Artesanato da Z-3 ganha o centro do país


Foto: Paulo Rossi
Foto: Paulo Rossi

Não há rede que vá para o lixo na Colônia de Pescadores Z-3, em Pelotas. Não, antes de passar pelo crivo apurado das redeiras. Ao ganhar as mãos das dez artesãs, o material de descarte transforma-se em artigos sustentáveis nas principais feiras de moda do país. Os R$ 11 mil comercializados este mês na Babilônia Feira Hype, no Rio de Janeiro, serve de síntese do sucesso. Um estímulo a quem se envolve no ofício entremeado de criatividade, minúcia e persistência. Só para cortar um quilo de fio – suficientes para produção de três bolsas – são necessárias cerca de 30 horas de trabalho. Uma etapa que também requer técnica. Não é simplesmente “bater tesoura”.

No terceiro capítulo da série O legado do Mar de Dentro, o Diário Popular convida o leitor a seguir os passos dessas mulheres que já não se ocupam com a captura, a limpeza, o preparo e a venda do pescado. Com o artesanato, elas tiveram de estabelecer uma rotina de produção que engordasse os estoques e garantisse a participação em eventos, como a Fashion Business, de 10 a 13 de janeiro de 2012, no Rio de Janeiro. É a certeza de que o selo da Colônia Z-3 se espalhará, mais uma vez, pelo centro do país.

Nesta quinta-feira, o Diário Popular também apresenta as criações de sete artesãs de Arroio Grande, um dos sete municípios envolvidos na coleção Bichos do Mar de Dentro. São donas de casa, aposentadas e profissionais liberais que tiram das lições ambientais a inspiração para darem forma aos quebra-cabeças de tecido que já cruzaram o Brasil. Hoje a ferramenta didática pode ser encontrada em estados como São Paulo e Belo Horizonte.

Por: Jarbas Tomaschewski e Michele Ferreira
Leia a matéria completa na edição impressa do Diário Popular desta quinta-feira (29).
Fonte: diariopopular.com.br