Instituto Cultural Vale apresenta “Cura”, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. “Cura” também conta com patrocínio da Prefeitura do Rio de Janeiro, através da Secretaria Municipal de Cultura.
Deborah Colker volta a Pelotas com seu mais recente trabalho, o espetáculo “Cura”, dia 23 de março de 2022 (quarta-feira), às 20h30min no Theatro Guarany.
Deborah Colker dedicou seu tempo, nos últimos anos, a buscar uma cura. No caso, uma solução para a doença genética que seu neto tem, a epidermólise bolhosa. Dessa angústia pessoal nasceu o novo trabalho da Cia. Deborah Colker, um espetáculo que vai muito além do aspecto autobiográfico. “Cura” trata de ciência, fé, da luta para superar e aceitar nossos limites, do enfrentamento da discriminação e do preconceito. A dramaturgia é do rabino Nilton Bonder e a trilha original é de Carlinhos Brown.
O espetáculo estreou em 6 de outubro de 2021, na Cidade das Artes, no Rio de Janeiro, e passou por nove cidades, com um total de 48 apresentações, e um público total de 50.000. Já a turnê 2022 iniciou com temporada no Teatro Casa Grande, no Rio de Janeiro entre 27 de fevereiro e 20 de março.
Cura – Cia. Deborah Colker em Pelotas
Quando: 23 de março, quarta-feira (única apresentação)
Hora: 20h30min (abertura do teatro: 19h30min)
Onde? Theatro Guarany – R. Lôbo da Costa, 849 – Centro, Pelotas RS
Informações: (53) 3225-7636
Duração: 1h15min (sem intervalo)
Classificação: Livre
A apresentação vai contar com audiodescrição para deficientes visuais.
Conforme Decreto Municipal, será exigido a apresentação do Passaporte Vacinal, e uso de máscara, para ingresso e permanência no evento.
Ingressos à venda: https://diskingressos.com.br/event/2563
VALORES DE INGRESSOS
LOTE I – PLATEIA GOLD
inteira – R$ 160,00
meia – R$ 80,00
LOTE I – PLATEIA SILVER
inteira – R$ 140,00
meia – R$ 70,00
LOTE I – PLATEIA ALTA
inteira – R$ 50,00
meia – R$ 25,00
– Na bilheteria do Theatro Guarany. Horário de funcionamento: somente no dia do espetáculo quarta-feira, das 14h até o horário de início do espetáculo.
Forma de pagamento: dinheiro, Visa (débito), Mastercard (débito), PIX.
DESCONTOS (meia-entrada)
Estudantes:
Estudantes do ensino Infantil, Fundamental, Médio, Técnico, Graduação ou Pós Graduação.
Comprovação: Apresentação da Carteira de Identificação Estudantil (CIE) emitida pelo Ministério da Educação, ANPG, UNE, UBES, entidades estudantis estaduais e municipais, pelos Diretórios Centrais dos Estudantes (DCEs) e pelos Centros e Diretórios Acadêmicos ou por outras entidades de ensino e associações representativas dos estudantes, conforme definido em ato do Ministro de Estado da Educação.
O Organizador do Evento reserva-se ao direito de aceitar como comprovação, documentos extras aos citados por Lei, observadas também legislações estaduais ou municipais específicas, quando houver.
Acesse o site da ID Estudantil para saber sobre a carteirinha.
Idosos:
Pessoas com 60 anos de idade ou mais
Apresentação de Documento Oficial com foto (RG ou CNH)
Pessoas com necessidades especiais:
Apresentação do Cartão de Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social da pessoa com deficiência ou de documento emitido pelo INSS que ateste a aposentadoria.
Comprovada a necessidade, o PNE tem direito a um acompanhante também com direito ao benefício da meia-entrada.
Jovens de Baixa Renda:
Jovens de baixa renda com idade entre 15 e 29 anos que inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico)
Apresentação da Carteirinha da Identidade Jovem do Cadúnico.
Cia. Deborah Colker – Espetáculo “Cura”
A coreógrafa concebeu o projeto em 2017, mas foi no ano seguinte, com a morte de Stephen Hawking, que encontrou o conceito. Embora acometido por uma doença degenerativa, a ELA (Esclerose lateral amiotrófica), o cientista britânico viveu até os 76 anos e se tornou um dos nomes mais importantes da história da física. Deborah percebeu que há outras formas de cura além das que a medicina possibilita.
– Quando foi diagnosticado, os médicos deram a Hawking três anos de vida. Ele viveu mais 50, criativos e iluminados. Entendi o que é a cura do que não tem cura – conta.
A estreia aconteceria em Londres em 2020, mas a pandemia não permitiu. O adiamento deu ao espetáculo mais um ano de pesquisas, transformações e reflexões.
– A pandemia me fez ter certeza de que não era apenas da doença física que eu queria falar. A cura que eu quero não se dá com vacina – afirma.
Há dores mostradas no palco, mas há esperança no final. Ela diz que procurou preservar a alegria necessária à vida. Um ingrediente para isso foi a semana que passou em Moçambique durante a preparação, quando conheceu pessoas que não perdiam a vontade de viver, apesar das muitas dificuldades.
– Fui procurar a cura e encontrei a alegria.
Deborah incorporou ao espetáculo referências das três religiões monoteístas e elementos de culturas africanas, indígenas e orientais. Logo no início, conta-se a história de Obaluaê, orixá das doenças e das curas.
– A ponte entre fé e ciência me ajudou muito. Fui experimentar o invisível, a sabedoria do invisível – diz.
Numa cerimônia realizada quando da morte do seu pai, Deborah conheceu o rabino Nilton Bonder, autor de “A alma imoral” e muitos outros livros. Ao planejar “Cura”, decidiu convidá-lo para desenvolver a dramaturgia. Dentre tantas contribuições, ele ressaltou que “pedir é curar”, ideia que gerou uma cena. Também apontou que “a grande cura é a morte”, o que motivou uma coreografia com dois bailarinos dançando ao som de “You want it darker”, de Leonard Cohen.
– O espetáculo apresenta todos os recursos imunitários e humanitários em aliança pela cura. A ciência, a fé, a solidariedade e a ancestralidade são o coquetel de cura do que não tem cura. Concebido antes desta pandemia, o título não é um “conceito”, mas um grito! – afirma Bonder.
Carlinhos Brown foi convidado, inicialmente, para compor apenas o tema de Obaluê. Acabou criando praticamente toda a trilha, inclusive a canção inicial, dos versos “Traga meu sorriso para dentro” e “Sou mais forte do que a minha dor”.
– A música veio na minha cabeça logo depois da primeira conversa com Deborah. Eu pensei: “Isso é um chamado, não é uma trilha normal”. É um trabalho muito mais profundo do que “Carlinhos está fazendo uma trilha” – diz o músico.
Ele canta em português, ioruba e até em aramaico. Os 11 bailarinos também cantam, em hebraico e em línguas africanas. É algo que acontece pela primeira vez nos 27 anos de história da companhia.
Fundador da companhia ao lado de Deborah, o diretor executivo João Elias vê em “Cura” um passo ainda maior que o dado pela coreógrafa no trabalho anterior, “Cão sem plumas” (2017), baseado no poema de João Cabral de Melo Neto.
– Quando começou a coreografar, Deborah era mais abstrata, formal. Depois, passou a contar histórias, aprimorar dramaturgias. “Cão sem plumas” já era um espetáculo visceral, emocionante. “Cura” é ainda mais, mostra um grande amadurecimento – analisa ele.
Companheiro de Deborah em toda a trajetória, o cenógrafo e diretor de arte Gringo Cardia é outro que destaca a importância de “Cura” para a artista.
– Ela era toda ciência. Passou por um crescimento espiritual. Foi conversar com Deus neste espetáculo – afirma.
Sua assinatura está nas duas rampas que dão aos movimentos dos bailarinos a sensação de desequilíbrio. E está nas caixas que, entre várias funções, formam um muro.
– O muro passa a imagem de um grande obstáculo, mas ele se divide em vários pedaços. Então, é possível atravessá-lo. É como a gente faz nas nossas vidas – diz Gringo.
Nos figurinos de Claudia Kopke – que esteve em “Cão sem plumas” – as pernas podem ter estilos bem diferentes, traduzindo o desequilíbrio que é um dos nortes do espetáculo.
– Os bailarinos têm as cabeças cobertas, usam balaclavas, mas o final é dourado, de alegria – explica.
O iluminador Maneco Quinderé, que só havia trabalhado com a companhia em “Vulcão” (1994), também criou uma luz fragmentada, como sugerem as ideias de “Cura”. O final tem brilho, indicando renascimento.
– Cada segmento tem suas características, e eles formam um caleidoscópio – diz ele.
FICHA TECNICA
Criação, Coreografia e Direção DEBORAH COLKER
Direção Executiva JOÃO ELIAS
Música CARLINHOS BROWN
Direção de Arte e Cenografia GRINGO CARDIA
Dramaturgia NILTON BONDER
Figurino CLAUDIA KOPKE
Desenho de Luz MANECO QUINDERÉ
Assessoria de Imprensa FACTORIA COMUNICAÇÃO
Produção Local: ORTH PRODUÇÕES
Realização JE PRODUÇÕES LTDA.
Duração 1h15 MINUTOS (sem intervalo)
Classificação LIVRE
CURA – COMPANHIA DE DANÇA DEBORAH COLKER
Quando: 23 de março, quarta-feira, às 20h30min (abertura do teatro: 19h30)
Local: Theatro Guarany – R. Lobo da Costa, 849 – Centro, Pelotas/RS
Informações: (53) 3225-7636
Conforme Decreto Municipal, será exigido a apresentação do Passaporte Vacinal, e uso de máscara, para ingresso e permanência no evento.
Em Pelotas, o espetáculo “Cura” terá uma única apresentação, agendada para o dia 23 de março, às 20h30min, no Teatro do Guarany. Os ingressos estão disponíveis na Plataforma www.diskingressos.com.br ou na bilheteria do Teatro Guarany, somente no dia do espetáculo, quarta-feira, 23 de março, a partir das 14h. Conforme Decreto Municipal, será exigido a apresentação do Passaporte Vacinal, e uso de máscara, para ingresso e permanência no evento.
Editor, gestor de conteúdo, fundador do ecult. Redator e pretenso escritor, autor do romance Três contra Todos. Produtor Cultural sempre que possível.
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