Por Rodrigo dMart
Acompanho com especial interesse o nascimento de uma nova cantora, Anna Júlia. Aos 16 anos, ela escreve, compõe e interpreta suas próprias canções. A artista pelotense lançou o seu primeiro videoclipe, “Até Mais“, no último sábado, dia 22.
De uma maneira leve e descontraída, o clipe aborda a diversidade sexual e afetiva de jovens e adolescentes em cenas fragmentadas do cotidiano de diversos tipos de casais. A canção – um folk rock com apelo radiofônico – trata de um relacionamento amoroso, é claro. Nem tão simples. Nem tão complicado. Sem preconceitos.
O lançamento do clipe – regional e globalmente – ocorreu através de um evento organizado no Facebook. Mais de 2000 visualizações em 3 dias. ”Até Mais” é uma realização da FitasClipe, produtora independente das gêmeas Camila e Natália Cabral, com roteiro de Camila e da própria Anna Júlia. Surgem inevitáveis comparações com Mallu Magalhães, Clarice Falcão, Cássia Eller… É o caminho natural do processo de assimilação de um novo trabalho.
Tenho atenção especial justamente porque esta menina é minha sobrinha. Somos uma família de músicos: eu, o multiinstrumentista e produtor musical João Marcos “Negrinho” Martins e o cantor Joca Martins, pai de Anna Júlia. Acompanhar os primeiros passos dela na música, me levou a fazer uma reflexão.
Temos cerca de 20 anos de diferença. No período de uma geração, toda a forma de criar, produzir e divulgar a arte de modificou. Em 1992, a internet ainda era uma rede de uso acadêmico ou militar. Nada do que hoje é jargão comum existia. O Google nasceu em 1998, por exemplo. Pense em Twitter, Facebook, Orkut, Wikipédia, Torrent, Flickr, MySpace, iPhone, iPad, tablets, aplicativos e daí por diante. Necas.
Matéria completa: imaginaconteudo.wordpress.com
Editor, gestor de conteúdo, fundador do ecult. Redator e pretenso escritor, autor do romance Três contra Todos. Produtor Cultural sempre que possível.