Filme rodado no Vale do Caí ganha sessão única em Montenegro


Longa nacional 'A Colmeia' - crédito: Bruno Polidoro

Bom Princípio, Harmonia e Maratá e Pareci Novo serviram de locação para o longa ‘A Colmeia’.

Vencedor de cinco Kikitos na mostra gaúcha do 49º Festival de Cinema de Gramado (direção, ator, fotografia, som e arte) e premiado no Festival Internacional de Zaragoza como melhor longa estrangeiro, “A Colmeia” terá uma exibição especial em Montenegro (RS), no dia 2 de março (quinta-feira) de 2023, às 19h30min, no Cine Mais Arte (R. Ramiro Barcelos, 1756). Todos pagam o valor da meia-entrada, R$ 14,00, e os ingressos podem ser comprados antecipadamente no site do cinema

As paisagens de Bom Princípio, Harmonia e Maratá e Pareci Novo, municípios localizados no Vale do Caí, serviram de locação para as filmagens.

Em uma casa perdida no meio do nada vive o casal Bertha e Werner, os adultos Kasper, Uli, Lila e os gêmeos adolescentes Christoffer e Mayla. Na residência também mora a empregada Erika. Lá, a força de trabalho não difere homens e mulheres, mas a palavra final é sempre de Werner. Os mais velhos veem o trabalho e o silêncio como as melhores virtudes, enquanto os jovens esperam mais da vida. O isolamento imposto afeta cada um à sua maneira. O medo e a repressão são denominadores comuns.

A Colmeia” se passa durante o período da Segunda Guerra, quando falar alemão estava proibido em território brasileiro, além de outras várias restrições culturais. Uma atmosfera de desconfiança paira nas cidades e nos campos. A ameaça de invasores, doenças e fome também batem à porta dos habitantes da casa. Os gêmeos Mayla e Christoffer não concordam com as visões dos adultos. Christoffer prefere vagar pelas matas a enfrentar o bullying escolar e Mayla luta para fugir da colônia. A traição do próprio irmão gêmeo e uma série de agruras levam Mayla a um desfecho sombrio, onde o silêncio e a mentira escondem segredos profundos.

Para o diretor, o filme aborda temas da contemporaneidade. “‘A Colmeia’ é perpassada por diversos “favos” de subtemas que dialogam com nosso mundo de hoje, mesmo que a história se passe na primeira metade do século passado, aponta Vargas. “Esse jogo de espelhamentos entre uma ficção de época com ares de suspense e a nossa realidade atual estão refletidos nos “favos” que permeiam a narrativa. A colmeia que do lado de fora aparenta tranquilidade, mas que ao ser violada torna-se agitada e perigosa”, conclui.

A preparação dos atores incluiu uma imersão no modo de vida dos colonos alemães. Muitos dos objetos utilizados pelos personagens foram escolhidos pelos próprios intérpretes. A casa centenária que serve de principal cenário é original do final do século XIX. Em estilo típico Enxaimel, foi restaurada especialmente para o filme. “A Colmeia” teve sua estreia mundial na Estônia, no Black Nights International Film Festival.

“A Colmeia” é uma realização da Pata Negra e tem distribuição da Lança Filmes. O financiamento é do Edital Pró-cultura RS FAC de Produção Audiovisual, realizado pelo Governo do Estado do Rio Grande do Sul/SEDAC, e Fundo Setorial do Audiovisual, através da Ancine e BRDE.

Serviço

Sessão especial de “A Colmeia” em Montenegro (RS)

Dia 2 de março (qui) de 2023, às 19h30min, no Cine Mais Arte (R. Ramiro Barcelos, 1756)

Todos pagam o valor da meia-entrada: R$ 14,00

Ingressos antecipados em cinemaisarte.com.br/programacao-montenegro

Drama/Suspense | 100 min. | País: Brasil

Trailer: youtu.be/gIUx0VpGxBo

Classificação Indicativa: 16 anos

Instagram: @lancafilmes | Facebook:/lancafilmes | Tik Tok: @lancafilmes

Site: lancafilmes.com.br

Sinopse longa: Uma adolescente luta para sair da colônia onde vive com um grupo de imigrantes alemães. Isolados do mundo, Mayla é oprimida e traída pelo próprio irmão gêmeo. Tendo como pano de fundo os anos 1940 no interior do sul do país, quando falar alemão era proibido por lei, o grupo procura ser invisível, mas o medo do entorno os faz frágeis e os leva a violentos conflitos entre si. Nesta atmosfera de angústia, opressão e pavor, uma série de dificuldades levam Mayla a um desfecho sombrio, onde o silêncio e a mentira escondem segredos profundos. A carne de Mayla é doce num tempo amargo e obscuro.

Sinopse Curta: Uma adolescente oprimida e traída pelo seu irmão gêmeo, luta para fugir da colônia onde vive com um grupo de imigrantes alemães. Isolados do mundo e vivendo em uma atmosfera de pavor, uma série de dificuldades levam Mayla a um desfecho sombrio, onde o silêncio e a mentira escondem segredos profundos. A carne de Mayla é doce num tempo amargo e obscuro.

Ficha técnica

Direção: Gilson Vargas

Roteiro: Diones Camargo, Gilson Vargas e Matheus Borges

Produção Executiva: Gabriela Bervian e Gilson Vargas, Francisco Caselani

Direção de Produção: Deise Chagas, Eduarda Nedel e Gabriela Bervian

Direção de Fotografia: Bruno Polidoro

Montagem: Gabriela Bervian

Direção de Arte: Gilka Vargas e Iara Noemi

Som Direto: Higor Rodrigues e Tiago Meyer

Desenho de Som: Gabriela Bervian

Trilha Sonora: Leo Henkin

Distribuição: Lança Filmes

Elenco principal: Andressa Matos (Mayla), Janaina Pelizzon (Bertha), João Pedro Prates (Christoffer), Martina Fröhlich (Uli), Rafael Franskowiak (Werner), Renata de Lélis (Lila), Samuel Reginatto (Kasper) e Thais Petzhold (Erika).

Sobre o diretor

Gilson Vargas é roteirista, diretor e produtor. Formado em Jornalismo com mestrado em comunicação. É professor de roteiro e de direção no curso de cinema da Unisinos. Destacam-se o longa “Dromedário no Asfalto”, exibido na VI Semana dos Realizadores, os curtas Casa Afogada, ganhador de quatro Kikitos no Festival de Gramado e Vaga-lume, vencedor do International non-budget Film Festival of Gibara, Cuba, e as séries “Longe de Casa”, filmada em cinco países e exibida pela Globo Internacional e a “Série Travessias”, filmada também em diversos países em 28 episódios com estreia prevista para 2022. “A Colmeia” é seu segundo longa. Uma curiosidade sobre Vargas é que também compôs trilhas para diversos filmes, seus e de colegas diretores, além de ter dirigido premiadas peças de teatro, como “Crucial Dois Um”, de Paulo Scott e “9 Mentiras Sobre a Verdade”, de Diones Camargo.

Sobre Pata Negra – Produtora

Com dez anos de atuação, a Pata Negra é uma produtora sediada em Porto Alegre e realiza filmes e séries com vocação para coproduções dentro e fora do Brasil. Realizou premiados curtas, médias e longas de ficção e séries documentais filmadas em mais de 15 países.

Sobre Lança Filmes – Distribuidora

A Lança Filmes é uma empresa distribuidora de conteúdo audiovisual. Distribuindo longas e curtas-metragens, séries e novos formatos, em festivais, mostras, cinema, VOD, televisão fechada e aberta, internet e em novas plataformas. Entre seus títulos estão: “5 Casas”, A Colmeia”, “Mateína – A Erva Perdida” (2022), “Legado Italiano” (2021), “Portuñol” (2021), “Disforia”(2020), “A Cidade dos Piratas” (2019), “Tamara” (2018), “Yonlu” (2018) e “Dromedário no Asfalto” (2014).

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