Simões Lopes Neto, a partir das 20h, curta-metragens frutos de seus trabalhos dentro do curso de Cinema e Animação da UFPel.

São filmes com temas políticos, sociais, dilemas éticos, indagações amorosas, expressões puras dos pensamentos e questionamentos de jovens estudantes ensejando o domínio da linguagem cinematográfica. Através desse processo, acaba exposto o rosto do nosso tempo, do nosso mundo. Esse é, afinal, o papel de toda obra, retratar a si e, nesse retrato, conceber o mundo ao nosso redor. Como pensamos e o que sentimos, com que nos preocupamos e o que repudiamos. Seis olhares, seis vidas, seis filmes inéditos que terão sua primeira exibição durante a Mostra.

Para reforçar a identidade regional, estimular a produção local e discutir os problemas universais, a Mostra está aí e todos estão convidados.

“OLHAÍ: Mostra de Cinema Universitário” conta com o apoio do Instituto João Simões Lopes Neto e da Universidade Federal de Pelotas.

SINOPSE DOS CURTAS:

DEMONIOCRACIA: O discurso que perpetua a privatização dos sentidos torna arrevisionada as condições psicológicas de tortura moderna.

O CÉU QUE SOBROU: Ela e ele, a paixão e a rotina. O começo e o desenrolar de um relacionamento. O céu que sobrou traz uma outra forma de ver um relacionamento amoroso. Uma história que é deles, mas que poderia ser sua.

ENSAIO SOBRE A DOR: Três ensaios narrativo-visuais com a temática da dor. Com referências existencialistas e estéticas, na literatura e na arte, o filme aborda a dor física, existencial e a convivência conflituosa com a solidão.

CAIXA DE MENSAGEM: Luiz Henrique é um homem solitário, que dificilmente recebe ligações, porém, esta noite não é como outra qualquer, do outro lado da linha o sequestrador grita, ameaça matar a filha de Luiz… a filha que ele não tem!

PAÇO A PAÇO: Um desenho em um papel oficial revela as estruturas de controle e descontrole reinantes na burocracia governamental.

PORCOS NÃO CONTAM HISTÓRIAS: Através de um plano sequência – gravado sem cortes – acompanhamos uma moeda de cinco centavos que percorre de mão em mão, apresentando diferentes realidades sociais e o questionamento de, afinal, qual o verdadeiro valor do dinheiro?!

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