Sobre a Marca Diabo
Por: Márcio Ezequiel Escritor e historiador, www.marcioezequiel.com.br
Reunindo algumas crônicas publicadas aqui nesta coluna, lancei novo livro, Leia antes de jogar fora, esta semana em Porto Alegre. Calma, leitor amigo. Na próxima sexta-feira (21) será a vez de Pelotas, o que logo divulgarei.
O mercado editorial é uma seita. Sem um pacto com o demônio do capitalismo, nada feito. É mandinga. Só pode ser. Ou o escritor faz o tipo showman literário, o Joker, o palhaço, o Coringa ou dificilmente terá seu trabalho aceito por uma grande editora do circuito comercial. Como não existe lanche feliz de graça, nas pequenas e médias casas de impressão, pagando bem até rola, mas tem que entrar na fila de edição. Ansioso que sou e provocado pela velocidade de nossos tempos, optei pela produção independente, criando selo próprio. Coleção Marca Diabo, pela Evangraf, editora da capital.
Por que Marca Diabo? A história é conhecida. Não custa nada relembrar. Uma das empreitadas de Simões Lopes Neto como empresário deu-se no ramo tabagista. Deu-se, aliás, muito mal. Considerado por muitos o maior regionalista do Sul do Brasil, o contista pelotense não tinha no tino comercial seu maior potencial. Contudo, em 1901, portanto há um século, registrava sua fábrica de cigarros como Diavolus.
Anunciando na imprensa local com detalhado informe, garantia ao consumidor qualidade e disponibilidade de fornecimento em quaisquer quantidades ao comércio. A redação impecável sugere lavra do próprio escritor. No logotipo das embalagens, a figura do capeta, a passos largos, carregando um cartaz com a seguinte inscrição “Fumos e Cigarros” e abaixo trazia “Marca Diavolus Registrada”. Diz que a campanha logo assumiu o slogan: “Peça sempre a Marca Diabo”.
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Editor, gestor de conteúdo, fundador do ecult. Redator e pretenso escritor, autor do romance Três contra Todos. Produtor Cultural sempre que possível.
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