Sexta feira (08/11) às 18 horas autografam na Feira do Livro de Pelotas os autores da coletânea Dark City, Figuras e Figuraças de Pelotas. Sob a organização do historiador cronista Márcio Ezequiel, dezoito autores conhecidos da cidade, dentre os quais Manoel Magalhães, Mario Osorio Magalhães, Rubens Amador, Francisco Vidal, José Luís Marasco, João Félix Soares Neto e Zênia de Leon escreveram sobre 37 personagens populares e malditos da cidade.
O projeto
Ezequiel iniciou o projeto em 2011 trocando ideia na Feira do Livro de Pelotas com Mario Osório Magalhães, falecido em 2012. O historiador chegou a enviar-lhe alguns textos para colaborar com o volume. A fim de homenageá-lo, o organizador então escreveu uma crônica, reconhecendo-o também como uma das figuraças da cidade.
As figuras
O livro foi todo ilustrado com graffiti das ruas de Pelotas, sempre relacionando as imagens com os textos. Como se uma história oculta da cidade estivesse cifrada em suas paredes.
Na capa, imagem feita por Leonardo Brasiliense, renomado escritor, duas vezes premiado com o Jabuti, que também tem se destacado como fotógrafo.
Lançamento e autógrafos na Feira do Livro, 08/11 às 18 horas,
Dark City, Figuras e Figuraças de Pelotas
Organização Márcio Ezequiel, Livraria Mundial, 204 páginas.
As figuraças:
Se alguns personagens são mais famosos que outros, como o inventor Joquim (Joaquim Fonseca) cantado por Vitor Ramil ou o lendário Dr. Chico, outros são mais conhecidos no âmbito popular, como o Alfredinho da Bicicleta, o Tarzan Minhoca, o Bedeu e o Marcola.
Também aparecem na obra:
Belizário, Manuel Padeiro, Judite, Totada, Deus te livre, Voz de gato, Elvira Arruda, Fernando Melo, Francisco Santos, Zé Amaro, Bernardo Taveira, Mirim, Simões Lopes, Tarzan Minhoca, Antão, Muleta, Miloca, Dr. Antônio, Afonso Gallo, Patinho, Joana Sem Calça, Galego, Rodolpho Xavier, Negão Lee, Cardeal, Lobo da Costa, Dona Amélia e A-Cores.
Orelha do livro
Toda cidade tem um lado sombrio em seu passado. Tão representativos quanto os habituais bem-nascidos das classes abastadas, há uma série de indivíduos que se destacaram mais pelo que fizeram (ou deixaram de fazer) do que por suas posses ou por títulos nobiliárquicos.
Resgatar e registrar sua história significa legar às futuras gerações a memória de alguns personagens antes ofuscados pela exaltação quase exclusiva de distintos senhores.
Esse obscuro objeto narrativo compõe farto campo para estudos etnográficos e históricos. Foi aqui ensaiado por diversos cronistas e observadores da Dark City, sob a organização (ou desorganização) do escritor e historiador Márcio Ezequiel.
Cativos, libertários, mendigos, poetas, professores, loucos e excêntricos misturam-se em uma sobreposição de imagens em escala de cinza pela cidade que vive à sombra de um tempo de prosperidade e pujança.
Transitar por estas páginas é como adentrar em um labirinto repleto das melhores “más companhias”, do qual só é possível sair pela porta de entrada levando consigo diversas histórias.
Editor, gestor de conteúdo, fundador do ecult. Redator e pretenso escritor, autor do romance Três contra Todos. Produtor Cultural sempre que possível.