Espetáculo estará em cartaz nas sextas, sábados e domingos, de 20 a 29 de abril, sempre às 20h, com entrada franca.
Entra em cartaz nesta sexta (20/4),o espetáculo Fábrica de Calcinha, dirigido pela atriz Marina Mendo. Uma performance multissensorial que mostra as sonoridades do Centro de Porto Alegre, com cenas fabricadas ao vivo diante dos espectadores, manipuladas por equipamentos como pedal de efeitos sonoros, sampler, microfones e retroprojetor, combinados com uma performance de luz, desenvolvida a partir de objetos luminosos presentes no cotidiano urbano. Quem ativa a cena são os artistasMarina Mendo, Ricardo Pavão e Marta Felizardo, que fazem do corpo, do som e da luz matéria prima para despertar a percepção do público.
Financiado pelo PROCULTURA/RS da Secretaria de Estado da Cultura Turismo Esporte e Lazer, Fábrica de Calcinha estará em curta temporada: serão apenas dois finais de semana, de sexta a domingo, de 20 a 29 de abril, sempre às 20h, na Bronze Residência(Duque de Caxias, 444), com entrada franca. O espaço, que abre suas portas no mês de abril, está localizado no Centro Histórico de Porto Alegre, voltando às práticas contemporâneas e residências artísticas.
FÁBRICA DE CALCINHA
Dias: 20,21,22,27,28 e 29 de abril (sextas, sábados e domingos), sempre às 20h.
Local: Bronze Residência (Duque de Caxias, 444)
ENTRADA FRANCA
*No dia 18/4, haverá apresentação com audiodescrição mediante agendamento.
* 13 e 17/4, às 19h30 – ensaios abertos para EJA
Sinopse
O que você está ouvindo AGORA? Você percebe os sons que estão ao seu redor criando uma paisagem sonora de acontecimentos acústicos? É na sua escuta que estes acontecimentos interagem, delineando a sonoridade da cidade, um estímulo afetivo e rico em informações culturais. Cada escuta é, nada mais, nada menos, que um intrincado mecanismo de relações percebidas pela mente como SOM.
Fábrica de Calcinha começa assim, no escuro, ouvindo os gritos e cantos da cidade, gente suada a ganhar o pão, gente desesperada pelo seu quinhão, máquinas a perfurar os ouvidos e o chão… e também alguns passarinhos, alguns louvores pelo caminho. No caminho, apesar do tanto que há pra comprar ou vender ou quitar, encontramos em cada um, corações sambando no peito. Dentre as camadas da realidade urbana que o trabalho revela, aparece uma perspectiva política, crítica e afetiva da mulher brasileira, perfurando estereótipos, apresentando sua força e resistência.
Concepção: escuta do centro da cidade
Para a concepção do espetáculo, a equipe de criação do projeto realizou um trabalho de escuta do centro de Porto Alegre. A partir de exercícios de ocupação do espaço urbano, a equipe percorreu, de olhos fechados, o centro da cidade, absorvendo suas peculiaridades e deixando-se conduzir por acontecimentos sonoros do local, gravando estímulos em arquivos de áudio que depois vieram a compor a dramaturgia sonora do espetáculo.
O arquivo de sonoridades urbanas captado ao longo do trabalho é utilizado na peça, através do sampler, pedal de efeitos, amplificadores e microfones, criando uma composição com a performance de luz, desenvolvida a partir de objetos luminosos presentes no cotidiano urbano como lanternas de celular, pequenos refletores manuais, luminárias e abajures. Já os objetos cenográficos partem dos materiais que compõe a vida nas ruas do centro da cidade: telhas de zinco, baldes metálicos, moedas entre outros fragmentos visuais do centro de Porto Alegre.
A composição da dramaturgia originou-se de uma pesquisa realizada pela atriz e musicista Marina Mendo junto ao Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas da UFRGS em parceria com o músico Ricardo Pavão e o performer Rossendo Rodrigues. O material revelou sua potência de encontro com o público ao ser um dos três trabalhos selecionados nacionalmente para o Festival de Arte 50 Anos do Goethe – Institut Porto Alegre em 2015. Em 2017 este mesmo material foi contemplado com o financiamento PROCULTURA/RS da Secretaria de Estado da Cultura, Esporte, Turismo e Lazer para transformar-se no espetáculo que entra em cartaz agora na Bronze Residência.
FICHA TÉCNICA:
Direção Geral: Marina Mendo
Criação Sonora: Ricardo Pavão
Criação de Luz: Marta Felizardo
Ativadores da Cena (ao vivo): Marina Mendo, Marta Felizardo, Ricardo Pavão
Performances vocais (em off): Bethânia Panisson Ávila, Dedy Ricardo, Lígia Lasevicius Perissé, Ricardo Pavão, Rossendo Rodrigues, Tereza Mendo Rodrigues.
Fragmentos Textuais: Hilda Hilst (A obscena senhora D.), Matéi Visniec (A Louca Tranquila), Marina Mendo e Ricardo Pavão.
Participação na cuíca: Mateus Ávila
Figurino: Marina Anderle Giongo
Provocações cênicas e orientação de meditação: André Rosa
Técnico de Som: Beto Chedid
Produção Liége Biasotto – Cuco Produções
Programação Gráfica: André Varela
Foto e Vídeo: Natália Utz – UTZ Filmes
Assessoria de imprensa: Raphaela Donaduce Flores – Dona Flor Comunicação
Realização: Sync. Produções de Arte e Fábrica de Calcinha – Coletivo de Criação
Financiamento: FAC PROCULTURA/SEDACTEL – Governo do Estado do Rio Grande do Sul.
Fonte: Raphaela Donaduce Flores
Jornalista – Dona Flor Comunicação
Editor, gestor de conteúdo, fundador do ecult. Redator e pretenso escritor, autor do romance Três contra Todos. Produtor Cultural sempre que possível.
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