Salve Arte Festival encerra com celebração à resistência e à cultura


Com uma programação especial marcada para o próximo sábado (26), sendo exibida pelo canal oficial do projeto, o Salve Arte Festival chega ao seu último webprograma realizado com recursos da Lei Aldir Blanc.

Com um histórico cheio de ações desde a pré-temporada, a qual se iniciou em agosto de 2020, o projeto coleciona histórias, vivências e já deixa saudades. 

Tendo sido contemplado com recursos para a realização no primeiro semestre de 2021, pelo edital n° 09/2020, com recursos da Lei nº 14.017/2020, através do Ministério do Turismo, Secretaria Especial da Cultura e Sedac/RS, o Salve Arte Festival se consolidou como um projeto referência nacional na cultura por ter reunido centenas de artistas da zona sul de diferentes segmentos e linguagens artísticas.

Com realização pela Casa do Tambor, foram contemplados 224 nomes artísticos envolvidos e mais um incontável número de trabalhadores da arte e cultura, divididos entre 16 programas, com sete espetáculos por programa. envolvendo também padrinhos e madrinhas vindos de diferentes países.

Para o programa 16, o qual encerra esta etapa do projeto, o idealizador e artista Kako Xavier afirma que será apresentado um catálogo de apresentações com momentos de retrospectiva e outros momentos especiais: “Serão apresentados quatro blocos do catálogo em que são apresentados artistas da zona sul, com seus padrinhos e madrinhas. Teremos também um grandioso show da Tamborada e entrevistas com as equipes de trabalho do projeto, valorizando quem realizou e fez acontecer o Festival durante todo esse tempo”, declarou.  

Próximas ações: Salve Arte nos bairros e muito mais

De acordo com Kako Xavier, a construção coletiva terá segmento a partir de outras ações realizadas pela Casa do Tambor: “Queremos seguir desenvolvendo ações e buscar novas formas de recursos. Uma das ações é que iremos levar o Salve Arte para periferia de Pelotas, montando uma estrutura cinematográfica nos bairros e mostrando a diversidade que foi o Salve Arte. Tudo isso será feito com toda responsabilidade, diante do momento pandêmico: iremos distribuir máscaras, levando em conta o distanciamento social e todos os cuidados necessários neste sentido. Entendo que são fundamentais essas novas ações para que a gente tire do papel esse sonho de revelar a arte da periferia para a periferia e na periferia”, destacou. 

Mas as ações não param por aí. Depois do sucesso que foi esta etapa do Salve Arte, a produção pretende seguir com outras ações na Casa do Tambor, envolvendo intercâmbio entre artistas, oficinas, aulas de tambores e outros projetos que em breve serão revelados ao público.

Programação: Entrevistas com equipe, catálogo artístico e show da Tamborada 

Para o programa especial que marca o encerramento desta etapa de conclusão do Salve Arte, o público vai conhecer as equipes de trabalho do projeto, relembrar momentos marcantes dos webprogramas com um catálogo de espetáculos artísticos e ainda curtir um show especial da Tamborada: “Não teríamos como terminar essa etapa sem apresentar a equipe, pois ela representa a possibilidade de viabilizar um sonho. Estamos chegando com um ano de realizações e a equipe foi fundamental em todo o processo”, relembrou Kako. 

Clique aqui e torne-se um apoiador e-cult

O programa de encerramento acontece neste sábado, dia 26, a partir das 20h, no canal oficial do projeto. 

O público irá acompanhar entrevistas com a equipe de produção, envolvendo depoimentos de: Mari Neuwald, Maria Antônia e Beatriz Grassi; da equipe técnica, com Daniela Ott, Marlon Pierre e Patrick Valtrik, e equipe de comunicação, com: Ediane Oliveira, Kico Xavier e Estela Polidori. Confira os depoimentos das equipes:

PRODUÇÃO

Foto: Daniela Xu

Beatriz Grassi (Assistente de Direção, Montagem, Transmissão) 

Foi muito bom receber o convite para trabalhar no S.A. Eu estava voltando de SP e foi uma experiência única. Fico honrada e feliz de fazer parte desse projeto incrível. Um dos maiores aprendizados durante este tempo foi aprender a confiar no meu trabalho: comecei como aprendiz e terminei como editora principal. Isso foi construindo uma confiança em mim e me abriu portas para outros trabalhos. 

O S.A. me ajudou muito na questão profissional. Para a cultura, talvez tenha sido o grande projeto aprovado pela lei Aldir Blanc, por distribuir essa renda para tantas pessoas. Isso é tão legal, tão único e me deixa feliz.

Quanto aos momentos marcantes foram algumas apresentações específicas: minha mãe se apresentando: trabalhar na apresentação dela foi muito especial para mim. Acompanhar também a apresentação da Paola Kirst e ter feito toda a pré-temporada sem recurso e depois ver os frutos, o quanto isso tudo deu certo. Estes foram  grandes momentos de felicidade.”

Maria Antônia – Produção artística

Um dos maiores aprendizados no S.A. é que há espaço para todas as artes interagirem, conviverem e se fortalecerem. Não temos que competir pelo nosso espaço no mercado de trabalho porque o nosso trabalho deve ser levado a sério e há lugar para todas as artes funcionarem. O maior aprendizado foi passar horas e horas com a Dona Sirley. 

Vejo que a maior contribuição do S.A. é o catálogo e a representatividade de que a arte consegue se ajudar. Para a cultura, como um todo, é a própria realização do S.A.

Ter cada show salvo para que possamos recapitular, é uma contribuição gigantesca de ligar artistas do mundo inteiro com artistas locais. 

Lembro das conversas de telefone com a Dona Sirley e sua gravação para o S.A. Me senti abençoada por sua sabedoria e ter sua arte dentro disso tudo. Outro momento  muito importante para mim foi a minha apresentação, quando eu me senti segura e valorizada dentro de um festival como artista.”

Mari Neuwald – Produção executiva e captação de imagens

Eu fiquei muito feliz e é gratificante trabalhar no S.A. pois a partir desta experiência, eu pude cumprir o papel que eu já tinha entendido que era meu: facilitar e criar espaços para que a arte seguisse resistindo em tempos de pandemia. Um grande aprendizado muito vivo nisso tudo é sobre a força do coletivo, o quanto é fundamental cada um reconhecer e se conhecer dentro do projeto, todo mundo dando o seu melhor, oferecendo o seu melhor contribui para que o resultado final seja gratificante e satisfatório para todos.

Eu sou fã da arte autoral, sempre fui apreciadora, e enxergar tantos artistas da zona sul com a pluralidade de expressões, foi maravilhoso. Espero que fique essa marca da autoestima da cultura da zona sul, de reconhecer que temos grandes fazedores de cultura e grandes artistas. Me marca muito também os novos talentos que o S.A. lançou: artistas que estiveram no palco e se revelaram com altíssima qualidade. Outro ponto muito marcante foi todo o cuidado que tivemos com a prevenção ao covid desde a pré-temporada. Criamos um ambiente em que o artista se sentisse acolhido e valorizado, e aliado a isso tudo, vemos a  eficiência que esses cuidados resultaram: respeitamos todos os decretos de prevenção, cuidados internos e chegamos ao final do projeto sem nenhum caso de covid, tanto na equipe como nos artistas em geral. Dentro do atual momento é gratificante chegarmos ao final de um projeto tão grande e termos esse resultado satisfatório de saúde, que é coletivo, não é individual.”

Foto: Daniela Xu

EQUIPE TÉCNICA

Marlon Pierre – Edição de Imagens dos Shows 

Quando recebi o convite, fiquei muito feliz, notei de cara que seria um grande desafio. O maior aprendizado foi entender a arte de cada artista para poder transmitir a ideia deles da melhor forma possível, além do aprendizado de vida, conhecendo o que cada artista passa, para deixar sua arte viva. Além de conhecer pessoas muito especiais, que acabaram virando amigos, é poder ter conhecido tantas artes e artistas com estilos diversificados, e no fim ter a gratidão de saber que fez parte desse importante projeto, e ter ele no currículo.

 Todos os dias foram marcantes, porque sempre tinha algo diferente para fazer o que é muito legal, mas eu acho que o que mais me marcou foi ter se apresentado junto com minha irmã no salve arte, até então sempre por trás das câmeras, cuidando da parte técnica, e quando ficamos nas frentes das câmeras deu pra sentir o que os outros artistas também sentiram.”

Daniela Ott – Imagens dos shows 

Foi muito gratificante, pois sabia que seria uma jornada de muito trabalho, alegria e um grande desafio por poder trabalhar nesse projeto que abrangeu tantos artistas de diferentes culturas. O maior aprendizado foi conhecer tantos artistas de diversas culturas, que são artistas maravilhosos que temos no sul do país e conseguir transmitir através das câmeras os mínimos detalhes de cada apresentação, mostrando para o público de casa o detalhe, tanto na música, teatro, dança! 

Com certeza a maior contribuição ter ajudado tantos artistas financeiramente que estão totalmente prejudicados devido a pandemia, muitos sem renda, a apresentação no salve ajudou e muito essa categoria, além de mostrar para todo o Brasil essa diversidade de culturas, mostrar a qualidade musical, teatral e dança que temos no sul do país. 

Todos os momentos foram inesquecíveis, cada apresentação ficaram marcadas na memória. Um outro momento foi quando eu tive a oportunidade de me apresentar como cantora no programa, dentre tantos excelentes artistas eu poder mostrar meu trabalho autoral, foi maravilhoso e me senti extremamente honrada por ter feito parte desse projeto magnífico que salvou tantos artistas.”

Patrick Valtrick – Áudio dos Shows 

Minha função foi parte técnica como técnico de som e parte musical quando me apresentei com o Duo Brass.O maior aprendizado foi a convivência com diversos tipos de artes, pude conhecer artistas da nossa cidade que antes não conhecia.

Na minha vida serviu como aprendizado e também trabalho em uma época difícil, já na cultura foi um grande fomento aos artistas da região sul.

Difícil definir um ou dois momentos, mas o que posso dizer é que o salve arte foi um grande projeto onde como diz o próprio nome salvou artistas em um momento conturbado e só de fazer parte desse projeto já foi marcante.”

Foto: Daniela Xu

COMUNICAÇÃO 

Kico Xavier – Identidade Visual 

Atuo na identidade visual, como designer no desenvolvimento de todas as peças

ao longo do festival. Tenho como aprendizado perceber que, muitas vezes a gente acredita conhecer muito do cenário cultural que está próximo da gente, mas o S.A.  veio mostrar que tem muita coisa legal para além do que já conhecemos.

A contribuição do S.A é trazer o coletivo, o trabalho em grupo que sempre rola de uma forma melhor, unidos fazemos muito mais. Quanto aos momentos marcantes, o S.A. foi marcante no todo, aquilo tudo que a gente assistiu trazendo o trabalho de todo mundo. Me marcaram espetáculos do Mano Rick, trazendo a força do rap e também o trabalho autoral do Juliano Guerra.”

Ediane Oliveira – Assessoria de Imprensa 

Cada matéria, cada entrevista, cada palavra que coloco em meu texto é um aprendizado, um novo encontro, uma descoberta. Trabalhar com cultura é uma forma de respiro em tempos dificeis e o S.A me proporcionou isso fortemente desde a pré-temporada quando aceitei o desafio e o convite de embarcar neste grande e importante projeto. 

Perceber a coletividade e a resistência que se formou a partir dessa iniciativa foi importante para nos fortalecermos. A troca, dos diferentes saberes, os tantos segmentos e linguagens a partir da expressão da arte formaram um caldeirão, um celeiro de experiências e que vão gerar muitos novos intercâmbios e conexões. 

Difícil escolher um momento especial, pois muitos me marcaram, mas destaco a presença da Dona Sirley que foi a primeira homenageada do Festival e deixou seu saber, sua luz e sua memória viva dentro de nós.”

Estela Polidori – Redes Sociais 

Faço o gerenciamento das redes sociais do S.A.. Recebi o convite quando o programa já estava acontecendo, no início de 2021. Como sempre, fui uma espectadora e admiradora das edições antigas, aceitei prontamente esse desafio.

Aprendi que o trabalho só funciona quando todo o grupo está em harmonia e com vontade de melhorar a cada programa.

Através do festival conheci e reencontrei vários artistas incríveis que com certeza irei acompanhar daqui pra frente. Acredito que esse programa tenha sido uma oportunidade de trabalho para muitas pessoas durante esse período de pandemia, além de ter reconhecido e afirmado a qualidade da cultura da região sul.

Destaco o artista Camaueibe, que não conhecia e gostei muito do estilo e da apresentação no programa. A banda Matudarí, já conhecida por mim por ser do Laranjal, também me surpreendeu e fez uma linda apresentação.”

Clique aqui e torne-se um apoiador e-cult

Texto: Ediane Oliveira – Assessoria de Imprensa Salve Arte Festival

Seja o primeiro a comentar

Faça um comentário

Seu e-mail não será publicado.


*