Este é o meu primeiro artigo como associada do ecult e eu deveria falar de arquitetura, mas só pensava em ser abstrata. Queria poetar e não ser técnica, e foi nesta ambiguidade temática que encontrei um assunto que me empolgou, que fala da importância das sensações e que acredito ser uma novidade para o leitor: a neuroarquitetura.
Neuroarquitetura é união de duas ciências, a Neurociência e a Arquitetura, com o intuito de projetar espaços que promovam a saúde e o bem estar físico e mental de seus usuários, estuda os efeitos dos ambientes construídos no cérebro humano.
O ambiente onde vivemos, o espaço construído ao nosso redor, influência diretamente no nosso comportamento, nos transformando em pessoas mais felizes, criativas, sociáveis ou ainda, infelizmente, tendo efeitos exatamente contrários.
Fatores como a luminosidade, as cores, as texturas, o cheiro, a temperatura, a privacidade (sentimento de respeito ao espaço pessoal), o som, a ergonomia e a disposição do mobiliário tudo isto influência sobre nosso bem estar, estado emocional, saúde, produtividade, eficiência, níveis de concentração e stress. Através do nosso corpo: nariz, boca, mãos, ouvidos e olhos levamos até nosso cérebro as informações percebidas em nosso entorno, nossas estruturas cerebrais analisam e reagem e provocam determinados comportamentos e sensações.
Então detalhes como ter uma cadeira confortável junto a uma grande janela, pois permite a proximidade da luz do sol, usar luz amarela que cria uma atmosfera de relaxamento, utilizar objetos íntimos que contenham memória (chamamos de decoração afetiva), são pequenas ações com grandes consequências, pois estimulam nossos cinco sentidos, causando impactos positivos seja de forma consciente ou inconsciente, produzindo as sensações de bem estar.
Outro fator importantíssimo é cultivar plantas dentro de casa, esta reconexão com a natureza também propicia conforto, e muitas vezes morar em centros urbanos nos distancia desta possibilidade, por este motivo a relevância da biofilia* na arquitetura.
Todas estas considerações quando feitas no ambientes corporativos tomam outra dimensão de relevância, pois estamos falando de locais de trabalho, onde permanecemos no mínimo oito horas por dia e somos avaliados pelo nosso rendimento profissional.
Portanto, a qualidade de vida em uma edificação, seja esta para fins residenciais ou profissionais, passa por um conjunto de soluções projectuais que qualificam os ambientes onde vivemos. Isto é neuroarquitetura, mas também são práticas possíveis de serem implantadas em casa por você mesmo.
Crie seu próprio mundo, invista no seu espaço!
*bilofilia – tradução literal significa “amor as coisas vivas, aplicada em arquitetura e designe de interior busca satisfazer a nossa necessidade de estar sempre associados à natureza, incorporando aos espaços construídos elementos como água, vegetação, luz natural e materiais como madeira e pedra.
Fonte Google
fonte
tkdesigner.com.br
tegraincorporadora.com.br
Arquiteta e escritora, conhecida mundialmente no bairro por Guga. Mãe do Santiago, sempre em busca de inspiração, viajante cada vez mais de rotas clandestinas, e ser livre é um destino essencial.
Faça um comentário