Fotografias que retratam detalhes das obras de arte que compõem túmulos e mausoléus de cemitérios.
Pode parecer um tanto quanto mórbido, mas a estudante de jornalismo Helena Schwonke, garante que se trata de uma arte de muito bom gosto e cheia de detalhes que fazem o observador viajar no tempo, na história da cidade, e na história das famílias.
A proposta de Helena é desmistificar a morte e o preconceito que se tem em relação a cemitério e principalmente valorizar a cultura e o patrimônio. “O cemitério conserva acervos artísticos e históricos provenientes de épocas em que Pelotas era uma cidade muito diferente da que conhecemos hoje e infelizmente está sendo esquecida e destruída gradativamente”, lamenta.
Ela conta que desde pequena se interessou pelas esculturas, principalmente os grandes anjos. “As pessoas têm muito preconceito, acham gostar de cemitério é coisa de louco. Há muito tempo eu visito e me interesso pela arte tumular. Só depois de ler estudar sobre o assunto percebi que o preconceito é só falta de informação”, explica.
Em países da Europa, por exemplo, os cemitérios são considerados pontos turísticos tanto pela beleza arquitetônica como por abrigarem túmulos de pessoas importantes. “Aqui em Pelotas temos os dois, beleza e túmulos de pelotenses ilustres, como o poeta Lobo da Costa, a cantora Zola Amaro e o artista Antônio Caringi e pouca gente sabe disso” afirma. “São verdadeiros museus a céu aberto”.
Apaixonada por Pelotas, Helena diz que a intenção dela é divulgar as belezas da cidade pouco exploradas. “Pelotas tem coisas lindas espalhadas por todos os cantos, do centro ao laranjal. Minha ideia aqui é mostrar uma parte que não é valorizada como deveria”, explica “A fotografia foi a forma que encontrei de divulgar essa arte esquecida. Com o meu olhar eu registro, amplio e multiplico. A intenção é que as pessoas se interessem e passem a cultivar, valorizar e preservar este patrimônio”.
BIOGRAFIA
Helena Santos Schwonke
Pelotense, 23 anos, estudante de jornalismo.
Desde pequena se interessou por fotografia. Com dez anos ganhou de aniversário sua primeira máquina fotográfica, passou a registrar tudo ao seu redor e nunca mais parou.
Mesmo antes de entrar na faculdade de jornalismo (UCPel), fez cursos de fotografia onde aprendeu além técnica, o processo de ampliação em laboratório.
Na faculdade, participou do projeto fotográfico Ilha dos Marinheiros, além dos jornais comunitários Folha da Princesa e O Pescador.
Esta mostra intitulada “Imortal”, é a terceira exposição fotográfica de Helena com foco neste tema, uma forma de multiplicar para o maior e mais diversificado público este importante assunto.
A exposição pode ser visitada até o dia 24 de novembro, no bar e Champanharia João Gilberto (G. Chaves, 430), de terça a sábado, a partir das 16h.
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Editor, gestor de conteúdo, fundador do ecult. Redator e pretenso escritor, autor do romance Três contra Todos. Produtor Cultural sempre que possível.