O I Festival Sofá na Rua – Fronteiras Artísticas é um festival itinerante que já percorreu as fronteiras de Jaguarão e do Chuí.
No dia 8/12, no Quadrado, o festival adentra o território de Pelotas, sua cidade matriz, para celebrar a fusão entre os saberes e fazeres dos territórios que encampam a iniciativa.
No dia 15/12, festival encerra seu compromisso em Bagé que irá receber o Sofá na Rua já no formato festival.
A curadoria da programação artística musical do festival executado em Pelotas é resultado de uma colaboração entre os 4 territórios envolvidos, portanto conta com artistas locais e um artista de cada fronteira.
Além da linguagem musical, o festival preocupa-se com a formação de público para as cênicas e convidou os espetáculos vindos de Porto Alegre para integrar a programação.
O Festival Sofá na Rua – Fronteiras Artísticas é fruto de uma parceria entre a Coordenação da Rede Sofá na Rua – Eixo Sul e o Instituto Hélio de Angola que foi proponente do projeto.
Projeto realizado com recursos da Lei Complementar nº 195/2022
Apresentado pelo Ministério da Cultura e a Secretaria da Cultura do Estado.
I Festival Sofá na Rua – Fronteiras Artísticas
I Festival Sofá na Rua – Fronteiras Artísticas é o resultado da articulação em rede de equipes residentes em 4 territórios fronteiriços do nosso estado, sendo elas, Pelotas, cidade matriz do movimento Sofá na Rua e três cidades do estado que fazem fronteira com o Uruguai: Jaguarão/Rio Branco, Chuí/Chuy e Bagé/Aceguá.
Na cidade de Pelotas, onde o movimento Sofá na Rua se desenvolveu e acontece de forma ininterrupta desde 2012, realizando mais de 100 edições do evento a céu aberto de maneira gratuita. Consolidou-se uma equipe entre artistas, técnicos, produtores e gestores culturais. O movimento tem uma gestão horizontal e democrática e tem por objetivo interferir no espaço público com narrativas urgentes de apoio à pluralidade de ideias e à diversidade poética e estética através de espetáculos musicais, cênicos, mostras audiovisuais e expressões das mais diversas linguagens artísticas, fomentando a formação de público para o segmento autoral e democratizando o acesso à arte.
Como consequência das práticas culturais que iniciaram em Pelotas, o movimento propagou-se para além das fronteiras geográficas, originando a Rede Sofá na Rua Brasil que conecta três estados RS (Pelotas, Jaguarão, Chuí, Bagé) MG (Frutal, Itabira) e RJ (Resende) possibilitando expandir-se enquanto tecnologia, deixando lastro que resulta não somente para os eventos e festivais que executa, mas principalmente, na formação, capacitação e profissionalização de equipes e mapeamento de artistas e agentes destes territórios que incorporam a rede.
O projeto, enquanto formatação conceitual, coloca em protagonismo fazeres e saberes de mulheres, não à toa, todas as gestoras das equipes Sofá na Rua são mulheres. Da mesma forma, o projeto incorporou em seu escopo uma equipe de acessibilidade, inclusão e diversidade que acompanhou todo o processo de produção dos festivais. Entendemos a importância de propiciarmos um espaço que permita a fruição da arte para todas as existências.
A equipe de Pelotas, enquanto coordenação e suporte opera de maneira significativa nos três territórios fronteiriços de abrangência do projeto, onde já existem equipes formadas e edições executadas. Portanto, o formato de um festival que ocorre consecutivamente em 4 cidades tem por objetivo formar um corredor cultural onde Pelotas é o canal de ligação entre fronteiras, o que permite a circulação de músicos e bandas entre as cidades realizadoras deste festival, além de intercâmbio cultural.
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Editor, gestor de conteúdo, fundador do ecult. Redator e pretenso escritor, autor do romance Três contra Todos. Produtor Cultural sempre que possível.
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