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EDITORIAL: INVENTANDO A CASA

Na entrevista aqui ao lado, a artista Helene Sacco nos conta sobre a sua “paixão por inventar lugares”, e lembra do parentesco entre “inventário” e “invenção”. Essas palavras todas – “lugar”, “casa”, “inventar”, “inventário”, acabamos percebendo, não só permeiam a edição deste mês, como toda a razão de ser da e-cult.

Nossa preocupação é, num certo sentido, a mesma de Vitor Ramil: inventar as ilusões da nossa casa. Até por isso nos entusiasma tanto tê-lo como matéria de capa este mês. Ao escrever e cantar sobre Satolep, Vitor inventa (fora de si) um lugar. Da mesma forma, quando os MCs de Pelotas rimam sobre a “Sweet Home”, também eles inventam Pelotas. E nós, quando escrevemos sobre Vitor ou sobre a “Sweet Home”, desenvolvemos sobre essas narrativas – inventamos.

Até nosso Guilherme Oliveira tomou coragem para inventar, sobre as invenções de Vitor, as suas próprias. Inventamos também um colunista novo: João Alfredo. Finalmente, inventamos de estrear, na seção de resenhas, o cinema, com o curta “O Membro Decaído”, de Lucas Sá.

Nosso trabalho, como o de todo o mundo que escreve sobre cultura em Pelotas, é ao mesmo tempo fazer o inventário da cidade (daquilo que ela tem, culturalmente) e inventá-la. Nossa paixão, como a de Helene ou a de Vitor, é de inventar Pelotas.

(Nossa edição impressa tem uma tiragem de 4.000 exemplares, que podem ser encontrados em universidades, livrarias, padarias, cafés e pontos culturais espalhados pela cidade.)