Em Pelotas há duas semanas, em um intercâmbio laboral na região, os angolanos Domingos Francisco Fingo e Mateus Mofingua, da cidade de Lubango, na província de Huila, sul da Angola, preparam suas falas para a participação no 4º Encontro Regional de Comunidades Quilombolas. Os dois africanos integram a programação do evento que pela primeira vez será realizado em Pelotas, este sábado (17), no colégio Alfredo Simon, na Cohab Lindoia.
Hospedados no Centro de Apoio ao Pequeno Agricultor (Capa), organizador do Encontro, os dois visitantes que buscam a troca de experiências por meio de acordo político entre os governos brasileiro e angolano mostram-se surpresos, divididos entre impressões positivas acerca da estruturação das comunidades rurais, quilombolas; e outras nem tanto a respeito do sistema de saúde e educação, no sul do Brasil.
– Buscamos conhecer mais as formas, técnicas e resultados dos trabalhos que se referem às organizações no campo do associativismo e cooperativismo rural – disse Fingo, que é diretor executivo da Ong Associação Construindo Comunidades (ACC).
Bastante entusiasmado com o que viu ao visitar diferentes comunidades rurais pelo interior de São Lourenço e Canguçu, ele antecipa que para este Encontro que classifica de inclusão, unidade e geração de oportunidade, abordará um pouco dos principais segmentos da sociedade angolana.
– Queremos levar novos conceitos, mas também oferecer um pouco do que temos lá em termos de geografia, antropologia, cultura, economia, nossa política e social – revela.
Quando questionado por que Pelotas, ele destaca.
– Pelotas, porque a região sul está bem articulada e desenvolvida em termos de agricultura comunitária e familiar. Prova disso está no que vimos em termos de organização das comunidades quilombolas, das condições que permitem manutenção cultural e uma economia que assegura a dignidade. Estamos bem impressionados.
Leia a matéria completa no Pelotas Mais.
Editor, gestor de conteúdo, fundador do ecult. Redator e pretenso escritor, autor do romance Três contra Todos. Produtor Cultural sempre que possível.