Vitor Ramil em Entrevista ao IG


7561648vitor_ramil_musica_313_469Vitor Ramil parece estar no auge de sua maturidade artística. Prestes a completar 48 anos, o cantor, escritor e compositor gaúcho lança de forma independente o álbum délibáb, palavra húngara para “miragem”, mas cujas raízes significam “ilusão do sul”. Ancorado nessa ideia, ele foi a um estúdio de Buenos Aires lapidar a milonga, gênero que escolheu como estandarte de sua estética do frio, e homenagear dois de seus heróis: o brasileiro João da Cunha Vargas e o argentino Jorge Luis Borges.

De seu jeito, os poetas retratam um modo de vida sulista, comum a regiões do Rio Grande do Sul, Argentina e Uruguai, que de certa forma ficou perdido na história. Mais ou menos como o délibáb, fenômeno físico responsável por transportar, em dias de calor, cenas distantes de uma planície a outra. Uma miragem, mas real. Em um longo texto que escreveu sobre o álbum, Vitor explicita a relação entre as milongas e o délibáb: “seria documentar uma projeção de imagens remotas, de arrabaldes buenairenses e ambientes campeiros, na urbanidade de nossos tempos atuais; seria registrar minha visão do que já fora visto por outros em outra parte”.

Por: Marco Tomazzoni, iG São Paulo
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