O Arte como Ciência: Raízes é um projeto especial do Arte Como Ciência que objetiva reverenciar e refletir sobre a relevância da trajetória profissional de importantes nomes da cultura gaúcha: Vera Lopes, Mestre Pernambuco, Irene Santos, Zé da Terreira e Seli Maurício.
A realização conta com a produção de um web-documentário sobre o trabalho de cada artista, cujo lançamento será acompanhado de uma mesa redonda virtual dedicada a refletir sobre o tema central da trajetória abordada. As mesas serão compostas por profissionais especialistas em cada temática central, em uma programação que acontecerá na última semana de abril e durante todo o mês de maio, sempre nas terças-feiras, às 14:30 no canal do Arte Como Ciência no Youtube e na página do Facebook.
Os web documentários que serão apresentados e debatidos são: “Vera Lopes: arteativista das lutas negras”, uma trajetória que engloba a arte negra no teatro, poesia, cinema e música; “Zé da Terreira: na cadência do tambor”, destacando seu trabalho no teatro de rua, performance política e música; “Seli Maurício: o exercício da sensibilidade”, artista plástica e bonequeira da cidade de Pelotas; “Mestre Pernambuco: quilombismo, a utopia viável”, com enfoque na promoção do carnaval de rua e sua relação filosófica e política com o quilombismo; “Irene Santos: memória fotográfica de negros de alma preta”, com ênfase na promoção do papel essencial da negritude na formação da cultura gaúcha.
O Arte como Ciência: Raízes foi criado em meio à pandemia do COVID-19, um momento em que o mundo está sofrendo o luto de perder tantas trajetórias repletas de maturidade, experiência e sabedoria. As pessoas enfocadas nesta realização possuem mais de sessenta anos. Elas fizeram parte de momentos históricos essenciais às transformações dos modos de emocionar e refletir que as realizações artísticas promovem. Elas integram o momento presente, de forma contundente, pois nada substitui a relevância de suas experiências. Essas pessoas foram, são e continuarão sendo essenciais ao desenvolvimento cultural do Rio Grande do Sul. O Arte como Ciência: Raízes é um ato político de conscientização e reverência a pessoas que constituem ancestralidades férteis, repletas de realizações passadas e possibilidades presentes e futuras.
Segundo Viviane Juguero, coordenadora pedagógica do projeto a proposta está embasada no entendimento de que “os discursos artísticos são fundamentais na configuração das estruturas sociais pois compõem as coordenações emocionais que embasam valores e desejos, e resultam nas escolhas de cada pessoa em relação às possibilidades dos contextos em que estão inseridas”. Já Daniela Israel, coordenadora técnica, pontua que este “é um projeto colaborativo, feito com muitas mãos, de diferentes lugares, envolvendo muita paixão, arte e ciência. Focamos em como um conteúdo pesado e difícil de ser entendido por vezes, possa ser leve, interessante, agregando e transformando a sociedade.”
O Arte Como Ciência: Raízes está sendo realizado com recursos da Lei nº 14.017/2020, através do Edital SEDAC nº 09/2020 – Concurso Produções Culturais. Os vídeos, mesas redondas e demais conteúdos do projeto podem ser acompanhados nos canais do Arte Como Ciência no Youtube, Facebook, Instagram e também no site do projeto.
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Arte como Ciência: Raízes
Data: nas terças-feiras, sempre às 14:30 (BRT)
27 de abril – Mestre Pernambuco: quilombismo, a utopia viável
04 de maio – Vera Lopes: arteativista das lutas negras
11 de maio – Seli Maurício: o exercício da sensibilidade
18 de maio – Zé da Terreira: na cadência do tambor
25 de maio – Irene Santos: memória fotográfica de negros de alma preta
Como assistir: As mesas redondas e web-documentários serão transmitidos em nosso canal no Youtube e em nossa página no Facebook.
Canal do Youtube: youtube.com/artecomociencia
Página do Facebook: fb.com/artecomociência
Canais de comunicação:
Site oficial: https://www.artecomociencia.
Instagram: @artecomociencia | https://www.instagram.com/
E-mail: imprensa@artecomociencia.com.
Minibios:
Waldemar Moura Lima (Pernambuco), o Professor Pernambuco, é uma importante referência da cultura popular em nosso Estado. Ele se destaca como compositor, cantor, ator e diretor de teatro. Carnavalesco, é fundador e coordenador da Rua do Perdão e da Banda DK, produzindo eventos que atraem grande público no carnaval de rua da cidade. É idealizador e diretor artístico do Grupo Temático Pedagógico Ponto Z (Z de Zumbi), criado com o objetivo de proporcionar uma releitura na história do Brasil, apresentando em diferentes palcos o espetáculo educativo “Contando a verdade, cantando a história”. É também um dos coordenadores do Movimento Quilombista Contemporâneo, dando continuidade à ideia implantada por Abdias do Nascimento, com inspiração na “República de Palmares”, de colocar negros e negras em espaço de poder, que propõe uma governança afrocentrada.
Vera Lopes é atriz gaúcha, com atuação em teatro, cinema, recital poético-musicais, com mais de 30 anos de experiência. Vive em Salvador/BA e tem como foco atuar com expressões artísticas baseadas na cultura negra. No cinema gaúcho teve sua estreia no premiado curta ‘O Dia em que Dorival encarou a Guarda’, em 1986, dirigido por Jorge Furtado e José Pedro Goulart. Participou dos longas, igualmente premiados, ‘Neto Perde sua Alma’, de Beto Souza e Tabajara Ruas/1998, e ‘Neto e o Domador de Cavalos’, de Tabajara Ruas/2005. Foi protagonista no curta ‘Antes que Chova’, direção de Daniel Marvel/2009, e participou ainda de ‘Tolerância’, de Carlos Gerbase/2000; ‘Da Colônia Africana a Cidade Negra’, de Paulo Ricardo de Moraes; ‘Brasil um Eterno Quilombo’, de Julio Ferreira/2006. No teatro, atuou nos espetáculos ‘Hamlet Sincrético’ e ‘Transegun’, do Grupo Caixa-Preta, ambos dirigidos por Jessé Oliveira, entre outros.
Seli Maurício – Artista plástica e bonequeira, nascida em Morro Redondo, vive em Pelotas há mais de cinquenta anos. Uma de suas maiores e mais reconhecidas obras é a Via Sacra da Igreja da Luz feita em 1977, na técnica entalhe em madeira. Pioneira no teatro de bonecos profissional em Pelotas. Fundadora do grupo Trio Pilha de teatro de bonecos, o primeiro a participar do Festival Internacional de Teatro de Bonecos de Canela. Em 1991, criou o espaço Praça da Paz, que conta com o trabalho paisagístico da artista na praia do Laranjal e recentemente deu luz a uma nova série de desenhos, com o tema Mulheres Guerreiras / Luzes da África. Atua entre o erudito e o popular e entre o sagrado e o profano.
José Carlos Peixoto, Zézão ou Zé da Terreira, nasceu em Rio Grande, em 1945. É cantor, ator e personalidade do meio cultural de Porto Alegre. Em 1969, estudou no Departamento de Arte Dramática da UFRGS. Foi para o Rio de Janeiro em 1970, conviveu com o grupo Tá na Rua. Participou como cantor no Festival Universitário de Música Brasileira. Em 1984, de volta a Porto Alegre, trabalhou no Ói Nóis Aqui Traveiz e no grupo teatral Oficina Perna de Pau.
A fotógrafa e historiadora Irene Santos se dedica à preservação da memória da comunidade negra em Porto Alegre. É autora dos livros “Negro em Preto e Branco: história fotográfica da população negra de Porto Alegre (Fumproarte, 2005/ Prêmio Açorianos de Literatura – categoria Especial) ” e “Colonos e Quilombolas: memória fotográfica das colônias africanas de Porto Alegre” (Fumproarte, 2010). Como fotógrafa de artistas da cidade, tornou-se conhecida no meio artístico, o que a levou à realização de várias exposições individuais de fotografia em lugares prestigiados como o MARGS, a Galeria do Theatro São Pedro e a Casa de Cultura Mario Quintana.
Sobre o projeto:
O projeto ARTE COMO CIÊNCIA apresenta entrevistas com artistas que desenvolvem um olhar reflexivo e científico sobre a relação entre seu fazer artístico e a sociedade. A intenção é dialogar sobre o papel crucial e específico que as distintas criações artísticas desempenham na permanente formação pessoal e social, em cooperação, mas não em subordinação, com outros campos do saber.
Em 2020, foram realizados quatro episódios – a apresentação do projeto, contando com profissionais de distintos países, além das entrevistas inéditas com os brasileiros Jessé Oliveira e Richard Serraria, e a estadunidense Kathy Perkins. Já em 2021, o projeto realizou, em conjunto com CBTIJ/ASSITEJ Brasil, o debate virtual “Arte para Crianças e Jovens”, com a presença de Clarissa Malheiros (México), Idris Goodwin (Estados Unidos), Jerry Adesewo (Nigéria), María Inés Falconi (Argentina), Imran Khan (Índia) e Yuck Miranda (Moçambique), e mediação de Viviane Juguero (Brasil/Noruega). Em fevereiro, foi realizada entrevista com o pesquisador cubano Luval Garcia Leyva.
Detalhamentos da proposta podem ser conferidos no site artecomociencia.com.
Equipe do Arte Como Ciência:
Idealização, coordenação pedagógica e mediação dos encontros: Viviane Juguero (University of Stavanger)
Idealização e coordenação técnica: Daniela Israel (FEEVALE)
Coordenação de tradução solidária e assuntos da infância: Cleiton Echeveste
Tradução para o espanhol: Paula Cabrera (UFSM)
Tradução para o inglês: Celso Júnior (UFRB)
Produção: Bando de Brincantes
Produção audiovisual: Bactéria Filmes
Ficha técnica do Arte como Ciência: Raízes
Idealização do projeto e coordenação pedagógica: Viviane Juguero
Coordenação técnica: Daniela Israel
Produção institucional: Éder Rosa
Direção: Daniela Israel e Viviane Juguero
Artistas em foco: Vera Lopes, Waldemar Pernambuco, Seli Maurício, Zé da Terreira, e Irene Santos
Roteiros: Viviane Juguero, Jorge Rein e Juh Balhego
Arte conceitual: Éder Rosa
Supervisão de Pós-produção: Pedro L. Marques
Edição: Filipe Barros
Finalização: Forno FX
Direção de Arte Gráfica: Ana Moura
Assistência de Produção: Litiely Tavares e Gian Coelho
Direção de produção: Freddy Paz
Comunicação e Redes Sociais: Ana Luísa Moura
Assessoria de Imprensa: Simone Lersch
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Fonte: Simone Lersch
Assessora de Comunicação
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