Pelotas recebe Flor, obra de Thais Petzhold que reúne dança e música


A bailarina Thais Petzhold e o músico Celau Moreyra contam com a participação de artistas locais

“Flor” é uma obra de grande delicadeza, realizada em tempo expandido (mais lento), com música instrumental de extrema qualidade, habitando locais urbanos com grande movimento de pedestres. Esta performance coreografada pela bailarina e coreógrafa Thaís Petzhold e musicada pelo violoncelista Celau Moreyra, poderá ser conferida dia 13  na Praça Coronel Pedro Osório, e, no dia 14, na Rua 7 de Setembro esquina com Rua 15 de Novembro, em Pelotas. “É a delicadeza da vida que brota a todo instante, sob nossos pés apressados, nosso olhar limitado, nossa mente congestionada. Um sutil chamado para a simplicidade das coisas essenciais que mantém o ciclo da vida (nascimento/morte) e que não percebemos com constância”, explica Thaís Petzhold, idealizadora do projeto.

Apresentado em algumas cidades do País durante o ano de 2012, a obra coreográfica tem como proposta levar os artistas Thaís e Celau, que compõem a “célula fixa”, para dialogarem com diferentes artistas, culturas e paisagens urbanas do Brasil. Para isso, artistas locais (residentes de cada estado escolhido) foram convidados para integrar a coreografia e música já existentes, criando um novo diálogo estético em cada cidade. A primeira apresentação aconteceu em junho, na Esquina Democrática, em Porto Alegre, contando com as presenças da atriz Gisele Cechinni (RS) e do músico violonista Maurício marques (RS). Em julho o projeto percorreu espaços de Belo Horizonte e Ouro Preto com o ator/bailarino Sérgio Pena (MG) e Marcelo Kraiser (MG) produzindo paisagens sonoras.

Rio de Janeiro e Niterói foram cidades escolhidas para receber “Flor”. As atrizes/bailarinas Joana Ribeiro (RJ) e Patrícia Novoa (Peru/Paris), o bailarino Marito Olsson-Forsberg (Suécia/Rio de Janeiro) e o músico violonista Tiago Trajano (RJ) foram os convidados que integraram essa edição do projeto. Em 29 e 30 de novembro e 1 e 2 de dezembro, Recife e Olinda foram agraciadas com a obra coreográfica, que contou com a presença do bailarino/músico/ator Helder Vasconcelos (PE) e do músico percursionista/sanfoneiro Johann Brehmer (SP/PE).

Encerrando a circulação do projeto, a cidade de Pelotas recebe “Flor”, durante dois dias 13 e 14 de dezembro, novamente com a participação dos artistas Gisele Cecchini e Maurício Marques. Em Porto Alegre, no dia 18 de dezembro, acontece a última apresentação do projeto patrocinado pelo Prêmio Pro Cultura de Estímulo ao Circo, Dança e Teatro.

Sobre Flor
O conjunto da convivência urbana é um mosaico em constante metamorfose, um caleidoscópio em movimento. Quando a arte se insere neste ambiente compõe as imagens que nele florescem tornando-se parte interdependente e necessária à composição do mesmo. Assim, após uma interferência artística, as pessoas que presenciam o acontecimento (artistas e público) guardam em sua memória percepções e sensações deixando-se habitar pela experiência, que passa a ser então referência e conhecimento.

A obra “Flor” assume o processo como parte do produto. Além de dialogar poeticamente com o cotidiano urbano, se abre para ser transformada não só por cada local escolhido, mas também pela integração de artistas locais de cada estado onde são realizadas as performances. Durante as performances são distribuídos cartões postais com ficha técnica e endereço do blog para informar, disseminar e conectar o público ao acontecimento.

Sobre Thais Petzhold
Há anos realizando trabalhos cênicos na rua ou em locais públicos, Thaís Petzhold defende que a arte deve também estar inserida no cotidiano das cidades, sendo este cotidiano, inclusive, indispensável na transformação e desenvolvimento da mesma. Para ela, quebrar a rotina das pessoas com intervenções poéticas é oferecer a chance de um momento de reflexão, conhecimento e inspiração. “É estabelecer um diálogo entre a arte e o meio ambiente e deixar que a obra seja a resultante deste diálogo. É a arte estar aberta a interferências para poder interferir. É desenvolver a capacidade de percepção do momento presente e atuar com ele, compreendendo cada situação como uma composição única. É oferecer ao público esta compreensão e compartilhar a autoria da obra já que constrói junto o momento presente, estabelecendo assim uma relação de cumplicidade entre artista e público, ambiente e arte, dividindo a responsabilidade do acontecimento com todos os fatores que o circundam”, pondera.

Serviço:
Flor- de Thais Petzhold e Celau Moreyra, com participação de Gisele Cecchini e Maurício Marques

Dia 13, às 18h30min, na Praça Coronel Pedro Osório, Centro – Pelotas
Dia 14, às 12h, Rua 07 de Setembro esquina com Rua 15 de Novembro, Centro – Pelotas
Dia 19, às 18h, na Praça da Alfândega, Centro – Porto Alegre
Informações: http://projetoflor.wordpress.com/

Fonte: bebê Baumgarten e milenka salinas/bddivulgação