Jornalista, estudante de História, obcecado por música. Conhece menos atalhos em seu computador que a sua gata.
O trio carioca, comandado pelo inquieto e criativo Lê Almeida, está realizando uma turnê pelo Sul do país. Ao lado das bandas locais Badhoneys e Laboratório Suicida, o trabalho experimental da Oruã poderá ser conferido nesta sexta-feira (23) no Diabluras, pós 22h.
Conhecido como um dos principais nomes do lo-fi e do rock independente brasileiro, Lê Almeida conta com uma série de bandas e projetos lançados por meio de seu selo, o Transfusão Noise Records. Um dos projetos mais recentes, o Oruã, é uma parceria de Lê (vocal, guitarra e teclado) com João Luiz no baixo e Phill Fernandes na bateria.
Inquietude e experimentação
Artista gráfico, músico, produtor, Lê Almeida é responsável pelo Escritório, um estúdio e espaço para shows no centro do Rio, que também é descrito como “clube de recreação da Transfusão Noise Records”. Ainda que sem a estrutura e os recursos de uma grande gravadora, Lê mostrou que era possível gravar discos, fazer shows e movimentar uma cena. O reconhecimento de seu trabalho fez com que alguns de seus discos fossem lançados fora do país e sua discografia solo incluída no catálogo da gravadora DeckDisc. No começo deste mês, Lê Almeida e seu parceiro de selo João Casaes se juntaram ao guitarrista e vocalista Doug Martsch para os shows da lendária banda americana Built to Spill pela América do Sul.
Com a Oruã, que inicialmente contava com duas baterias, Lê Almeida apresenta uma proposta um mais experimental em relação outras bandas que participa. O primeiro álbum “Sem Bênção/Sem Crença”, lançado em agosto do ano passado, conta com 13 faixas e mais de uma hora de duração. Em agosto desse ano, a Ourã dividiu o Split “Marginal Alado” com a banda marianaa, onde cada uma apresenta sua versão a um som do Charlie Brown Jr. Os dois trabalhos podem ser conferidos em https://transfusaonoiserecords.bandcamp.com/.
Retorno e irreverência
Quem olhar com atenção o link acima também irá encontrar no catálogo de lançamento da Transfusão Noise um disco e um EP da Badhoneys. A banda gaúcha, formada em Porto Alegre e agora radicada em Pelotas, lançou o álbum Ghost em dezembro de 2015. De lá pra cá, mudou de formação e também sofreu uma redução nas atividades, devido a maternidade da guitarrista e vocalista Gi Cognac.
Com Ariane Behling no baixo e backing vocal e Marcelo Rubira na bateria, a Badhoneys volta a se apresentar nesta noite após mais de um ano sem realizar shows. O último foi em agosto do ano passado, abrindo para os Ratos de Porão. Além das músicas presentes nos laçamentos anteriores, uma música nova também deve incluída no setlist.
Proposital ou não, a noite é completada por outro trio. Composta por Vítor Alano (guitarra), João Oliveira (bateria) e Julio Machado (baixo), a Laboratório Suicida despeja um rock instrumental fluido e irreverente. Neste ano, a banda teve duas músicas incluídas na coletânea Mostra A Vapor de Música Autoral, realizada pelo estúdio pelotense. Uma session da gravação pode ser conferida em: https://www.youtube.com/watch?v=W7of2boOm_c
Faça um comentário