Os 21 Dias de Ativismo Contra o Racismo começaram nesta quinta (5), em Pelotas


Começou nesta quinta-feira (5), em Pelotas, a atividade chamada de Os 21 Dias de Ativismo Contra o Racismo em Pelotas. O projeto se constitui como uma jornada de atividades e ações propostas pelo movimento negro de Pelotas, organizado em diversos coletivos, sindicatos e associações.

Conforme a organização do trabalho, que tem a participação da UFPel, possui como ponto de partida a Marcha da Consciência Negra Mestra Sirley Amaro, realizada em 2019, na perspectiva de dar continuidade e unidade política à luta antirracista em Pelotas, pautando 20 de Novembro o ano todo.

“O conjunto de atividades que constitui os 21 Dias de Ativismo foi construído a parir da análise crítica de que se vive em uma sociedade cujas relações sociais, interpessoais, institucionais são estruturadas pela hierarquização de classe, de gênero e de raça. Ou seja, uma sociedade ocidentalizada cujo modelo capitalista é edificado e atualizado pela manutenção e atualização dessas hierarquias. Portanto, o racismo, o sexismo e o classismo são estruturantes das desigualdades sociais e étnico-raciais que estruturam as nossas relações, as nossas instituições”, diz a professora do curso de Psicologia da UFPel Miriam Alves.

Agenda de Atividades:

05/03 – Mercado Público (18h – 22h)
A luta política das mulheres negras: trajetória e perspectivas

07/03 – Chafariz do Calçadão (10h30)
7M e 8M | Março de luta das Mulheres de Pelotas

07/03 – Restaurante Popular (14h) Mulher, seja seu Próprio Padrão!
(Atividades e roda de conversa sobre estética e beleza Negra)

09/03 – IFSul (16h)
Não ao silêncio, não às práticas de violência contra a mulher

09/03 – IFSul (17h30)
Palestra com Diná Lessa Bandeira e Vereadora Fernanda Pinto Miranda

09/03 – IFSul (19h)
Violência contra a Mulher

10/03 – IFSul (19h)
Privilégios e Diferenças

11/03 – IFSul (16h)
O sagrado Feminino

11/03 – Campus II UFPEL (18h30 – 21h30)
Violências Silenciadas contra as Mulheres: na ciência, na política, no cotidiano

11/03 – IFSul (19h)
Feminismos na Academia

12/03 – IFSul (16h)
Gestão do estresse e emoções

12/03 – IFSul (19h)
Saúde da Mulher

14/03 – Chafariz do calçadão (09h30 – 13h00)
Somos todos Sementes de Marielle: Manifestação por justiça 2 anos do assassinato de Marielle Franco

14/03 – Q Sabor – Tiradentes 25 (15h – 21h)
Boteco das Minas: Marielle Vive!

17/03 – Espaço de convivência ao lado da Biblioteca das Ciências Sociais /UFPEL (14h – 18h)
Acolhimento de Estudantes Negras e Negros, Indígenas e Quilombolas

17/03 – Em frente ao Instituto de Ciências Humanas UFPEL (18h30)
Racismo e Xenofobia: Experiências de estudantes africanos no Brasil

18/03 – Largo do Mercado Público: Manifestação de Rua (09h – 22h)
Dia Nacional de Luta em Defesa da Educação

20/03 – Núcleo de Estudos e Pesquisas É’LÉÉKO, FAMED/UFPEL (17h – 19h)
Roda de conversa “Escutando minha Branquitude”

23/03 – Auditório da Escola Técnica Estadual João XXIII (19h – 22h)
Delegacia de Crimes Étnico-Raciais, Intolerância Religiosa, Racismo Institucional, Racismo Religioso

25/03 – Auditório da Faculdade de Medicina da UFPEL (19h – 22h)
Escuta e clínica no Contemporâneo: abrindo fissuras nas paredes do racismo

25/03 – Comissão Especial da Igualdade Racial (CEIR), Sede OAB/Pelotas (19h – 21h)
Corpos Negros Importam e Resistem

26/03 – Auditório Térreo do Campus II UFPEL (14h – 17h30)
Bate Papo com Hamilton Borges sobre o Movimento Reaja

27/03 – Auditório Térreo do Campus II UFPEL (19h – 22h)
Estratégias de enfrentamento ao Racismo na atual conjuntura e lançamento da Cartilha de Combate ao Racismo do ANDES-SN

Acompanhe a programação completa pelo link: facebook.com/events/186326142623374/

Sobre a Data
O dia 21 de março ficou marcado como o Dia Internacional Contra a Discriminação Racial a partir de 1960, quando na África do Sul, durante o regime do Apartheid, milhares de manifestantes em caminhada pacífica foram atacados pela polícia. O massacre resultou em 69 mortos e mais de 180 feridos. O mesmo ocorreu em Langa, na periferia da Cidade do Cabo, onde houve mais 3 mortos e 26 feridos. Como uma maneira de lembrar esse dia e refletir sobre a luta antirracista, é que essa data foi instituída.
Fonte: Coordenação de Comunicação Social
Universidade Federal de Pelotas

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