Pelotas recebe o show “A arte de viver” com Toquinho e Camilla Faustino. Dia 30 de junho de 2022, quinta-feira, às 21h no Theatro Guarany.
Por esse motivo especial, conforme mencionado, destacamos 10 dos seus muitos sucessos e algumas curiosidades, deste que é um dos mais importantes nomes da MPB. Com 55 anos de uma muito bem sucedida carreira, visto que faz sucesso em vários países do mundo, Toquinho traz seu novo show a Pelotas. No momento em ele estará ao lado da cantora goiana Camilla Faustino, que vem se destacando no cenário da música brasileira.
Cantor, compositor e violonista brasileiro. Toquinho formou uma sólida parceria que durou onze anos com Vinicius de Moraes. Foram 120 canções, bem como 25 discos e mais de mil espetáculos. Apesar da morte do amigo e parceiro, seguiu carreira solo. E permanece até hoje como um dos mais expressivos artistas da música popular brasileira.
Enquanto lê o restante da matéria, aperte o play e escute trechos destes grandes sucessos.
Desde que gravou sua primeira canção em 1965, Lua Cheia, parceria com Chico Buarque, o artista já lançou mais de 80 trabalhos, entre CDs e DVDs. Um deles, de grande sucesso, Toquinho e suas Canções Preferidas, de 1996, com parcerias famosas, ganha relançamento pela Biscoito Fino, agora em dois CDs independentes, cada um com 15 músicas, e com novo título: Toquinho, Seu Violão e Suas Canções 1 e 2. O compositor, cantor e violonista, dirigiu e produziu o projeto com 30 de seus maiores sucessos gravados como foram concebidos, como resultado, apenas voz e violão.
10 grandes sucessos
1) Aquarela: conhecida como a música de maior sucesso na carreira de Toquinho, certamente a canção faz parte da memória afetiva de muitas pessoas ao redor do mundo.
2) Que Maravilha: fruto de uma parceria com Jorge Ben Jor e primeiro grande sucesso de Toquinho. Canção vencedora do concurso Feira da Música Popular Brasileira, promovido pela Rádio Tupi em 1969.
3) Tarde Em Itapuã: canção que convenceu Vinícius de Moraes do talento de Toquinho. Sobre esse grande clássico da MPB, Toquinho conta que pegou a letra escrita pelo poeta, que pretendia oferecê-la a Dorival Caymmi, e a musicou por conta própria.
4) A Tonga da Mironga do Kabuletê: também composta em parceria com Vinicius de Moraes, a canção foi uma forma criativa de protestar e afrontar os militares sem que eles percebessem. Trata-se assim de uma expressão ofensiva no idioma iorubá-nagô.
5) O Caderno: canção que trata da importância deste objeto tão presente na vida tanto de crianças, igualmente quanto de adultos. O Caderno faz parte do disco infantil Casa de Brinquedos, de 1983.
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6) A Casa: escrita por Vinícius de Moraes e conta-se que foi inspirada pela Casapueblo, construída pelo artista Carlos Vilaró no Uruguai. O poema foi musicalizado por Toquinho e aparece no álbum A Arca de Noé.
7) Onde Anda Você: preciosidade da bossa nova, a música foi lançada no álbum Vinícius & Toquinho, de 1974. Mais uma canção surgida da parceria com Vinícius de Moraes.
8) Lindo e Triste Brasil: gravada em dueto com Fagner e lançada no álbum À Sombra de Um Jatobá, de 1989. A canção exalta todas as qualidades do povo brasileiro e as belezas naturais do país, ao mesmo tempo em que lamenta o fato do país ser tão maltratado.
9) Carta Ao Tom 74: de letra melancólica e saudosista, de quem sente falta dos tempos áureos da bossa nova. A canção é dedicada a Tom Jobim.
10) Samba Pra Vinicius: parceria com Chico Buarque, gravada em 1974. Dessa maneira, natural que Toquinho gravasse uma música em homenagem a Vinícius de Moraes, após tantos anos de amizade e parceria.
Curiosidades
Jorge Ben Jor
A música Que Maravilha, de Jorge Ben Jor e Toquinho, tornou-se o primeiro sucesso de Toquinho, conforme relata o próprio artista:
“Gravamos – Que maravilha – e foi realmente a primeira música minha que fez um grande sucesso. Entrou nas paradas, foi muito tocada no rádio, as pessoas cantavam na rua. Do outro lado do disco tinha Carolina, Carol bela, uma canção também feita por nós. O Jorge Benjor é uma pessoa muito especial, meu amigo até hoje. Tem uma marcante força intuitiva, rítmica e poética”
Vinicius de Moraes
Vinícius ficou admirado com o violão de Toquinho e o convidou para acompanhá-lo numa temporada na Argentina. Foi o começo de uma grande parceria e amizade. Em seguida, no dia 5 de abril de 1979, depois de dez anos de parceria, Toquinho e Vinicius estrearam um show comemorativo, que ficou um mês no TUCA. Em seguida, o show percorreu todo o Brasil.
Tarde em Itapoã
A canção que provou definitivamente para Vinicius a capacidade de Toquinho de musicar suas letras. Em resumo o artista explica:
“Tínhamos feito quase três músicas quando Vinicius fez a letra de “Tarde em Itapoã”, e ia dar para o Caymmi musicar, porque não tinha ainda confiança em mim. Isso eu imagino, ele nunca me falou. Mas eu queria de todo jeito musicar aquela letra”.
“Eu via Vinicius escrevendo aqueles versos há dias. Para conseguir meu intento, sem falar com Vinicius, peguei a folha da máquina de escrever e vim para São Paulo resolver uns negócios. Voltei para Bahia depois de três dias, com o poema e a música pronta”.
“Vinicius ficou ouvindo um tempão a música, e não falava nada. Ficava ouvindo no gravador, quieto, fumando, meio indeciso, tentando não se convencer. E o pessoal já começava a cantar na casa. Aí, ele me chamou e me disse que não ia dar mais para o Caymmi. Foi nessa que ganhei o poeta!”.
Aquarela
Lançada em 1983, a canção é uma das mais marcantes na carreira do compositor. Trata-se de uma música que virou tema de publicidade, tarefa escolar, bem como conquistou um lugar cativo nos karaokês. Em outras palavras, certamente faz parte do repertório da galera, uma vez que toca até hoje nos bares e bailes da vida.
Após várias apresentações na Itália, só para ilustrar, enquanto Toquinho já era um nome de destaque naquele país. Em parceria com o músico italiano Maurizio Fabrizio, por consequência, rendeu material para quatro discos entre o período de 1983 e 1994. Além disso, originalmente com letra em italiano, Toquinho gravou Aquarela também em português.
Editor, gestor de conteúdo, fundador do ecult. Redator e pretenso escritor, autor do romance Três contra Todos. Produtor Cultural sempre que possível.
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