Salve Arte Festival apresenta Programa 12 nesta quinta-feira


Foto: Daniela Xu

A Casa do Tambor apresenta mais um webprograma do Salve Arte Festival, envolvendo uma variedade de apresentações artísticas e diálogos sobre o fazer cultural. O programa 12 acontece na próxima quinta-feira, 6 de maio, a partir das 20h, com transmissão pelo canal oficial do Salve Arte.

De acordo com o idealizador e produtor Kako Xavier, o programa 12 vem com a inovação de trazer diferentes artistas de diversos segmentos, como o artesanato, a serigrafia, a produção de eventos na cena underground, além da diversidade musical: “Além dessas áreas diversas, temos também a parte musical do programa que está bem romântica e popular, quebrando o olhar que temos muitas vezes da música sertaneja, gauchesca, romântica e a de sotaque de MPB mais antigo. Me pareceu um resultado final muito interessante e diferenciado das outras edições”, destacou.

Esta edição também segue com convidados entre padrinhos e madrinhas de diversas partes do estado e até de fora do país, fortalecendo o intercâmbio entre artistas, regiões, segmentos e toda a diversidade da cultura. Kako também destaca que, devido à bandeira preta, a produção do Salve Arte precisou parar por 45 dias do cronograma inicial, para após voltar com as gravações, levando em conta todas as medidas de segurança no período pandêmico.

O Festival que teve uma pré-temporada em 2020, assim que iniciou a pandemia e, neste ano conseguiu financiamento através do edital n° 09/2020, sendo realizado com recursos da Lei nº 14.017/2020, através do Ministério do Turismo, Secretaria Especial da Cultura e Sedac/RS, já está quase chegando às suas etapas finais.

“Como produtor e idealizador, já começo a sentir uma saudade, A gente começa a ver que o projeto tem contemplado muitos artistas. Temos buscado fazer algo inovador e ter esse equilíbrio de diversidade, com shows de diferentes linguagens contemplando diferentes cidades, tentando assinar essa marca que foi inteira do Salve Arte”. O produtor também destaca que estão preparando um grande encerramento ao vivo, com um programa especial com muitas participações, no final do mês de junho.

Concurso “Sou Salve Arte”

A produção preparou o concurso que, além de envolver o público e desafiar os participantes a cantarem a trilha oficial do Salve Arte, irá premiar o classificado, através do juri popular. O concurso recebeu vídeos dos mais variados e movimentou ainda mais a interação com o público. Para o programa 12, o público pode aguardar a exibição dos vídeos que foram enviados para o Concurso e conhecer o vencedor.

Salve Arte Festival – Programa 12
Transmissão ao vivo pelo youtube oficial do Salve Arte
Quando: 6 de maio, às 20h
Realização: Casa do Tambor
Coordenação Geral e Apresentação: Kako Xavier
Financiamento: Lei 14.017/2020, Lei Aldir Blanc, através do Ministério do Turismo, Secretaria Especial da Cultura e Sedac.
Apoio: TVE, FM Cultura, Diário Popular, União FM, Prefeitura Municipal de Pelotas, Osirnet e TV Nação Preta.
Site oficial: www.salveartefestival.com

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Programação: 06/05 às 20h no Canal do Youtube do Salve Arte:

Foto: Daniela Xu

Vano Costa: voz e violão

Vano Costa, de Pelotas, traz uma apresentação de voz e violão e apresenta um compilado de três músicas do seu mais recente disco que vem sendo gravado. Também resgata canções autorais que foram gravadas em outras bandas, além de apresentar novas composições que tem escrito durante a pandemia.

“Salve Arte veio como um alento para todos os artistas que ficaram sem o que fazer, sem o que mostrar neste período difícil. É um movimento sensacional em prol dos artistas em todos os segmentos e isso foi e é fundamental, especialmente neste tempo de pandemia.
Tenho muito orgulho e muita honra em participar. Espero que sirva de exemplo para outros e que seja o primeiro de muitos outros”.

Foto: Daniela Xu

Mariana Heineck: artesanato como conexão

Mariana Heineck, artesã responsável pela Beija Flor Natural Arte, de Pelotas apresenta a confecção de um suporte de plantas em macramê, numa versão mais simplificada, mostrando o passo a passo dessa peça que está super em alta na decoração. A ideia foi mostrar uma forma simples e rápida de fazer o suporte, para que todos possam realizar em casa, além de incentivar um trabalho manual para fins de relaxamento, de conexão consigo, como forma de terapia mesmo nesses tempos em que vivemos.

“O Salve Arte tem muita importância para os artistas da região, sendo essa uma das classes bastante prejudicadas pela pandemia. Ele permite que os artistas consigam mostrar seus trabalhos, valorizando-os inclusive financeiramente. Então em tempos pandêmicos, o que impede a realização de feiras, shows e eventos, o Salve Arte Festival dá uma esperança para quem vive da sua arte”.

Foto: Daniela Xu

Danny Ott: canções que falam sobre o amor

A cantora de Pelotas preparou um estilo sertanejo romântico com letras que fazem parte da história de muitas pessoas que, segundo a artista, se identificam com as composições.

“Minha apresentação é Danny Ott acústico, um formato reduzido com voz e violão para mostrar um pedacinho do meu show que faço em toda a região sul, com muita alegria e irreverência, transmitindo ao público de casa a alegria de poder cantar músicas que foram gravadas em 2016, e fizeram parte da minha história como cantora.
O Salve Arte festival é um projeto maravilhoso que está valorizando a cultura do sul do país, trazendo artistas incríveis de todos os estilos e ramos culturais, no qual se diferencia pela qualidade dos artistas que se apresentam no projeto e, principalmente, ajudando financeiramente muitos fazedores de cultura nesse momento de pandemia, que tiveram sua renda totalmente comprometida, e foram proibidos de trabalhar”.

Foto: Daniela Xu

Rubira: a cena underground em Pelotas e os desafios da cultura na pandemia

Mais conhecido como “Rubira”, do estúdio Bokada, em Pelotas, o produtor cultural e músico Marcelo Rubira conversa sobre sua trajetória na cultura, em um bate-papo com Kako Xavier. Rubira rememorou sobre os festivais que organizou, sua primeira produção no início dos anos 90, as primeiras relações com bandas da cidade e sobre os principais desafios que a classe cultural enfrenta no período pandêmico. Ele também falou dos financiamentos coletivos que estão sendo organizados por apoiadores para que ele continue dando segmento ao seu trabalho.

“O Salve Arte foi um alento para vários artistas que não conseguiram passar em nenhum edital e não conseguiram se manter. Tem dado um respiro a todos nós, tanto no sentido de nos mantermos, mas também em divulgar nossos trabalhos. Eu sinto que sou uma voz aos excluídos através do trabalho que sempre desenvolvi, pois trabalho com arte independente e quem não tem muito espaço nos meios tradicionais. Então o Salve Arte é muito isso também: visibiliza quem precisa. Tem sido uma força a todos nós nesse momento caótico que estamos vivendo”.

Foto: Daniela Xu

Daniel e Mauro: canções autorais com parcerias com poetas

A dupla de Rio Grande preparou três canções do seu mais recente disco, que está em fase de gravação. O CD tem a produção e arranjos de Marcelo Vaz.

“O Festival Salve Arte é de suma importância pois faz um diagnóstico dos artistas da região Sul do Estado do RS, um mapeamento de ações culturais e potências artísticas espalhadas pela região, e em especial em período pandêmico, pois potencializa uma estratégia que é a visibilidade através do “palco virtual”, sendo acessível a inúmeras pessoas que o assistem, bem como é um fluxo de distribuição de renda através da Lei Aldir Blanc.”

Foto: Daniela Xu

Max Neto e a serigrafia no peito como um outdoor revolucionário

Max, do Morro Redondo, apresenta um pouco da sua história com a serigrafia e como ele se utiliza dela para transformar o seu redor, com resistência e forma de atuação.

“Dou exemplos da coleção da Cry Baby, com coleção com parceria com grafiteiros, coleção infantil voltada para ideia do diálogo em desmistificar para a criança sobre o grafite, como forma de expressão, de arte. A outra coleção se chama Conhecer Para Preservar, em que a ideia é mostrar para as crianças as belezas e a diversidade da região para que, através do conhecimento do que se tem, se torne mais próximo preservar. A serigrafia vem com uma coisa que tu vai carregando o dia inteiro no peito, como um outdoor revolucionário. Tenho me conectado muito com isso tudo. Tenho um carinho enorme e admiração por quem está por trás fazendo o Salve Arte acontecer, pois a ação veio em seguida do momento em que estávamos desesperados sem saber o que fazer. Através das relações com os padrinhos também se gera uma relação e uma rede ainda maior. A gente nunca está sozinho, mas é sempre bom ver as coisas acontecerem. Felizmente a produção do festival e essa galera tem dado conta”.

Foto: Daniela Xu

Querência e os clássicos dos bailes

O grupo Quêrencia surgiu em Pelotas em 1982. São 38 anos de história. O grupo apresenta alguns clássicos que marcaram sua própria história e atualmente apresenta a formação com Cassiano Lacerda, gaiteiro e cantor, e Luiz Carlos Garcia, gaiteiro que está há mais de 23 anos no grupo.

“O Festival com certeza auxilia os artistas que ficaram sem o seu sustento nesse tempo de pandemia. Para nós, é uma grande satisfação poder participar. Agradecemos a toda produção pelo trabalho impecável que fazem. Um lindo trabalho que Henrique e nossas culturas e promove o sustento de diversas famílias da região sul”.

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