Observar o mar em sua plenitude. Que é esta entidade que traz dentro de si tamanha força e complexidade? Quem são os que admiram o espetáculo das águas calmas ou turbulentas? Que momento exato é esse em que o mar sincroniza nossos pensamentos e abre os caminhos?
Ir em frente, mover-se pelo espaço trazendo atrás de si a ancestralidade, a poeira leve das almas que por ali passaram em cortejos. Celebrar a história dos povos originários, a memória das deusas e entidades, as forças da natureza contidas dentro dos oceanos. Respiro, horizonte, reflexão. O mar como um gigantesco cenário, a areia nos pés.
Cortejo ao Mar, espetáculo de dança que será apresentado dias 05 de junho (em Rondinha, Capão da Canoa e Tramandaí) e 26 de junho na praia do Cassino, respeitando os protocolos de segurança vigentes em função da pandemia da COVID 19, é dirigido por Marsal Rodrigues e tem financiamento da Lei Aldir Blanc.
A montagem traz para a cena o resultado de meses de trabalho com a inspiração potente do mar e seus deuses, mistérios, profundidade e perigos, a ancestralidade dos cortejos no mar, oferendas, fé e esperança. O resultado final, ou seja, a encenação propriamente dita, é fruto do trabalho de pesquisa e ensaio individual de cada ator/bailarino que, ao longo do processo trocaram impressões, suas histórias, seus arquétipos e personagens.
Durante o andamento do projeto, foram gravadas cenas, performances dos atores em suas casas e os bastidores que formam o espetáculo. O resultado, incluindo essas gravações e as apresentações presenciais, estará no vídeo Cortejo ao Mar, nas redes do projeto.
Não é a primeira vez que Marsal propõe um trabalho nesse formato. Faz vinte anos que trabalha com experimentos em rede e à distância. Com prêmios nacionais e internacionais realizou o primeiro espetáculo ‘Lá e Cá’ em dois locais de forma simultânea formando um único trabalho.
Na sequência veio o #Tapiocatouch que estreou na Alemanha onde o grupo encontrou-se pela primeira para apresentar e que depois percorreu o Brasil em excursão. Como produtor, diretor e criador do projeto, Marsal vem desenvolvendo essas metodologias de trabalho por meio de redes e assim congregando pessoas das mais diferentes trajetórias e vertentes artísticas. ‘Cada um neste projeto é impar, tem seu histórico, e se torna de extrema importância na construção deste movimento’, afirma.
CORTEJO AO MAR
Dia 05 de junho, sábado, em Rondinha, Capão da Canoa e Tramandaí / na beira da praia
Pontos de encontro:
* Rondinha – às 10h30
saída da Rua Capivari, próximo ao Super Bolão / na beira da praia – direção norte
* Capão da Canoa – às 13h30
saída da Av. Central esquina com Av. Beira Mar / na beira da praia – direção norte
* Tramandaí – às 15h30
saída da Av. Beira Mar esquina com Rua Delmar Antonio Rodrigues, próximo ao monumento à Iemanja / na beira da praia – direção norte
Dia 26 de junho, sábado, na praia do Cassino / na beira da praia
* Cassino – às 11h
Saída da Av. Rio Grande esquina com beira Mar, próximo ao monumento à Iemanja / na beira da praia – direção norte
Ficha Técnica:
Marsal Rodrigues – Direção geral/ produção/ performer
Denise Azeredo – Performer/ bailarina
Rita Guerra – Performer/bailarina
Vera Carvalho – Performer/bailarina
João Lima – Perfomer/ ator
Raquel Coelho – Performer/ bailarina
Marilice Bastos – Performer/ bailarina
Milene Tafra – Performer/ artista visual (artista convidada)
Carlos de los Santos + Equipe – Filmagens e fotografia
Maira Coelho – Figurino
Luana Emil – Antropóloga
Bebe Baumgarten – Assessoria de imprensa
Ananda Aliardi – Identidade visual e Redes sociais
Marsal Rodrigues é artista performático, educador, produtor e diretor que busca em suas obras reunir vários aspectos da cultura local-nacional. A ideia é construir, assim, processos coletivos através da criação digital-humana que se baseiam na potência das bagagens individuais como principal fonte criativa para colagens, compartilhamentos e trocas na construção do objeto artístico.
João Lima é ator e bailarino/performer desde 1995. Mestre em Artes Cênicas e Especialista em Arte, Corpo e Educação UFRGS. Atualmente é pesquisador e educador das práticas brincantes com o corpo e a teatralidade, no espaço da educação não formal. Ministra aulas de psicomotricidade relacional de educação infantil.
Rita Guerra é bailarina, coreógrafa, diretora e professora há 30 anos. Atualmente reside em Bento Gonçalves/RS. Escolheu a dança como uma forma de estar no mundo. Inquieta, como seu nome artístico evoca, atua também como fotógrafa, na tentativa de capturar aquilo que o movimento, por sua essência, torna efêmero. Observadora, ainda que isso não seja considerado profissão, é a ocupação que norteia sua existência artística como um todo.
Raquel Vidal é bailarina e performer da cena porto-alegrense há 8 anos; pesquisadora do corpo e movimento; instrutora de dança contemporânea, pilates e pole dance; fundadora e professora da escola de dança Limbo Pole Training em Porto Alegre
Milene Tafra, artista visual, reside e trabalha em Porto Alegre/RS. Investiga e experimenta em diversas mídias, focando-se, atualmente, na pintura, performance e seus desdobramentos. Volta seu interesse para a temática do corpo e à ausência de fronteiras entre humano, não-humano e mais-que-humano, natureza e cultura, natural e artificial, sob uma perspectiva feminista ecológica, anticapitalista e decolonial. Participou de exposições coletivas em espaços de arte autônomos físicos e virtuais. Faz parte do coletivo de artes visuais La Concha.
Denise Azeredo é coreógrafa, figurinista, dançarina. Atualmente é diretora artística e coordenadora geral do Ponto de Cultura Raízes da Paz. Parecerista do CNIC. Mestranda em Processos e Manifestações Culturais/ FEEVALE-RS. É membro da Comissão de Coordenação do Programa de Pósgraduação em Processos e Manifestações Culturais e integra a diretoria da Articula Dança RS (Coordenadoria LGBTQIAP+). Tem experiência na área de Artes, com ênfase em Coreografia, danças e cultura popular brasileira, atuando principalmente nos segmentos ‘qualidade de vida na dança’ e ‘Dança Popular Brasileira. Possui graduação em Dança pela Universidade Luterana do Brasil (2010).
Marilice Bastos atua, desde 2002, como bailarina em Porto Alegre-RS, participando de grupos e também como artista independente. Ganhou diversas premiações do governo federal, estadual e municipal, em 2019 ganhou o Prêmio Açorianos de dança como melhor bailarina. Desde 2012 dirige o Espaço Cultural DCDA, um espaço destinado à prática da dança e atividades corporais para a comunidade. Dentre os projetos realizados, destaca-se a Residência Artística de Integração entre a Dança Contemporânea e a Música Brasileira, realizado na Espanha.
Vera Carvalho está envolvida com as artes cênicas desde os 17 anos, começando pelo teatro, passando pelo circo, dança, bambolê e burlesco. Também possui formação em Pilates e é praticante de Ioga.
Financiamento:
Secretaria de Estado da Cultura do RS, Secretaria Especial da Cultura e Ministério do Turismo do Governo Federal LEI ALDIR BLANC – edital 09/2020 da SEDAC RS para ser realizado com recursos da Lei n. 14.017/2020
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Fonte: Bebê Baumgarten Comunicação
Editor, gestor de conteúdo, fundador do ecult. Redator e pretenso escritor, autor do romance Três contra Todos. Produtor Cultural sempre que possível.
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