Sucesso de crítica e público pelo Brasil, o espetáculo sobre a opressão contemporânea e suas consequências terá sessões em Porto Alegre, Triunfo, Montenegro e Venâncio Aires.
Pompeu Homero poderia ser um cidadão como qualquer outro, mas, por um desvio (um atalho, um subterfúgio, uma escolha) acaba se tornando um justiceiro social que recebe o lampejo divino de resolver os problemas do mundo: corrupção, pedofilia, violência. Seu nome alcança o status de celebridade nacional abrindo um caminho tão instigante, quanto perigoso. Esse é o mote da ópera-rock “Capitão Rodrigo – A saga de um homem comum” que vai circular pelo Estado em apresentações gratuitas, promovendo o acesso à cultura e também ao intercâmbio cultural através de um workshop ao final de cada sessão. O financiamento é do Fundo de Apoio à Cultura (Pro-Cultura RS – FAC). Em Porto Alegre, as apresentações acontecem dia 03 de setembro, às 19h e 21h, no Museu do Trabalho (programação completa abaixo).
Esse belo musical surgiu da união de máscaras, poesia, bonecos, atores/músicos e muito rock´n´roll. No roteiro, Pompeu vai parar no Big Brother e o que aparentemente ia tão bem, começa a se dirigir vertiginosamente ao desconhecido. A partir do dia em que suas mãos se apropriam do desejado milhão e se sujam de sangue, ele percebe que em sua alma falta alegria e humanidade. Aqui, musicalidade e encenação dialogam com a realidade social brasileira narrando a trajetória de um rapaz que busca consertar os problemas do mundo. As letras, textos e canções são autorais, compondo uma obra que faz do espectador protagonista dessa história. Na ficha técnica figuram alguns dos mais premiados personagens das artes cênicas gaúchas, entre eles, Kike Barbosa, Simone Rasslan, Liane Venturella, Daniel Lion, Juliano Ambrosini e André Trento, em mais uma produção do efervescente Grupo Mosaico Cultural e da banda Capitão Rodrigo, conduzida pela produtora Lud Flores.
Criada há sete anos por artistas integrantes da Mosaico Produtora Cultural, a banda vem fazendo desde então a rica mistura do regional com o rock contemporâneo, algo que está na essência de grandes movimentos na música brasileira, como o mangue beat, por exemplo. Inspirados no pensamento libertário de Rodrigo Cambará, célebre personagem da saga “O Tempo e o Vento”, de Erico Verissimo, os músicos Rafa Cambará, Nando Rossa, Juliano Rossi, Cuba Cambará, Eduardo Schuler e Gilberto Oliveira trilharam um caminho onde os ideais, a música e a poesia andam sempre juntos. Rafa Cambará, um dos criadores da banda, compositor, afirma que artisticamente é a realização de um sonho. “Desde que compus a música Pompeu Homero soube que por trás daquela história havia algo muito importante que eu desejava compartilhar com o mundo. O espetáculo já é um sucesso pela qualidade do processo. Além da harmonia entre os envolvidos, o projeto está proporcionando a formação de novos profissionais através de estágio remunerado”.
O cenário criado por Juliano Rossi partiu de pontos de fuga, psicodelia e de um certo caos que se estabelece na relação entre o personagem e o público. Juliano Ambrosini contribui com as imagens projetadas nas laterais do palco e teto, interagindo com a cena constantemente. A direção musical do premiado André Trento e os figurinos de Daniel Lion dão o toque final desse trabalho.
Sobre o Workshop – Criação Artística X Mercado Cultural Brasileiro
Realizados após as apresentações, os encontros são voltados a profissionais da cultura e interessados em arte. Será possível vivenciar uma troca de experiências com os atores e instrumentistas Rafa Cambará e Juliano Rossi, sobre o processo de criação do espetáculo que apresenta a fusão da música e do teatro com o cinema. Aberto a qualquer pessoa, este workshop irá contemplar todas as etapas: desde a chama inspiradora até a inserção da obra no mercado. A atual realidade cultural também será abordada conforme a experiência adquirida nos cinco Estados por onde o espetáculo passou.
Capitão Rodrigo em “A saga de um homem comum”
Dia 03 de setembro (sábado) – Porto Alegre
Sessões às 19h e 21h no Teatro do Museu do Trabalho (Andradas, 230)
Distribuição de senhas uma hora antes da primeira apresentação. Entrada franca.
Dia 06 de setembro (terça) – Triunfo
Às 20h no Teatro União (Praça Bento Gonçalves)
Distribuição de senhas uma hora antes da apresentação. Entrada franca.
Dia 14 de setembro (quarta) – Montenegro
Às 20h no Teatro Therezinha Petry Cardona (Rua Capitão Porfírio, 2141)
Distribuição de senhas no Sesc Montenegro e no local uma hora antes. Entrada franca.
Dia 15 de setembro (quinta) – Venâncio Aires
Às 20h no Auditório da Escola Gaspar Silveira Martins (rua Tiradentes, 1281)
Distribuição de senhas no SESC Venâncio Aires e no local uma hora antes. Entrada franca.
* A produção estará recebendo doações espontâneas de alimentos não perecíveis na troca do ingresso. Os alimentos serão doados para o Instituto Recriar em Porto Alegre e para o Projeto Sesc Mesa Brasil
* Em Triunfo, serão aceitas doações de livros para a Biblioteca Municipal
Um financiamento:
Fundo de Apoio à Cultura (Pro-Cultura RS – FAC)
Ficha técnica
Direção artística: Liane Venturella
Dramaturgia: Kike Barbosa
Direção musical: André Trento
Direção de fotografia: Juliano Ambrosini
Preparação vocal: Simone Rasslan
Figurinos: Daniel Lion
Atores/músicos: Rafa Cambará, Cuba Cambará, Juliano Rossi, Nando Rossa, Eduardo Schuler, Gilberto Oliveira
Cenografia: Juliano Rossi
Iluminação: Fabrício Simões
Assessoria de imprensa: Bebe Baumgarten
Projeto gráfico: Juliano Ambrosini
Maquiagem: Luana Zinn
Produção executiva: Lud Flores e Rafa Cambará
Assistentes de produção: Dida Ortiz e Gilmar Rossa
Estagiários: Luiza Ninov e Pedro Toledo
Fonte: bddivulgacao.com.br
Editor, gestor de conteúdo, fundador do ecult. Redator e pretenso escritor, autor do romance Três contra Todos. Produtor Cultural sempre que possível.
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