A caminho do Uruguai, Pupilas Dilatadas faz show em Pelotas


Com mais de três décadas de bagagem, uma das bandas mais marcantes do rock gaúcho fará sua primeira apresentação internacional.

Antes de atravessar a divisa com o país vizinho, a Pupilas Dilatadas passa em Pelotas para um show no Estúdio Bokada nesta sexta-feira (dia 1º).

O trio porto alegrense de punk rock se apresenta no evento Bokada Sessions, que nessa edição conta com o apoio do Coletivo AMU. Além da Pupilas Dilatadas, tocam no pátio do estúdio as bandas locais Glory Holy e Realidade Simulada. A casa abre às 18h e os shows começam pontualmente às 20h30.

Logo após a passagem por Pelotas, a Pupilas parte para a capital uruguaia onde fará um show no sábado. Na volta, na terça-feira, dia 5, eles se apresentam em Rio Grande, no Camarim Arte & Cultura, no Cassino. O show em Montevidéu será o primeiro internacional do trio. Segundo o guitarrista e vocalista Felipe Messa, a banda planeja ainda tocar na Argentina e Chile até o fim do ano.

Trajetória da Pupila
Formada em Porto Alegre, no ano de 1984, a Pupilas Dilatadas se tornou uma referência no que diz respeito ao punk rock produzido no sul do país. Com participação em importantes coletâneas (Porto Alegre Rock, Ronda Alternativa, Contra Ataque e Paranóia Suicida) e o lançamento do compacto duplo “Experience” em 1987, a banda chamou a atenção de muitas pessoas ligadas ao punk rock, entre elas o então vocalista da banda norte-americana Dead Kennedys, Jello Biafra.

Nos anos 80, a banda fez a sua primeira, e até então única, apresentação em Pelotas. Foi no Cine Teatro Avenida, em 1986, no lançamento da coletânea Porto Alegre Rock, junto com a Bandaliera e Astaroth. Na metade da década de 1990 a Pupilas encerrou as atividades para retornar com uma nova formação em 2002. Desde que voltaram não pararam mais de tocar e produzir material novo. Foram quatro discos de inéditas: Planeta Estranho (2004), Virose de Rock (2006), Era Moderna (2010) e Mundo Kaos (2014), mais a compilação Antes Nunca do que Tarde (2008).

A atual formação, junta desde 2016, conta com o já citado Felipe Messa, na guitarra e vocal, Rogerio Bittencourt na bateria e Veri D’Avila no baixo e vocal. Com essa formação eles gravaram o mais recente trabalho, o EP Sobrevivo Na Cidade, lançado ano passado.O show apresentado atualmente é dividido em quatro blocos de sons: clássicas dos anos 80, músicas do último EP, do álbum Mundo Kaos (ouça aqui: https://goo.gl/im74oF) e encerra com versões de bandas clássicas influentes como Ramones, The Clash, The Stooges e Dead Kennedys.

“Estamos ansiosos para tocar em Pelotas depois de tanto tempo. Um show de punk rock, com muita energia e diversão garantida”, promete Messa.

Nomes novos, caras nem tanto
A noite terá ainda duas bandas pelotenses como atrações. Os nomes podem soar estranhos pra alguns, mas quem acompanha shows e festivais de rock independente pela cidade com certeza já viu seus integrantes em ação antes.

A Gory Hole conta com Éder Silva na bateria e Anderson Fleischmann na guitarra. Os dois já tocaram juntos nas bandas Calavera e Cuzco. Completam o time Douglas “Tio” (ex-Suburban Stereotype) no vocal e Marcelo Rubira “Gordão” no baixo. Além de dono do Bokada, Rubira faz parte também da Aborto Podre, Badhoneys, Tronco, entre outras. Com sons de bandas como Circle Jerks e Mukeka di Rato, a Gory Hole faz uma apresentação rápida e rasteira.

Formada em 2016, a Realidade Simulada faz um som autoral com um pé no Hardcore, o outro no metal, no experimental e até no rap. O quarteto conta atualmente com Vitor Alano (guitarra e vocal), Júlio Machado (baixo), Murilo Uarth (bateria) e Kelvin Vasconcellos (guitarra e vocais). Este último já fez parte da HOAGG, anteriormente chamada Raízes Primitivas. Os dois primeiros citados também tocam juntos na Laboratório Suicida.
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Bokada Sessions + Coletivo AMU
Quando: 1º de março – sexta-feira, 18h
Onde: Bokada Studio, R. Alberto Pasqualini 840 esq. Thomas Antônio Gonzaga
Quanto: R$ 10,00 (no próprio evento)

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