A escolha do grupo para montar a cena no trabalho final da disciplina de Encenação foi praticamente unânime ao escolher Adolphe Appia (1862-1928) como encenador.
Teórico suíço, basicamente valorizava muito o ator, concebia a encenação em função do ator; elimina da cena todo o espaço livre para substituí-lo por escadarias, cubos, planos inclinados; atribui grande importância ao jogo de luzes e procura incluir na atmosfera do espetáculo, o espectador. Suas idéias sobre o teatro total contribuíram para que, cada vez mais, as suas encenações se aproximassem de um teatro de ilusão onde a atmosfera criada também falava só por si. A unidade plástica há de se harmonizar com todos os elementos do cenário: atores, objetos, decoração, etc.
Também chamou-nos atenção o fato de termos de trabalhar com luzes e sombras, fórmulas abstrusas e enigmáticas e logo, com a definição do autor Nelson Rodrigues, unificar este universo Rodriguiano de erotismo realista ao simbolismo de Appia.
Situações provocadas pela moral ou a falta dela, crimes passionais, calúnia e difamação, preconceitos, infâmia atrelada ao oportunismo, todo esse realismo colocado no palco em forma de simbologia vai-nos proporcionar uma experiência única e muito valiosa.
O grupo produziu e dirigiu o espetáculo no primeiro semestre de 2010 e desde então já apresentou por três vezes a cena.
O Beijo no Asfalto, Autor: Nelson Rodrigues, Esquete teatral Grupo Teatro UFPel.
Elenco: Celio dos Santos Soares Junior, Gessi de Almeda Konzgen, Lúcia Elaine Carvalho Berndt, Valéria Fabres
Direção: O Grupo
Local da apresentação: Bistrô da SECULT
Data: 26.10.2011
Horário: 18h30
Entrada Gratuita
Editor, gestor de conteúdo, fundador do ecult. Redator e pretenso escritor, autor do romance Três contra Todos. Produtor Cultural sempre que possível.
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