Espetáculo “Sem Ana” faz homenagem a Caio Fernando Abreu em Pelotas


Estreia no sábado, 29/10, o solo Sem Ana, baseado no conto de Caio Fernando Abreu, “Sem Ana, Blues”, com concepção e atuação de Daniel Furtado. O espetáculo faz parte do projeto “20 anos sem Caio”, uma homenagem ao escritor gaúcho, falecido em 1996.

14804828_1471001812915543_1919316700_nO solo tem como base a linguagem da dança-teatro, onde texto, movimento, dança e interpretação se fundem para contar a história. O texto fala sobre o amor, a perda e o sempre difícil recomeço, e o espetáculo busca, através de uma montagem intimista, que valoriza o contato direto com o público, falar diretamente aos corações dos espectadores, expondo experiências e emoções que são comuns a todos nós.

O Projeto
O projeto “20 anos sem Caio” tem o patrocínio do fundo municipal de Cultura de Pelotas – Procultura e, além do espetáculo, empreendeu outras ações em Pelotas e região. A primeira foi o Seminário 20 anos sem Caio F., realizado em uma parceria com a Universidade Federal e Pelotas, UFPel, e a Universidade Federal de Rio Grande, FURG, nos dias 12 e 13 de setembro passado em Pelotas e Rio Grande, e que contou com oficinas, palestras e mesas-redondas sobre os textos e as cenas teatrais decorrentes da obra de Caio. Outra ação é a publicação do livro Do Texto à Cena – Transcriações da obra de Caio Fernando Abreu, que analisa a obra e as adaptações para o palco dos textos de Caio. O livro estará à venda durante a Feira do Livro de Pelotas, no estande da Livraria Vanguarda, e terá sessão de autógrafos no dia 09, às 19h.

O espetáculo
O trabalho é fruto de uma longa pesquisa, tanto nas áreas de teatro e dança, como em adaptações de textos narrativos para a cena – ou transcriações, como diz Daniel Furtado, termo usado na sua dissertação de mestrado, realizada na UFMG, publicada agora em livro. Para o ator, que também é professor no curso de Teatro da UFPel, “a passagem de um texto narrativo para a cena teatral é mais amplo e complexo que uma adaptação. Trata-se de um processo de criação, de tradução entre linguagens diferentes, a literária e a do palco, daí transcriação, termo criado por Haroldo de Campos para se referir à tradução poética”.

O espetáculo, que tem assistência de direção de Maria Falkembach, cenário de Helene Sacco e produção executiva de June Martino, será realizado nos dias 29 e 30 de outubro e 05 e 06 de novembro, sábados e domingos, sempre às 20h, na sala Carmem Biasoli, rua Almirante Tamandaré, 301, no Porto. A entrada é franca, mas os ingressos são limitados, apenas 40 por sessão, e as senhas deverão ser retiradas meia hora antes do início do espetáculo.

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