Alceu Valença no Theatro Guarany em Pelotas


Depois de percorrer o país com seu novo show, em que homenageia o centenário de Luiz Gonzaga, o cantor Alceu Valença se apresenta no Theatro Guarany, domingo, 25 de novembro, às 20h.

Feliz por reencontrar o público gaúcho – que ajudou a catapulta-lo para o sucesso nacional, com shows antológicos no Gigantinho, nos anos 80 e 90 – e mostrar sua música para as novas gerações de porto-alegrenses, Alceu manifesta a arte nordestina e celebra a obra do Rei do Baião, de modo a reafirmar seu legado como matriz da melhor canção popular do Nordeste.

O espetáculo explicita a influência de Luiz na criação de Alceu e estabelece relações entre o cancioneiro de um e de outro. Do repertório de Gonzaga, Alceu recria canções que perpetuam o Brasil profundo na identidade musical do país: “Baião”, “Sabiá”, “Vem Morena”, “Asa Branca”, “Pau-de-Arara”, “Cintura Fina”, “Xote das Meninas”.

Da lavra de Valença, estão sucessos como “Coração Bobo”, “Pelas Ruas Que Andei”, “Cavalo de Pau”, “Belle du Jour”, “Táxi Lunar”, “Como Dois Animais”, “Anunciação” e “Tropicana”, além de temas que reforçam sua condição de renovador do forró e do baião, como “Embolada do Tempo” e “Turnê Nordestina”.

Lua e Alceu

Nascido no Agreste de Pernambuco, Alceu cresceu escutando Luiz, mas também os elementos originais que o ajudaram a consolidar seu estilo. Pelo canto dos aboiadores, emboladores e cantadores de feira, pelas toadas, cantigas de cego e outras manifestações que conhecera desde o berço, Alceu assimilou a música de Gonzaga desde as raízes que a constituíram.

O próprio Luiz, ao assistir a um show de Alceu, no início de sua carreira, avaliou o então jovem compositor: “Sua música soa como uma banda de pífano elétrica”. Anos depois, Gonzaga viria a gravar uma composição de Alceu, em parceria com Carlos Fernando, “Plano Piloto”, escrita em homenagem a Brasília.

Alceu, por sua vez, gravou diversas canções de Luiz, ao longo de sua carreira. No último encontro, pouco antes de sua triste partida, o mestre pediu ao discípulo que cuidasse de seu legado: “Não deixe meu forrozinho morrer” – sentenciou.

Alceu Valença se apresenta em Pelotas ao lado de Paulo Rafael (guitarra), Tovinho (teclados), Nando Barreto (baixo), Cássio Cunha (bateria), Edwin (percussão) e Lucyane Alves (sanfona e voz). Alheio aos polietilenos de baixa densidade dos forrós de plástico que assolam a biodiversidade musical brasileira, Alceu Valença vai mostrar pra vocês como se canta o baião.

Alceu Valença, dia 25 de novembro de 2012, no Theatro Guarany, às 20h.
Antecipados custam R$ 90,00 (inteira) e R$ 45,00 (meia).
À venda na Yes Cosmetics Pelotas, rua General Neto, 933, quase esquina 15 de Novembro.
No dia do evento a entrada passará a custar R$ 110,00 (inteira) e R$ 55,00 (meia).

Fonte: Caio Lopes Produções Culturais