Marô Barbieri é a patrona da Feira do Livro de Porto Alegre


Arte: Giovani Urio sobre foto de CRL/Diego Lopes

Uma das mais populares e reconhecidas escritoras de LIJ do Rio Grande do Sul, Marô Barbieri foi anunciada patrona da 65ª Feira do Livro de Porto Alegre. A revelação aconteceu em coletiva de imprensa no final da manhã de quarta-feira, 16 de outubro.

A autora, a quarta mulher consecutiva escolhida para o posto, sucede a poeta Maria Carpi, patrona de 2018. “Ao atuar como professora, fui formando uma porção de possíveis leitores. Quando comecei a escrever, porque amo as palavras e queria compartilhar com as pessoas, a literatura para crianças estava começando no Brasil. Tenho a honra de ter feito parte desse conjunto de pessoas”, disse a patrona, emocionada.

Marô recebeu o patronato de Maria Carpi. Foto: CRL/Diego Lopes

Na ocasião, foi apresentada também a programação do evento que terá como tema a curiosidade. “Este ano, são mais de 500 atividades na programação, mais de 600 sessões de autógrafos e mais de 2 mil autores”, enumerou o presidente da Câmara Rio-Grande do Livro Isatir Bottin Filho.

A campanha da Feira, criada pela designer Daiana Christ, tem como lema “a curiosidade é o que nos move” e vai celebrar a influência do espírito criativo sobre algumas datas históricas, como os 50 anos da chegada do homem na lua, 100 anos da comprovação da teoria da relatividade e 500 anos da morte de Leonardo Da Vinci. “É importante difundir a compreensão de que tecnologia e literatura são ferramentas que se complementam”, explica. Dessa forma, a comunicação visual do evento “reflete a importância da multidisciplinaridade, com valorização da ciência e dos saberes eruditos e populares”, segundo a designer.

Jussara Rodrigues, coordenadora da programação para público adulto, aprofundou o recorte literário sobre a curiosidade. “Queremos pensar que podemos trocar conhecimentos e aprender uns com os outros, nesse espírito agregador, e ir muito além”, reflete. “Queremos transformar a Feira numa pesquisa de campo, num debate, com temas para novas ideias. A música vai estar presente, de Woodstock, a Teixeirinha. O cordel, questões de gênero, espiritualidade, cidadania, ecologia e novas formas de nos posicionarmos”. A produtora citou a participação de autores da Suécia, Alemanha, Angola, Argentina, além de brasileiros como Jarid Arraes, Ana Maria Gonçalves, Zuenir Ventura e Silviano Santiago. Entre os nomes cujas biografias serão homenageadas, estão Aldyr Garcia Schlee, Jayme Copstein, Oliveira Silveira e Tônia Carrero.

A palavra como patrimônio será o tema da Área Infantil e Juvenil, sob coordenação da produtora Sônia Zanchetta. O acervo da Biblioteca Moacyr Scliar, instalada no térreo do Memorial do RS, será ampliado. “A Arena Inovação terá uma programação intensa voltada à robótica e novas tecnologias”, revela. A presença dos povos originários será marcada pelos escritores Daniel Munduruku e Yaguarê Yamã, que participam de encontros com crianças, além da visita de estudantes de escolas indígenas do Rio Grande do Sul ao evento.

Os patrocinadores máster do evento são Braskem, Zaffari e CMPC. O banco oficial do evento é o Banrisul, a Caixa é patrocinadora e a Prefeitura de Porto Alegre oferece apoio.

A 65ª Feira do Livro de Porto Alegre ocorre de 1º a 17 de novembro na Praça da Alfândega, Centro Histórico da capital gaúcha.

Arte: Giovani Urio sobre foto de CRL/Diego Lopes

Sobre a patrona
Marô Barbieri, é escritora, professora e contadora de histórias natural da cidade de Bento Gonçalves, Rio Grande do Sul. Tem Licenciatura Plena em Letras (Língua e Literatura Portuguesa e Língua e Literatura Francesa) pela PUCRS.

Como professora, atuou ensinando língua e literatura de português e francês em turmas de primeiro e segundo graus do Instituto Educacional João XXIII, Colégio Santa Família, Colégio Menino Deus, Colégio Rosário e Colégio Israelita.

Marô destaca-se pelas obras voltadas ao público infantil mas, a partir de 2013, começa a produzir livros para público infanto-juvenil e para adultos.

Conquistou o Prêmio AGES Livro do Ano pelo livro Pestilóide e o Sumiço na Chuva”, em 2007, e pelo livro Cirandas de Villa Lobos – Reinvenções, em 2013. Troféu Palavra Viva do SINTRAJUFE, pelo conjunto da obra, do Sindicato dos Trabalhadores da Justiça Federal;

Prêmio AGES Livro do Ano da Associação Gaúcha de Escritores, em 2013, pelo livro “CIRANDAS DE VILLA LOBOS-REINVENÇÕES” , em parceria com Olinda Alessandrini (pianista)e Clara Pechansky (artista plástica);

Texto e edição: Vitor Diel

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