Resenha Literária: Hortênsias de Agosto por Charlie Rayné


Uma jornada para dentro de si mesmo, forçada. As coisas da vida deixadas no caminho, não resolvidas,que precisam encontrar seu lugar certo.

O Livro Hortênsias de Agosto, da escritora Joice Lima nos apresenta Eliana Giordano, uma escritora, que ao estar voltando para o Brasil depois de compromissos em Portugal, é obrigada a fazer um pouso forçado na Ilha do Corvo por 21 dias.

Nesta viagem encontra um antigo relacionamento, Zeca, homem que na adolescência deixou feridas, palavras não ditas e mágoas que precisam ser sanadas.

Narrado em primeira pessoa, a personagem nos envolve com suas tiradas absolutamente humanas, cômicas muitas vezes… Suas controvérsias, fruto de sua natureza insegura( que será oportunamente solucionada), nos faz enxergar o quanto necessitamos de lições de vida que nos permitam crescer e caminhar sem sobressaltos.

O Romance nos brinda com a deliciosa jornada para o desconhecido, através de um caminho pontuado por acontecimentos que precisam ser revisitados. É a metáfora da vida que precisa ser encarada, a despeito de nossas tentativas de seguir o caminho sem olhar no espelho. Lia, escritora também nos oferece um painel das relações afetivas contemporâneas e nos faz descobrir junto com ela que o Amor ainda se faz possível em pleno século XXI, mesmo diante da nossa incapacidade de agir de forma madura quando nossos fantasmas repousam solenemente no porão da alma.

É na Ilha do Corvo, lindamente retratada na obra, com uma narrativa absolutamente bem engendrada, que a protagonista e Zeca vão nos mostrar que a Vida tem caminhos abandonados que podem e devem ser retomados.
Texto leve e profundo, com forte poder de identificação que nos restaura a vontade de viver um amor maduro, bem resolvido e compromissado com nossas reais necessidades.

Leitura obrigatória.

Resenha por Charlie Rayné – escritor, publicitário e ator.

Sinopse de Hortênsias de Agosto

Quarentena em ilha dos Açores coloca ex-namorados frente a frente
Lia e Zeca tiveram um envolvimento quando ainda eram adolescentes. O lance não terminou bem e ela guarda muita mágoa daquele a quem passou a considerar “o último homem” no planeta. Os dois estão no mesmo voo de Lisboa para Porto Alegre quando a tripulação descobre a bordo um passageiro com uma doença altamente contagiosa. Sem alternativa, todos são obrigados a ficar 21 dias de quarentena na ilha do Corvo – mais especificamente, no Caldeirão, uma cratera vulcânica extinta há 430 mil anos. Três semanas dividindo a mesma barraca e enfrentando todo tipo de imprevistos faz com que Lia e Zeca se reaproximem e redescubram a si mesmos. Trechos de músicas do Pink Floyd fazem o pano de fundo do romance.

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