Lançamento do livro Liberdade é neste sábado, 14, no Cassino

Liberdade, o primeiro título de dramaturgia no catálogo da Concha Editora e a primeira publicação em grupo do Coletivo As DramaturgAs, tem lançamento no sábado, 14, às 20h, na Livraria Hippocampus (Rua Jovem Airton Porto Alegre, 387), no Cassino. Quatro das 15 autoras estarão presentes: Elisa Lucas, Patsy Cecato, Stella Bento e Patrícia Silveira, idealizadora e organizadora da obra.

Contribuição à cena teatral brasileira, o título mais recente da Concha Editora é um conjunto plural, diverso e ousado de textos criados para serem encenados. Foi escrito durante a pandemia e expressa perspectivas criativas singulares, na forma e no conteúdo, sobre o que significa para as artistas o tema que dá nome ao livro.

Sobre o livro Liberdade, por Fernanda Vieira Fernandes

“Mulheres podem parir qualquer coisa!”. Foi com esta chamada que, em 2017, o Coletivo As DramaturgAs anunciou a sua primeira Mesa de dramaturgia de autoria feminina em Porto Alegre. Um encontro histórico, que deu visibilidade a dramaturgas do Rio Grande do Sul, especialmente da capital gaúcha, bem como a suas trajetórias e produções.

O evento mostrou a potência do coletivo, em uma reunião de treze mulheres com escritas diversas, aproximadas pela dramaturgia. Dali, entre outros frutos, se colheu uma primeira publicação, de livros individuais.

Esta segunda publicação celebra mais uma vez o encontro. Agora em um volume único, composto por quinze textos teatrais (sim, mais duas mulheres se somaram ao grupo!) criados a partir de um mesmo tema provocador: LIBERDADE. Sonhada, cuidada, idealizada e organizada por Patrícia Silveira, a obra explora diferentes abordagens dramatúrgicas para a ideia de liberdade.

O que é liberdade? Como cada uma dessas mulheres dramaturgas entende a liberdade e a transpõe para sua criação? Percorrer as páginas desta coletânea revela universos de afeto, solidão, desejos, memórias, dores, resistência, fantasias, lacunas, sufocamentos, esperanças… Vozes femininas que mostram seus olhares sobre liberdade(s). A começar pela liberdade na escrita, já que os textos têm formatos e estruturas distintas, cada um com sua poética.

Em uma época de restrições, quando foi necessário privar-se da liberdade de ir e vir, tocar nesse tema é fundamental. No Brasil, 1 em cada 4 mulheres acima de 16 anos afirma ter sofrido algum tipo de violência ou agressão durante a pandemia de COVID-19, sendo a maior parte delas na sua própria casa. Cerca de 50% dessas mulheres apontou que a pandemia agravou de algum modo a violência sofrida. Ou seja, nós ainda não somos (e estamos longe de ser) plenamente livres!

O Coletivo As DramaturgAs, com essa publicação e com sua articulação, inspira outras mulheres. Inspira aquelas que ainda não escrevem textos teatrais a se aventurarem nas palavras. Inspira aquelas que já escrevem a se afirmarem dramaturgas, valorizando a sua escrita. Precisamos tomar espaços e preencher as páginas com nomes de mulheres, o que por muito tempo nos negaram.

É por isso que faço questão de nomear aqui cada uma das autoras do livro: Carina Corá, Dedé Ribeiro, Dedy Ricardo, Elisa Lucas, Fernanda Moreno, Jéssica Barbosa, Jéssica Lusia, Lourdes Kauffmann, Natasha Centenaro, Patrícia Silveira, Patsy Cecato, Silvana Rodrigues, Stella Bento, Virgínia Schabbach e Viviane Juguero.

Vida longa às mulheres artistas dramaturgas!

Vida longa aos encontros delAs e dAs que virão depois!

Liberdade

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