Na noite da quinta-feira, 21 de julho de 2016, Humberto Gessinger atualiza a extensa listagem de suas apresentações em solo pelotense, desta feita divulgando a turnê “Louco Pra Ficar Legal”, iniciada recentemente com datas em cidades de todo o Brasil.
Acompanhado por Fernando Peters nas cordas e Rafael Bisogno nas baquetas, o Alemão toma conta de todo o resto: o tradicional baixo, guitarras, teclas, gaitas de boca e de fole, pedais, verbo e coração. Como não há álbum novo, o repertório passeia por toda a obra – sucessos comerciais e lados B, com muita reinvenção. Antes de mais uma noite de muita entrega aos fãs “de fé”, Humberto disse algumas palavras com exclusividade ao e-cult.
Gessinger toca em Pelotas quase todo ano, e seus retornos mais recentes – março de 2015 e outubro de 2013 – tiveram por palco o Theatro Guarany, locação emblemática nas memórias do artista: “Tenho carinho especial, apesar de, nos primeiros anos os shows terem sido sempre em outros locais, ele traduz Pelotas na minha mente. São raros os palcos que permanecem tanto tempo, temos que reverenciá-los”, pondera.
Gessinger garante que o show é bem diferente dos anteriores, que divulgavam, respectivamente, os lançamentos de Insular (2013) e Insular Ao Vivo (2014) : “Os formatos instrumentais permanecem: um trio onde toco baixo, guitarra, harmônica, teclados e, num set acústico, acordeon. O cenário é novo, assim como o repertórtio. A tour Insular era fortemente baseada no disco de mesmo nome.
Na Louco Pra ficar Legal, tô mais livre para passear pelas várias fases da minha carreira. Além das músicas que estão no compacto que lancei recentemente (Pra Ficar Legal e Faz Parte) rolam lembranças dos 30 anos do disco Longe Demais das Capitais e dos 20 anos do Gessinger Trio”. Os álbuns citados pelo músico são marcos de fases específicas: o primeiro é o debut fonográfico dos Engenheiros, em conseqüência da apresentação na UFRGS. O segundo é um dos muitos recomeços, com o rock vigoroso e básico de uma formação que incluía músicos que hoje acompanham Armandinho, e tocam projetos autorais. É um disco dos EngHaw sem o nome da banda, e ainda sem assumir-se como artista solo. Além disso, através dos variados contextos que já protagonizou na trajetória musical, Humberto aprendeu a se recriar constantemente. Como diz a letra de Recarga: “Recarregar – reiniciar – reinventar – reabastecer”.
Experimentando diferentes formações de banda, ele se consolidou como multi-instrumentista e passou a recriar suas composições, a exemplo das versões para discos acústicos. Essa veia também aparece no show atual e torna uma experiência única o reencontro com os clássicos de sempre: “Recentemente fizemos um programa de rádio ao vivo em estúdio onde os fãs pediam músicas. Por conta desses pedidos, rearranjei a canção Muros e Grades, substituindo o riff original pelo de Exército de Um Homem Só. Conectar diferentes canções empre foi uma característica do meu trabalho. Essa novidade está no roteiro”, anuncia Humberto, que a propósito, no compacto recém-lançado, recriou duas canções antigas: uma do álbum Minuano (1997) e outra de Surfando Karmas & DNA (2002).
Humberto Gessinger – Show da turnê “Louco Para Ficar Legal”
Quinta feira, dia 21 de julho de 2016, às 21 horas
Theatro Guarany – Rua Lobo da Costa, 849 – Centro Histórico – Pelotas/RS
Ingressos:
Venda online: ticketmais.com.br
Ponto de Venda:
Fast Burger – Rua XV de Novembro, 557
Jornalista. Interesses: música, quadrinhos, cinema, filosofia, tecnologia e seus respectivos subprodutos
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