15º Cine Esquema Novo – Arte Audiovisual Brasileira divulga vencedores da Mostra Competitiva Brasil


Evento de premiação ocorreu neste domingo (23), na Cinemateca Capitólio

Júri elegeu Uma Noite Perigosa na Ilha de Vulcano, de Darks Miranda, como o vencedor do Grande Prêmio 15º Cine Esquema Novo

Premiação Cine Esquema Novo – foto Tiago Coelho e Jaime Marques

Porto Alegre, 24 de fevereiro de 2025 – Neste domingo, 23 de fevereiro, o 15º Cine Esquema Novo – Arte Audiovisual Brasileira divulgou os ganhadores da Mostra Competitiva Brasil. O júri, composto pelo cineasta, roteirista, crítico e historiador da arte Giordano Gio, a educadora, crítica, programadora e pesquisadora de cinema Juliana Costa e o crítico de arte, diretor, curador e professor Juliano Gomes, elegeu Uma Noite Perigosa na Ilha de Vulcano, de Darks Miranda, como o vencedor do Grande Prêmio 15º Cine Esquema Novo. A obra recebeu o troféu assinado pelo artista Luiz Roque, além de R$ 10.000,00 em locação de equipamentos de luz e maquinária na Locall RS e R$ 3.000,00 em processamento de conteúdos como packinger com transcoding, metadados e thumbnails responsivos para plataformas de streaming de parceiros da Media Mundus.

As 49 obras selecionadas pelos curadores Dirnei Prates, Kamyla Belli, Jaqueline Beltrame e Ramiro Azevedo para a Mostra Competitiva Brasil foram avaliadas pelos jurados, que tiveram a missão de eleger o Grande Prêmio do 15º Cine Esquema Novo e mais cinco destaques, todos eles acompanhados de uma justificativa que explicita as razões da escolha. As produções contempladas foram Kebranto, de Jonas Van e Juno B; O Tubérculo, de Lucas Camargo e Nicholas Zetune; Sem Título #9 Todas As Flores Da Falta, de Carlos Adriano; Afluente, de Frederico Benevides; e A Sua Imagem Na Minha Caixa De Correio, de Silvino Mendonça.

A programação ainda apresentou a terceira edição da Mostra Outros Esquemas, que contou com oito obras exibidas de forma não competitiva; a Mostra Artista Convidado – Luiz Roque, que reuniu sete obras do artista, sendo uma inédita no Brasil; a Mostra Audiovisual em Curso, com produções universitárias gaúchas; Sessões Acessíveis, com Libras, Audiodescrição e LSE para pessoas com deficiência, que também contaram com tradução em Libras nos debates; e a Mostra de Acervo, com obras pertencentes ao Museu de Arte Contemporânea do Rio Grande do Sul (MACRS), ao Museu de Arte do Rio Grande do Sul (MARGS), à Fundação Vera Chaves Barcellos (FVCB) e que integraram as outras edições do Cine Esquema Novo (CEN).

Além das mostras, o festival promoveu a Oficina Câmera Causa – Realização Audiovisual para grupos em vulnerabilidade social, ministrada pelo realizador audiovisual Gustavo Spolidoro; a Oficina Audiovisual em Curso, realizada para alunos de seis universidades do Estado; a Oficina de Sensibilização e Introdução aos Recursos de Acessibilidade, voltada para orientar os integrantes da equipe; o Programa de Capacitação Novos Talentos, contratando aprendizes remunerados; a terceira edição do Seminário Pensar a Imagem, que provocou conversas sobre Geopolítica da Atenção com profissionais convidados pela curadora Gabriela Almeida; e debates da Mostra Competitiva Brasil, mediados por representantes da ACCIRS, da Mostra Artista Convidado, da Mostra de Acervo e das Sessões Acessíveis, com os realizadores presentes no festival. O público também pôde conferir os Cadernos de Artista, com referências, entrevistas, informações e imagens disponibilizadas pelos participantes da Mostra Competitiva Brasil para gerar maior compreensão sobre o universo de suas obras. O material segue disponível gratuitamente para consulta no site do festival. 

A programação reuniu 145 obras, além das atividades formativas (oficinas, seminário e debates), que ocorreram em seis espaços da cidade: a Cinemateca Capitólio e o Goethe-Institut Porto Alegre, parceiros institucionais já há muitas edições, assim como a Cinemateca Paulo Amorim, o MACRS, a Casa de Cultura Mario Quintana e a Casa Baka. “Foi uma experiência incrível ter 10 dias de programação múltipla, com a participação do público e de artistas daqui e de outros estados do Brasil. Ver as obras no cinema, nos espaços expositivos, rever artistas os quais acompanhamos a produção, conhecer novos nomes, presenciar a relação entre as pessoas que estiverem nos locais de realização participando dos debates, receber o retorno de que a programação estava intensa e rica… é para isso que realizamos o festival, para ver as trocas acontecendo, a experiência de cada pessoa, essas obras diferentes entre si e também, em diálogo”, revelam Jaqueline Beltrame e Ramiro Azevedo, organizadores do evento.

O 15º Cine Esquema Novo é uma realização da Associação Cine Esquema Novo de Desenvolvimento da Imagem – ACENDI. Projeto realizado com recursos da Lei Complementar nº 195/2022, Lei Paulo Gustavo, apresentado pelo Ministério da Cultura. Financiamento Iecine, Pro-Cultura e Secretaria da Cultura do Estado do RS, com apoio institucional da Prefeitura de Porto Alegre, Cinemateca Capitólio, Goethe-Institut Porto Alegre, Cinemateca Paulo Amorim, MACRS, Casa de Cultura Mario Quintana, RS Criativo, MARGS, Fundação Vera Chaves Barcellos e Casa Baka; apoio de premiação da Locall e Media Mundus; e apoio do Prime Box Brazil, TVE RS, FM Cultura, Atelier de Massas, Charlie Confeitaria, Térreo CCMQ, Lola Bar CCMQ, Press Bar e Restaurante, Restaurante Suprem e Suspeito Vinho. Mais informações, acesse: www.cineesquemanovo.org | www.facebook.com/cineesquemanovocen | @cine_esquema_novo 

Saiba Mais

Mostra Competitiva Brasil – Grande Prêmio 15º Cine Esquema Novo – Arte Audiovisual Brasileira

Pela manipulação sensual das imagens, permitindo-se gozar em escalas, ritmos e cores com domínio narrativo e fruição sensorial. Por parir um mundo com os restos de outros, tornando momentos insignificantes em instantes de êxtase ao deslocar o desejo do olhar do corpo para a matéria orgânica e as luzes celestes. Pelo fascínio que exerce ao transformar imagens de um cinema de outro tempo e espaço em imagens de um cinema do futuro.

Por uma erótica da arte, o Grande Prêmio 15º Cine Esquema Novo é de UMA NOITE PERIGOSA NA ILHA DE VULCANO, de Darks Miranda.

Prêmio Através da Escuridão

Pelo uso singular de cada recurso audiovisual, da palavra escrita à computação gráfica, da música ao sussurro, e através desses recursos, nos conduzir por uma renderização mítica do desejo como uma ponte entre o abstrato e o concreto.

KEBRANTO, de Jonas Van e Juno B

Prêmio Do Futuro Passado

Pela originalidade com que constrói uma ficção que é, ao mesmo tempo, cristalina e opaca, imprimindo humor, melancolia e erotismo em 8 milímetros de forma agudamente contemporânea.

O TUBÉRCULO, de Lucas Camargo e Nicholas Zetune

Prêmio O Mágico Almeja Olhar

Pelo exercício de uma autobiografia não individualista, abundante em ritmos e associações, formando um ensaio lírico e crítico de enorme pulsação sensorial, que assume formas variadas através de seu apaixonado amálgama.

SEM TÍTULO #9 TODAS AS FLORES DA FALTA, de Carlos Adriano

Prêmio Um Canto Entre Dois Mundos

Pelo gesto rizomático que reúne diferentes qualidades de imagens para cartografar um território e o seu além, através de caligrafia fluida, analítica e hipnótica, construindo um sinuoso retrato das camadas de uma possível geopolítica da energia no Brasil.

AFLUENTE, de Frederico Benevides

Prêmio Fogo Comigo a Caminhar

Por nos convidar a experienciar o tesão de recortar as estrelas para si, destilar o veneno na materialidade da palavra escrita e ousar permitir que o espectador boie com leveza em meio um mar de subjetividade confessional no qual muitos outros filmes se afogam.

A SUA IMAGEM NA MINHA CAIXA DE CORREIO, de Silvino Mendonça

Prêmios: 

Todos os vencedores recebem Troféu criado pelo artista Luiz Roque

Grande Prêmio 15º Cine Esquema Novo

Media MundusR$ 3.000,00 em processamento de conteúdos (packinger com transcoding, metadados e thumbnails responsivos) para plataformas de streaming de parceiros: Claro Tv+ ou Prime Video.

Locall – Apoio equivalente a R$ 10.000,00 em locação de equipamentos de luz e maquinária na Locall RS

Jurados

Giordano Gio é cineasta, roteirista, crítico e historiador da arte, formado em Realização Audiovisual pela UNISINOS, em História da Arte pela UFRGS, onde também realizou seu mestrado e, atualmente, conclui o doutorado em História, Teoria e Crítica de Arte. Sócio-fundador da Fehorama Filmes, produtora que completa 10 anos em 2024. Gio vem trabalhando no setor há quase 10 anos, em funções como diretor, roteirista, assistente de direção e produtor executivo, em diversos formatos como curtas metragens, longas metragens, séries e videogames. Como crítico, é colaborador de publicações como o Zinematógrafo e Teorema. 

Juliana Costa é educadora, crítica, programadora e pesquisadora de cinema. É doutora em Comunicação Social pela PUCRS e mestra em Educação pela UFRGS. É editora do Zinematógrafo, fanzine impresso de crítica cinematográfica e da Revista Abismu. Já publicou textos em diversas revistas nacionais e internacionais como Filme e Cultura e a revista belga Fantomas. Participou de juris e comissões de seleção de festivais de cinema, atualmente integra a equipe de curadoria de longas-metragens da Mostra de Tiradentes. É coordenadora do Programa de Alfabetização Audiovisual, projeto educativo da Cinemateca Capitólio.

Juliano Gomes é crítico de arte, diretor, curador e professor. Formado em Comunicação (PUC-Rio), Mestre em Comunicação (ECO-UFRJ). Leciona no curso de cinema da FAAP (SP). Redator na Revista Cinética desde 2009. Foi comitê de seleção do Sheffield Doc Fest (2020 e 2021). Júri da DocLisboa (2019), RIDM Montreal (2022), Festival de Brasília (2022), Forum Doc BH (2021), Mostra Tiradentes (2019), FBCU (2012), Cachoeira Doc (2014), Festcurtas BH (2014) e Fronteira Festival (2015). Publicou na Film Quarterly, World Records Journal, Folha, Piauí, Filme&Cultura, e diversos catálogos. Publicou nos livros “1967 – Meio século depois” , “O Cinema Brasileiro em Resposta ao país”. “Crítica e curadoria” (Selo PPGCOM UFMG) e “O Som que Manda” (Editora 34) . Participou de banca de avaliação de projetos nos editais estaduais do DF (2021), Ceará (2015) e Pernambuco (2018). Programa a Sessão Cinética no IMS desde 2009. Dirigiu os curtas “…” (2007) e “As Ondas” (2016), com Léo Bittencourt. E “Nada haver” (2022). Dividiu a direção de fotografia com Léo Bittencourt, do curta “Vagalumes” (2021), indicado ao prêmio ABC de fotografia.

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