Janeiro é o mês mais quente do ano. O auge do verão. Período das férias escolares e recesso universitário. A cidade se esvazia (um pouco). E não só os estudantes vão botar o pé na estrada, todos que podem vão veranear no Laranjal, ou no Cassino, aproveitar os créditos da CVC, buscar um lugar refrescante. Na cidade só ficam o proletariado, os desocupados e jornalistas como eu, que tem de ganhar a vida.
Claro que há cultura para aproveitar. Você pode ir ao cinema onde há ar condicionado, e dar risadas com um filme engraçado. Visitar o MALG e conferir as pinturas expostas. Tomar uma cervejinha no Mercado ao fim de tarde, ouvindo um violão ao vivo. Ou mesmo, esticar as pernas, e ler um bom livro.
Os leitores, no entanto, sentem falta de um salão de leitura. A Biblioteca Pública não abre no mês de janeiro. Um argumento que ouvi foi que em período sem aulas, diminui muito o movimento. Acredito que poderia ser o período dos leitores. Afinal: ler é mais importante do que estudar. E muitos pelotenses (raiz) vão a biblioteca se informar folheando os jornais diários.
O que é mais comentado no matutino mais lido na cidade são as fotografias, que revelam em grande parte das imagens um interesse dos fotógrafos pela precisão estética e informativa. A página dois desse mesmo jornal, quase sempre oferece notícias de editoria internacional – assim como os grandes jornais do mundo – dando ao início da leitura um positivo caráter cosmopolita.
E, falando em intercâmbio de ideias, hoje começa o 10º Festival internacional SESC de Música, com músicos de quatorze países. Imperdível. Por doze dias, os pelotenses vão sair às ruas, ir ao teatro, e, para aliviar um pouco o calor, respirar música pelos ouvidos.
Jornalista.
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