Grupo Sureño 3 no Sete ao Entardecer em Pelotas


O Sureño 3 é composto por Ricardo Comasseto, Roberto Borges e Luciano Fagundes.

Na próxima segunda-feira, dia 09 de abril, acontece mais uma edição do Sete ao Entardecer, neste dia com o Grupo Sureño 3.

O grupo é caracterizado por um repertório que representa um verdadeiro recorrido pelo cenário da arte poética e musical do sul. Interpretam obras dos maiores compositores da música desta geografia, históricos ou contemporâneos e agregam a estas, temas de sua própria criação mostrando assim um conhecimento e um movimento absolutamente livre dentro deste universo.

O recital destes três músicos sureños compõe uma viagem artística reveladora dentro do gênero e traz ao palco sonoridades e falas de um modo onde todos nos reconhecemos, o sul.

O Sureño 3 é composto por Ricardo Comasseto, Roberto Borges e Luciano Fagundes.

Ricardo Comasseto carrega em seu instrumento, a gaita de três hileras, o idioma e a carga cultural da escola dos acordeonistas de sua terra. Ele que vem de São Luiz Gonzaga, um dos sete povos missioneiros, escutou a voz da gaita de Reduzino Malaquias e de Dedé Cunha e nos traz, em seu instrumento, o timbre do bronze que até hoje soa na noite das Missões. O eco que transpassa o tempo, o som eterno dos sinos das catedrais jesuíticas/guaranis.

Roberto Borges, guitarreiro, compositor e cantor traz das fronteiras do sul a liberdade, errância e a imprecisão dos limites. Natural de Santa Vitória do Palmar, o coração dos Campos Neutrais confere ao músico a marca de não ter marca, soprando-lhe assim o idioma universal de artista sureño. Beto Borges integra vários mundos, todos eles tocados ao rigor dos ventos que deitam os juncais nos banhados e sopram as areias tomando todos os caminhos.

Luciano Fagundes é multi instrumentista, aparece no grupo tocando contrabaixo. É ele que faz a marcação para contar do golpe do sangue no pulso daquele que segura a adaga, também é ele que revela o bater grave dos corações amantes, frente a frente nos ranchos, perdidos no campo, mundo de frio e distância. Luciano vem de Candiota e com sua genialidade de músico singular ouve a água das sangas de silêncio, aquelas que correm claras nos campos, hoje quietos do legendário Seival, e nos faz escutar o seu ritmo constante sobre a terra.