Pense rápido e diga espontaneamente o nome de uma cor… Não seria surpreendente se tu pensaste em vermelho.
Vermelho é a cor de todas as paixões – do amor ao ódio. Do sorriso e da dor. Foi a cor que tingiu o domingo, 20 de outubro, e preencheu o olhar de quem apreciava o show da Vanessa da Mata, ao ar livre, no Nave em Pelotas.
Assim como a melodia, uma cor também pode ser sonora. Todo aquele encarnado que envolvia figurino e cenário queria gritar alguma coisa. Era como se o expectador estivesse convidado pra dançar envolta de uma fogueira, ou assistir um pôr do sol. Dar as mãos e compartilhar felicidade, pois mesmo que haja desencontros: há tantas pessoas especiais.
Vanessa cantou como quem reza. Envolvendo as pessoas no seu rito. Desenhando suas letras para que todos a entendessem. Eram mensagens universais: Não vá sozinho ao cinema as quartas-feiras; valorize os encontros por acaso. Ou seja, tenha desejos maiores, queira beijos intermináveis. Ame e seja amado. Em um namoro de esquina, dengoso e enluarado.
Foi o primeiro show para algumas crianças, e um dos melhores para tantos adultos. A noite poderia estar mais quente, mas essa é a primeira primavera em trinta anos sem horário de verão. Nem tudo são flores no país atualmente. A vida é fogo. A prosa e as crianças seguiram correndo pelo jardim do Nave após o show. Só fui embora quando li, Oi Lucian(o) Brum, seu saldo my tapp é R$ 0,00.
por Lucian Brum
Jornalista.
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