Satolep Coolt: Piquenique Cultural – Quatro anos distribuindo cultura


Foto: Geovane Matias - Satolep Coolt
Foto: Geovane Matias - Satolep Coolt

O Piquenique Cultural chegou em sua 26ª edição, em sua volta à praça Coronel Pedro Osório, local onde tudo começou. As atividades realizadas no domingo (21) também marcaram o aniversário de quatro anos do projeto. A tarde reservou apresentações, como a da ONG Anjos & Querubins, com participação especial da percussão da escola Louis Braile, aula da dança zumba e diversas outras atrações. Artistas expuseram seus trabalhos e aproveitaram o momento para novos contatos com o público e demais artistas.

Entrevistamos um dos idealizadores do respeitoso trabalho, que visa a ocupação dos espaços urbanos de Pelotas com atividades culturais, em um casamento entre arte e lazer aos fins de semana. Pedro Silveira conta como surgiu, quais são as dificuldades e os avanços do Piquenique Cultural nesses quatro anos de dedicação.

Satolep Coolt: Qual a origem da ideia do Piquenique Cultural?

Pedro Silveira: “A ideia surgiu com um grupo, quando a gente tinha a Casa do Joke. A casa estava fechando e resolvemos colocar algumas atividades dela na rua. Em 9 de outubro de 2010 foi a primeira edição, na época com a Casa do Joke e o Teatro do Chapéu Azul, que é o gestor do Piquenique Cultural. Após o fechamento, nós seguimos com as atrações na rua, levando arte, cultura, artesanato, enfim, tudo para a população.”

Satolep Coolt: Quais são as dificuldades e os avanços do projeto nesses quatro anos?

Pedro Silveira: “As dificuldades são as que eu acredito que as pessoas já observam há algum tempo, não só em Pelotas, mas também no Brasil e no mundo existe esse problema. Quem trabalha com educação, cultura e arte de alguma forma não é bem visto, não entendo bem o porquê. A gente não recebe o incentivo direto, a gente até procura, mas como fazemos uma coisa que é conceituada como alternativa, misturando todas as alternativas e diversidades possíveis, eu acho que estranham. A cultura parece seguir mais aquela linha segmentada. Nós tentamos fazer uma coisa mais abrangente. Dos avanços, depois de quatro anos, acho que realçar o carinho que a gente recebeu da própria população, das próprias pessoas. Fomos abraçados pelo projeto e, hoje, eu acho que nem sentimos tanto a dificuldade, apesar de tê-la imensamente, o tempo todo.”

O Piquenique já passou por praticamente toda a cidade de Pelotas. Pedro Silveira cita os bairros Nossa Senhora de Fátima, Santa Terezinha, Cohab 2, Porto, Fragata, Areal, além de todas as principais praças pelo centro.

Matéria completa em: Satolep Coolt
Visite: