Ocaso consiste em um prolongamento do projeto Espaços Inabitados que, desde 2011 tem como principais objetivos, dar impulso a produção contemporânea local e levar esta a espaços, não usuais, mas que podem vir a ser, expositivos. Neste ano de 2012 o evento acontece nos dias 04 e 05 de julho, na Rua Dona Mariana número 13, esquina Rua Conde de Porto Alegre (em frente à Praça da Alfandega) em Pelotas.
Durante o Ocaso, a maior das estrelas cai sem deixar dúvida de que retornará, pois sua rotina é itinerante. Sua presença acontece sem ser ou deixar de ser um happening, ainda que repentina, sua aparição é cotidiana. Este evento ocorre a partir das 18h durante o inverno, coincidindo com o início da MEI.O.
Enquanto o monóculo pestaneja e o turno diúrno encaminha-se para o final de seu ciclo diário, o gomo que sublinhamos vai cobrindo-se e encobrindo-se por um colorido rebaixado, proporcionando descanço aos corpos e fertilidade aos pensamentos.
O fim desse período de intensa iluminação natural marca o início da iluminação ou desiluminação artificial. No caso da MEI.O, o artista é quem decide o que fazer após o Ocaso e/ou com o Ocaso, uma vez que, assim como bem observou Agnaldo Farias:
“O Artista é o sujeito que, por um movimento que não se sabe ao certo, ele dá as costas, digamos… à região iluminada da sociedade. À região iluminada do próprio ser e, vai em direção à escuridão. Não sabemos por que é que isso acontece
(…) As pessoas não escolhem fazer arte, elas são escolhidas pela arte (…)” – Agnaldo Farias
Editor, gestor de conteúdo, fundador do ecult. Redator e pretenso escritor, autor do romance Três contra Todos. Produtor Cultural sempre que possível.