Oficina de Tambores Gaúchos em Pelotas


Foto: Laureano Bittencourt

Atividade realizada pelo Arte Sesc acontece dia 29 de março e será ministrada pelo grupo Alabê Oni.

O Arte Sesc – Cultura por toda parte promove em Pelotas, dia 29 de março, a Oficina de Tambores Gaúchos, ministrada pelo Grupo Alabê Oni. A atividade objetiva apresentar aos participantes os tambores gaúchos, sobretudo tambor de sopapo, através da exploração das várias possibilidades de sons, afinações e técnicas de execução, passando por exercícios musicais que auxiliem a execução de ritmos afrodescendentes. Ministrada por Richard Serraria, Mimmo Ferreira, Pingo Borel e Kako Xavier, a oficina acontecerá das 10h às 12h e das 14h às 18h, na Bibliotheca Pública Pelotense (Praça Coronel Pedro Osório, 103). As vagas são gratuitas e limitadas, e as inscrições já podem ser realizadas no Sesc (Rua Gonçalves Chaves, 914).

Foto: Laureano Bittencourt

O Grupo Alabê Ôni é um grupo percussivo, de raiz africano no sangue, na cultura e na espiritualidade, que se reuniu pra agregar as manifestações dos tambores que tocam historicamente no Rio Grande do Sul. Para formação do grupo, os quatro músicos, em conjunto com a curadoria nacional do Sonora Brasil, dedicaram-se à recuperação da história do tambor de sopapo — o Grande Tambor. O repertório é composto por maçambiques, quicumbis, alujás e candombes, manifestações da cultura negra gaúcha ligadas à tradição religiosa e profana. A partir deste trabalho, os gaúchos lançaram um DVD, assim como um diário de bordo sobre suas percepções da cultura brasileira nestas andanças pelo Brasil.

Além da Oficina de Tambores Gaúchos, ocorrerá a exibição do filme “O Grande Tambor”, também no dia 8 de março, às 20h. O filme narra a trajetória do Tambor de Sopapo, que carrega a história da diáspora africana no Rio Grande do Sul. Sua matriz vem pelas mãos e mentes dos africanos escravizados para a região das charqueadas, ao extremo Sul do Brasil. É considerado sagrado, retumbando o som por séculos de um purificar religioso para os rituais de matança – realidade presente nas propriedades que produziam o charque entre os séculos XVIII e XIX. A partir da década de 1940, inicia seu caminho no carnaval, quando surgiram as primeiras escolas de samba no estado. O Grande Tambor conta uma parte da história sobre a contribuição dos afrodescendentes na formação simbólica e cultural do povo do Rio Grande do Sul. Sobreviveu pelas mãos de Mestre Baptista, Griô, que preservou a memória e a arte da fabricação de um instrumento de som grave e marcante e que hoje é patrimônio cultural brasileiro.

Mais informações poderão ser obtidas no Sesc Pelotas pelo telefone (53)3225.6093.

SERVIÇO:
Oficina de Tambores Gaúchos
Data: 29 de março
Horário: A partir das 10h
Local: Bibliotheca Pública Pelotense (Praça Coronel Pedro Osório, 103)
* Inscrições gratuitas no Sesc Pelotas

Sobre o Arte Sesc – Cultura por toda parte – Criado em 2007, o programa reúne todas as atividades culturais desenvolvidas pelo Sesc no Rio Grande do Sul, entre teatro, música, artes plásticas, literatura e cinema. Além de promover uma intensa troca de experiências e ampliar o acesso à produção artística, o Arte Sesc busca ser reconhecido como promotor de ações culturais no Estado, sendo elas não só apresentações artísticas, mas também de caráter formativo e educacional, orientadas por três eixos: transversalidade, diversidade e acessibilidade.

Fonte: Enfato Multicomunicação