“Canto dos Exilados” homenageia trajetória de Eva Sopher


Foto: Tiago Trindade

A série tem exibição nacional no canal Arte 1 e destaca a história de refugiados que contribuíram para a cultura do país. O programa, exibido às sextas-feiras, 20h30, é uma parceria da Telenews, do Canal Arte 1 e RioFilme. Reprises aos sábado, às 14h30 e domingo às 11h.

Foto Rodrigo Conte
Foto Rodrigo Conte

Eva Sopher é uma das personalidades apresentadas pela série “Canto dos Exilados”, criada pelo cineasta e jornalista Leonardo Dourado e pela roteirista Kristina Michahelles. Em exibição no canal Arte 1, a série documental com 10 episódios retrata o legado de refugiados do nazismo e do fascismo que se estabeleceram e residem no Brasil e homenageia os exilados que contribuíram para a cultura e a ciência do nosso país.

Nascida em 1923, em Frankfurt, nos anos 30, Eva Sopher e seus pais fugiram do nazismo para o Brasil. O Instituto Mackenzie, em São Paulo, foi seu ponto de partida nas artes, onde estudou desenho e escultura. Aos 16 anos ela já trabalhava numa galeria de arte em São Paulo. Em 1960, fundou em Porto Alegre uma filial da Sociedade de Artes Letras e Ciências (ProArte), instituição que organizava eventos culturais internacionais. Em pouco tempo, Dona Eva promovia na cidade temporadas com até 24 espetáculos artísticos do mais alto nível.

Em meados dos anos 70, assumia a direção do Theatro São Pedro, delineando uma nova e efervescente cena cultural. Até 1984 coordenou a restauração e a reconstrução do teatro como monumento histórico-cultural, preservando o local de uma possível demolição. Atualmente como presidente da Fundação Theatro São Pedro, Eva Sopher, com 91 anos de idade, é responsável por 05 a 08 espetáculos semanais de solistas, de grupos de teatro e dança e de orquestras sinfônicas internacionais, contribuindo para o intercâmbio cultural internacional em Porto Alegre.

Foto: Tiago Trindade
Foto: Tiago Trindade

Por todo esse legado cultural, Dona Eva foi uma das escolhidas para integrar a série que está dividida por área de atuação profissional, indo da música à fotografia, passando pelas artes cênicas, pintura, literatura e empreendedorismo cultural. Instigante foi a maneira como surgiu o projeto documental: em 2014 Dourado e Michahelles prepararam 100 microbiografias de exilados para exposição no Museu Stefan Zweig, criado em homenagem ao escritor judeu austríaco, muito ligado no final de sua vida ao Brasil. Durante a pesquisa, eles identificaram ricos acervos guardados pelas próprias famílias, então a ideia foi organizar a série e apresentar ao Arte 1, que por sua vez topou a empreitada.

Fonte: Bebê Baumgarten/ Ana Karla Severo/ BD Divulgação

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