Atividade é online e gratuita e acontece de 4 a 18 de abril de 2022
Apresentar o universo da música autoral voltado para mulheres musicistas, ou apreciadoras de música e filmes, é o objetivo da nova oficina do projeto de capacitação profissional Revelando o Rio Grande. A oficina Trilha Sonora Autoral para Mulheres é uma realização da Secretaria de Estado da Cultura (Sedac), por meio do Instituto Estadual de Cinema (Iecine). A atividade, que conta com o apoio da Cinemateca Paulo Amorim, Instituto Estadual de Música e Sistema Estadual de Cultura, será ministrada pela diretora musical, cantora e compositora Rita Zart. As pessoas interessadas podem se matricular gratuitamente até o dia 3 de abril pelo link na bio do Instagram @ieciners.
Os encontros ocorrem de 4 a 18 de abril de 2022 (de segunda à sexta-feira), das 9h às 12h, em formato virtual, pela plataforma Zoom.
O curso pretende abordar questões relativas a todas as decisões estéticas e de produção na confecção de trilhas musicais para obras audiovisuais, desde a pré até a pós-produção. Conceitos como: sincronização musical, trilha sonora original, main theme, versões de músicas licenciadas, música diegética e extradiegética.
“Rita Zart tem se destacado na filmografia contemporânea do RS. Com trilhas assinadas em produções de relevo internacional, como o recente “Tinta Bruta”, ela reposiciona questões de gênero, ampliando sua atuação em espaços costumeiramente ocupados por homens. Sua oficina busca oportunizar que mais mulheres atuem na criação sonora e musical dos filmes gaúchos”, destaca Zeca Brito, diretor do Instituto Estadual de Cinema.
Programa
Aula 1 – Mulheres na Música – Thea, por uma metodologia artística e feminista. Análise e discussão sobre artigo de Isabel Nogueira na revista Linda de Cultura Eletroacústica.
Aula 2 – Trilhas Sonoras por Mulheres. Quem são? Filmes e séries com compositoras, arranjadoras, supervisoras musicais e diretoras musicais e mixadoras em suas fichas técnicas.
Aula 3 – Música: conceitos básicos. Melodia, harmonia, tom, ritmo, arranjo. Ferramentas de criação / DAW ( Digital Audio Workstation).
Aula 4 – Banda Sonora: elementos que formam o som de um filme, além da música. Som Direto, Diálogos, Foley, Efeitos Sonoros, Ambientes.
Aula 5 – Etapas de desenvolvimento do som de um filme, como se relacionam com os elementos que formam a banda sonora e a participação da direção musical em cada uma delas. Prática: Formação de grupos e divisão de funções/ equipes para trabalhar na trilha sonora de conclusão da oficina.
Aula 6 – Etapa de Pré-produção: análise de roteiro (fonogramas reproduzidos em cena, sinc. labial ou com a ação envolvendo música (ex. cena de dança ou performance musical), orçamentação, questões legais de direitos de sincronização/licenciamento de obras e fonogramas, definição estética musical (instrumentação e número de inserções).
Aula 7 – Etapa de Produção: acompanhamento filmagens – gravação de música diegética ao vivo, em cena. Ensaio, quando necessário. Fazer valer ao vivo/ evitar “dublagens”/ substituição.
Aula 8 – Etapa Pós-produção:
Audição de 1º corte/ trilhas pré/referências
– diálogo com montador, teste de relevância das incidências vindas na montagem
– pré-cue sheet music, definição de incidências/ formação musical/ planejamento
Aula 9 – Etapa Pós-produção:
– planejamento
– composição
– gravação
– pré-mixagem
– mix 5.1
Aula 10 – Etapa Pós-produção:
– planejamento
– composição
– gravação
– pré-mixagem
– mix 5.1
Ministrante
Rita Zart é diretora musical, cantora e compositora. É fundadora e faz parte do Coletivo Sonoro Gogó, de Porto Alegre, desde 2006. Dirigiu trilhas sonoras de longas e curtas-metragens que estrearam nos Festivais de Berlim, Veneza e Rio de Janeiro. Entre as produções estão os filmes Castanha, Rifle, Beira-Mar, Castillo y el Armado, Vaca Profana, Glauco do Brasil, Sócrates, A Cidade dos Piratas, Raia 4, Legalidade e Tinta Bruta. Em 2019, foi uma das quinze compositoras residentes selecionadas pelo Projeto Concha / Natura Musical. Em novembro do mesmo ano, lançou o EP O Que Range, com cinco faixas compostas e produzidas por ela. Em 2020, lançou o clipe da música Linguagem,que entrou na lista dos Melhores Clipes do ano no site Hits Perdidos. Em março de 2020, fez o show de estreia de O Que Range, no Agulha (POA), com uma banda majoritariamente feminina. Durante a pandemia, participou dos Festivais Mi Sala Su Sala, e foi uma das atrações musicais da Noite dos Museus e da Festa Maratona de Dança Kamikaze. Musicou e produziu um poema de Ana Martins Marques para o livro digital Ensaios de Morar, do Projeto Concha e PUC Cultura; lançou o videoclipe da música Apatia, selecionado pelo festival Itaú Arte como Respiro e fez uma releitura de Sky Saw, de Brian Eno, para a coletânea Another Green World Revisitado. Ainda em 2020, compôs e dirigiu a trilha sonora de um longa-metragem dirigido por Alex Moratto, coproduzido pela Netflix e O2, e gravou sua parceria Vaza com Gabriela Lery, lançada no segundo álbum da cantora. Atualmente, compõe a trilha sonora de um longa-metragem coproduzido entre Brasil e Argentina, dirigido por Mara Pescio. Planeja seu próximo single e é a produtora musical do novo álbum da artista Viridiana, contemplado pelo edital Natura Musical 2021.
Revelando o Rio Grande
O projeto Revelando o Rio Grande é uma realização da Sedac, por intermédio de convênio com o Ministério do Turismo, através da Secretaria Especial da Cultura do Governo Federal.
Jornalista, assessor de imprensa e fotógrafo mais-ou-menos-amador. Entusiasta das pautas culturais – sempre aprendendo coisas novas (por aí).
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