Passados quase seis meses de seu último show, a banda Mato Cerrado voltou a se encontrar com o público pelotense no último sábado (21).
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O festival ocorrido no Estúdio Bokada marcou também o lançamento do novo EP do trio, trabalho que já está disponível no Spotify e YouTube.
Com três faixas inéditas, o EP foi gravado em março deste ano, pouco antes do baixista e vocalista Wysrah Moraes partir para São Paulo. Ao lado do músico Eduardo Machado, ele toca na capital paulista um novo projeto: o duo Little Quake. O novo caminho seguido por Wysrah, no entanto, não fez com que a Mato Cerrado decretasse o fim das atividades.
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A vinda dos dois para Pelotas foi aproveitada para reativar as turbinas tanto da Mato Cerrado quanto da Oficina Beatnik, banda integrada pelos dois “desgarrados”, que também tocou no sábado. A noite de celebração e Rock ‘n’ Roll no Bokada ainda contou com a apresentação do power trio de stoner Tronco.
Mato e asfalto
Formada em Pelotas em 2010, a Mato Cerrado se estabilizou como um trio, com Yuri Marimon (Guitarra e Voz), Wysrah Moraes (Baixo e Voz) e Felipe Nobre (Bateria). Com esta formação, o trio lançou um EP, um álbum e realizou vários de shows, participação em festivais, por Pelotas e região. No começo do ano passado, Nobre mudou-se para Santa Catarina, impossibilitando sua permanência na banda. Para seu lugar, o baterista recrutado foi Stefano Rosa.
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Produzido por Zac Belver e pela própria banda, este novo EP é o primeiro registro com o novo baterista. Yuri comenta que Stefano contribuiu muito “nos arranjos, entendimento das músicas e dinâmica”. O instrumental foi gravado em uma sessão ao vivo em 4 pistas analógicas, com vocais e órgão adicionados em digital. O EP conta com cópias físicas lançadas via selo Under Rocks Records.
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Os três novos sons foram compostos de meados de 2017 pra cá. O blues “Brilho na Ideia”, que abre o disco, conta com a participação de Cleber Vaz no órgão. A faixa seguinte, “Mato e asfalto”, composta por Yuri, mostra um pouco do espirito da banda: “a estrada me chama, só resta seguir”. O encerramento fica com o som mais Rock ‘n’ Roll do trabalho, o som “Desertos”.
Jornalista, estudante de História, obcecado por música. Conhece menos atalhos em seu computador que a sua gata.
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