Transvolutivo é a mais nova mostra do fotógrafo gaúcho R. Balbuena, radicado no Uruguai desde 2010. As imagens têm Montevidéu como cenário e trazem o cantor e DJ Madblush em um jogo de luzes e sombras.
Balbuena desconstrói esteriótipos de gênero e traduz a busca do ser humano por sua verdadeira essência. O coquetel de abertura será na quarta-feira, 4 de abril, a partir das 20h30min, no Venezianos Pub Bar, em Porto Alegre.
No evento, Madblush também vai cantar as novas canções de Cactus II, o novo EP do artista. A polêmica capa traduz a alma do álbum com o artista segurando uma Bíblia. As cinco faixas – 4.7.8.24, Bitch and Rat, Eva Angélica, Homophobic e Sempre Quis – já estão disponíveis no SoundCloud e Youtube.
Abertura da mostra Transvolutivo
+ show gratuito de Madblush
Quando? 04 de abril de 2018, quarta-feira
Hora? a partir das 20h30min
Onde? Venezianos Pub Bar (Rua Joaquim Nabuco, 397 – Cidade Baixa, Porto Alegre)
Entrada Franca
Em Cactus II, Madblush mescla electro, pop e funk mais uma vez. Mas inclui ainda pitadas de trap, batuque e baião nas músicas feitas para agitar pistas de dança. Expoente da MPBTrans, o artista faz das letras instrumentos de reflexão e protesto. Machismo, homofobia, fanatismo religioso e o amor livre servem de inspiração para músicas com toques de ironia e humor. A produção do EP é de Madblsuh e OTA.
No ano passado, Madblush foi destaque no Gay Music Chart Awards – premiação do canal francês que acompanha a produção musical do gênero em todo o mundo. O artista venceu na categoria melhor clipe brasileiro de 2016 com Lovelovelove.
Também em 2017, o artista fez shows em Montevidéu, no Uruguai, e participou do Queer Lisboa 21 – Festival Internacional de Cinema Queer. O clipe Brasil, com direção de Thiago Carvalho, foi um dos destaques da mostra na capital portuguesa. Em janeiro deste ano, Madblush abriu o show da cantora Ludmilla na Parada Livre na cidade de Canoas (RS) para um público de aproximadamente 40 mil pessoas. Seu último lançamento foi o clipe dirigido por ele mesmo da música Bati Kuku. Um hit para o verão, mas também um manifesto artístico.
As músicas de CACTUS II:
4.7.8.24
Nessa faixa Madblush traz um pop com uma levada funk dizendo que na pista de dança quem faz o “tempo” é ele. Só não dança quem é “fraco”! Talvez essa seja a faixa mais pop do novo EP. E o convite é reforçado chamando todo mundo pra um vogue ao estilo Madonna.
Bitch and Rat
Nesta mistura de funk carioca com batuque e baião, Madblush traz uma crítica bem humorada ao comportamento machista ou heteronormativo que traz vários preconceitos para dentro das relações. Em versos como “Eu me maquio e você malha… Eu uso salto e você falha.” o artista traz uma perseguição de gato e rato ou melhor “Bitch and Rat”. Como em várias músicas do artista, Madblush mistura português e inglês.
Eva Angélica
Essa é, na verdade, um interlude trazendo uma crítica-deboche ao comportamento de religiões que, segundo Madblush, fazem um desserviço à sociedade atual com regras e comportamentos retrógrados cheios de preconceito e falsos moralismos. O artista mostra uma nova heroína – “mulher maravilha crente”.
Homophobic
Aqui, uma mistura de electro, trap, batuque e funk traz um manifesto sobre o comportamento homofóbico que está impregnado na nossa sociedade, nas religiões que predominam influenciando no Brasil e no mundo. Um manifesto claro e objetivo para “quebrar” esse verdadeiro mal que ainda dita muita regra por aí.
Sempre quis
Nessa mistura de electropop com reagaton, Madblush fala sobre o desencontro do amor em uma letra marcante e intensa em versos no refrão que diz: “Você não me conhece, não me vê. Não senti minha falta, não sabe que eu posso te ver… Não me conhece, não percebe… Não sente minha alma. Não sabe que eu posso te ter.”
Fonte: Léo Sant´Anna
Jornalista, assessor de imprensa, apaixonado por cinema, artes e viagens.
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