Redes abandonadas ganham cara nova e viram peças artesanais pelo talento de mulheres do grupo Redeiras, da colônia de pescadores Z3, a 30 km de Pelotas (RS). Com paciência e habilidade, elas cortam os quadrados para conseguir o fio. Depois de várias lavagens para tirar o cheiro de peixe, os fios são tingidos e trabalhados no tear ou crochê.
As bolsas são o carro-chefe dessa linha, que inclui ainda carteiras, mochilas, cintos e biojoias. São feitas de materiais como prata e escamas, além de peças com couro de peixe. Amostras deste trabalho estão sendo apresentadas no lounge de Economia Criativa e Solidária, na 18ª edição do Senac Rio Fashion Business. O evento de moda, que reúne 310 expositores e 20 mil lojistas, acontece na Marina da Glória, no Rio de Janeiro, até esta sexta-feira (27). A previsão é receber 60 mil visitantes.
A artesã Mari Ângela Lima, conhecida como Zuka, ainda fica tímida diante do interesse de compradores pelo trabalho do grupo. “A gente se espanta com a admiração dos outros. Eu só sabia cuidar de casa e tecer rede. Por isso, quando entrei no projeto, fui logo avisando que só tinha duas mãos esquerdas. Hoje, me apresento como artesã. Foi uma mudança grande”, relata.
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Editor, gestor de conteúdo, fundador do ecult. Redator e pretenso escritor, autor do romance Três contra Todos. Produtor Cultural sempre que possível.
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