Veganismo é um estilo de vida que traz questionamento sobre qualidade de vida diariamente, não apenas do teu corpo, mas tuas ações diante de outros seres e do planeta.
Me fez questionar o porquê que eu vivia do jeito que vivia. Adoeci e a sugestão era uma intervenção médica, traumatizada de passar por tantos médicos uma força surgiu dentro de mim, deve haver outro jeito. O alcoolismo, tabaco e junkfood vegetariano estavam me matando. As minhas escolhas estavam me matando.
Aos 13 anos minha tia me perguntou se eu sentia pena dos animais e foi a primeira vez que me perguntei ” eu gosto de comer carne?” e percebi que comia por um contexto cultural imposto pela minha família e sociedade, era o que todo mundo comia ao meu redor, era mais fácil encontrar comida com carne. Naquela época comi muita soja e nem gostava mas era orientação da nutricionista.
Fazem 18 anos e por 16 anos tive depressão tentando me encaixar através de um vegetariasmo junk, até que descobri que 80% da serotonina é produzida no intestino e meu intestino estava cheio de pão, queijo e soja acumulados por anos da minha vida. O corpo é como um carro, é necessário fazer manutenção.
É necessário limpar da comodidade do dia-a-dia de comidas vendidas como “práticas” e desintoxicar com consciência o corpo e consequentemente a mente, te elevando até a tua essência, a alma. E eu espero que tu não precise passar por isso pra experimentar o que é viver em harmonia com o teu corpo e o planeta.
Então podemos partir do princípio que tudo que teus pais te dão é a vida e que mesmo que ela não esteja do jeito que tu queres a única coisa que realmente tens é teu corpo, o que tens feito com ele? Como tens cultivado o único amor da tua vida pro resto da tua vida?
Vou te contar o que aprendi com o veganismo
Primeiro passo aceitar o questionar de tudo. Observar com presença, com atenção. Se informar em órgãos competentes como a Organização Mundial da Saúde. Se o teu alimento é tua prioridade, é como se comprasse saúde à vista.
Ao doar sangue meu ferro estava baixo e falei que não comia carne , a enfermeira me olhou e passou uma lista de alimentos adequados pra melhorar e foi lá que vi que 100 gramas de ervilha tem mais proteína que 100 gramas de carne, me surpreendi enquanto ela sugeria uma lista de alimentos de origem animal, não pude doar naquele dia, meses depois retornei e estava tudo bem, doei.
Busquei na agroecologia soluções, conheci o MST de Antonina, referência nacional, grupo referência de arroz orgânico da América Latina. Descobri que um hectar de terra, num sistema de agrofloresta, produz até 84 toneladas de alimento em um ano.
Aprendi sobre plantas alimentícias não convencionais, as PANCs, aprendi que o melhor alimento é aquele que está na feira produzido pelos feirantes da região, o que é produzido aqui é o ideal para quem vive aqui, que irá conter todos os nutrientes para me manter saudável aqui.
Em Pelotas temos o espaço Arpa-Sul com banca no mercado público e outro espaço na Rua Antônio dos Anjos com alimento de produtores locais e produto orgânico. Sempre achei estranho ter que chamar a comida de orgânica, não deveria ser os produtos alimentícios com etiqueta “aqui contém veneno”, essa inversão de valores não te causa espanto?
A natureza é tão abundante que um pássaro migra durante todo ano sem se preocupar se irá faltar comida ou dinheiro. Que teu alimento seja teu bem-estar. Percebi que o maior órgão do corpo é a pele, adepta desde de muito jovem a produtos de beleza percebi a quantidade de produtos químicos que me expus ao longo da vida, creme dental, desodorante, maquiagem, produto de limpeza da casa.
Descobri que mulheres se expoem a 20 produtos por dia enquanto o homem a 7, observei uma indústria que ganha dinheiro na insegurança da mulher e que impõem que devemos ser magras, pele limpa, não repetir roupa e sempre aparentando ser jovem.
As doenças que mais matam hoje em dia é pelo excesso de comida. e aprendi pela ayurveda, sistema de medicina indiana, que uma pessoa saudável se alimenta duas vezes por dia e uma pessoa doente deve comer apenas uma vez por dia. Aprendi que não somos o que comemos e sim “somos aquilo que absorvemos” não só pela ingestão de alimento comido, mas também das emoções que digerimos ou não e ficam engasgado na garganta. E que toda a doença começa no apego.
Aprendi a diferença entre alimento e produto alimentício (aquilo que vem em embalagem e cheio de ingredientes que desconhecemos a origem). Percebi que ao usar protetor solar somos mini derramadores de petróleo no ecossistema, então, e que tem muitas marcas que não fazem testes em animais mas que mesmo assim poluem, o ecossistema interno porque a pele não digere mas absorve e o ecossistema externo.
O veganismo te faz questionar o quão melhor podemos ser nas escolhas diárias, o que queres fomentar? Que empresas queres ver crescer? Toda vez que compramos algo estamos investindo naquele estilo de sistema ou empresa, é como dizer, gosto do seu produto continue fazendo. Não quero que você seja vegano, te convido a questionar teu estilo de vida, já saísse da tua zona de conforto e questionasse?
Não é sobre o que tu deixa de fazer é sobre aquilo que tu acrescenta na tua vida com consciência que estas fazendo o melhor para o teu corpo, mente e alma.
Descobri também que para produzir 1kg de carne é necessário a mesma quantidade que usamos em 3 meses de banho. Que para produzir uma calça jeans são necessários 10 mil litros de água.
E se tu tens um jeans que tu já nem usa mais e quer um novo existe a possibilidade de trocar com um amigo ao invés de incentivar esse tipo de indústria. Somos impermanentes, e tá tudo bem querer mudar de roupa também, a maneira que essa mudança é feita faz toda a diferença. Uma coisa é certa, não existe jogar fora, o planeta é um só. Um dia viveremos em que tudo que eu produza se torne adubo para a natureza.
O que é o veganismo?
Veganos são, primeiramente, vegetarianos. Isso significa que veganos jamais irão consumir alimentos que contenham a carne de nenhum animal (inclusive aves, peixes e invertebrados), ovos, leite, gelatina, mel, cochonilha ou outros ingredientes derivados de animais, seja através do alimento, através das roupas, da composição de produtos de beleza ou sua produção, é Esse modo de vida fundamenta-se ideologicamente no respeito aos direitos dos animais, lembrando que o homo sapiens também é um animal.
O quero dizer que liberdade é conhecimento, e principalmente, te traz responsabilidade. Seja responsável pela sua vida e teu corpo, médicos, terapeutas não irão te curar e sim a tua decisão da busca pela cura através desses mestres. Através da tua responsabilidade de querer mudar a tua vida.
As mudanças de hábitos e o querer se abrir pro novo, e principalmente encontrar diversão ao experienciar o próprio corpo, observar como tu se sente depois das refeições, se tu se sente pesado, se tens muitos gases com cheiro ou até mesmo refluxo isso é um alerta do corpo te avisando que isso que tu tens feito não está funcionando, e se ignorares esse chamado isso pode se agravar para doenças mais graves. Tem que aprender a cozinhar e experienciar novos sabores, novos cheiros.
As ovelhas estão sempre em rebanho, na esperança de que estar em grupo será aconchegante. Em meio à multidão, o indivíduo sente-se mais protegido, seguro. Se alguém atacar, na multidão há todas as possibilidades de você se salvar. Mas, e estando só? apenas os leões andam sós.
Cada um nasceu de vocês nasceu leão, mas a sociedade está sempre condicionando, programando a mente de vocês como uma ovelhas. Ela lhes imprime uma personalidade, uma personalidade agradável, simpática, muito conveniente, muito obediente.
A sociedade quer escravos, não pessoas que sejam absolutamente dedicadas à liberdade. A sociedade quer escravos porque os interesses estabelecidos querem obediência.
Ana Claudia Coe, designer de moda, professora de costura, instrutora de yoga, terapeuta ayurveda, barras de access e thetahealing, criadora e fundadora de Ana COE brand w/ benefits
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