Em 2020 a Justa Trama – cooperativa que comercializa produtos feitos a partir de algodão orgânico – completa 15 anos de atuação
Como novidade, está lançando uma nova coleção de roupas, voltadas para conforto para usar em casa. A linha inclui calças, moletons, camisetas, lençóis, brinquedos infantis e jogos pedagógicos. Todas as peças estão disponíveis para venda em: www.justatrama.com.br.
Outra novidade é a linha Eco Corporativos, destinada a empresas socialmente justas e ambientalmente responsáveis. São camisetas, aventais, eco bags, máscaras e embalagens que podem ser personalizados com a marca de cada empresa. A Justa Trama possui serigrafia própria.
“Estamos trabalhando para aperfeiçoar todas as etapas e processos da produção e sensibilizar as pessoas para o consumo consciente, comprando produtos que preservam o planeta”, comenta Nelsa Nespolo, fundadora da Justa Trama.
Em meio à pandemia, crescimento nas vendas
Na contramão da crise econômica provocada pela pandemia, a Justa Trama viu suas vendas crescerem. De janeiro a agosto de 2020, o faturamento foi de R$ 428,9 mil reais. No mesmo período do ano passado, o valor foi de R$ 159,5 mil em vendas – um crescimento de 169%.
O resultado positivo é atribuído, principalmente, a três itens comercializados: produtos corporativos, tecidos e máscaras. “Tivemos uma venda muito boa de produtos corporativos no início do ano: sacolas para colocar calçados, que, inclusive, foram para a exportação. Também estamos tendo vendas significativas de tecidos para outras marcas que produzem peças feitas a partir de algodão orgânico, além das máscaras em função da pandemia. Fora isso, estamos investindo fortemente no trabalho de comunicação, principalmente nas mídias sociais para divulgar nosso e-commerce”.
Até agora a cooperativa já vendeu mais de 70 mil máscaras feitas a partir de algodão orgânico.
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Do algodão orgânico até a comercialização de roupas
A Justa Trama é uma cadeia produtiva que inicia no plantio do algodão agroecológico e vai até a comercialização de roupas feitas com o insumo. Reúne cerca de 600 trabalhadores em empreendimentos nas cinco regiões do Brasil (RS, MS, MG, CE e RO). Em Porto Alegre, a cooperativa é composta por 24 mulheres, que atuam no corte, costura, bordados, serigrafia, tingimento, controle de estoque. Mas a cadeira completa é formada por homens e mulheres, agricultores, coletores de sementes, fiadoras, tecedores e costureiras que trabalham nos preceitos da sustentabilidade e comércio justo. A organização é referência em economia solidária no Brasil e reconhecida internacionalmente como a rede nacional mais completa do país. Toda a atuação é pautada nas relações de produção sem exploração, primando pela equidade de gênero e social.
“Nós acreditamos que é possível fazer um outro mundo. E ele depende muito da atitude de cada um e das escolhas que se faz, no jeito de consumir alimentos e roupas, por exemplo”, defende Nelsa Nespolo.
Fazer a sua parte
A intenção da Justa Trama é convencer as pessoas de que usar uma roupa orgânica é fazer justiça social e diminuir a desigualdade. “Cada um pode fazer a sua parte para a preservação do meio ambiente. Principalmente neste ano em que o Brasil, na contramão de outros países, vem liberando diversos agrotóxicos. Nós somos o contraponto disso. Acreditamos que é possível comprar uma roupa orgânica, que tem um cuidado especial dentro de toda a cadeia produtiva. Nosso propósito é sensibilizar para o consumo consciente e dar a oportunidade para as pessoas terem acesso uma roupa saudável”, afirma Nelsa.
Algodão orgânico
A produção do algodão da Justa Trama é certificada como orgânica, sendo reconhecida pela Fundação Banco do Brasil como tecnologia social. Em 2015, recebeu o Prêmio Sandra Magalhães, do BNDES, que premiou as melhores práticas de economia solidária em nosso país. Além disso, é certificada como empreendimento solidário pelo Governo do RS e pela Senaes/TEM.
Fonte: Raphaela Donaduce Flores
Jornalista – Dona Flor Comunicação
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Editor, gestor de conteúdo, fundador do ecult. Redator e pretenso escritor, autor do romance Três contra Todos. Produtor Cultural sempre que possível.
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