O Vinil Voltou no Blog do Cuca


“Ponta de areia, ponto final / Da Bahia-Minas, estrada natural…”

Lembro do primeiro álbum no formato “compact disc” que ouvi: um ao vivo do grupo Boca Livre, na extinta loja de departamentos Incosul. A música começava um a cappèlla sensacional. A pureza do som que saia pelas caixas era inédita pra mim. Vidrei. Eu precisava ter um CD-player.

Ia a todas lojas de discos, semanalmente, para ver as novidades. A Beiro reservou uma pecinha no segundo andar, exclusiva, soturna, onde eu folheava os CDs ainda nas caixas de transporte. Me sentia VIP. Meu “The Final Cut” do Pink Floyd veio de lá. Eram pouquíssimos lançamentos, mas iniciei minha coleção antes mesmo de ter onde tocá-la, com o primeiro da Marisa Monte e o “Big Bang” dos Paralamas. Comprei do Júnior (dono da Estúdio CDs), quando trabalhava na Trekos. Deixei-os na estante ao lado das fitas K7, esperando que meu pai abrisse a mão e me desse um equipamento de presente. Quando aconteceu, descobri uma locadora de CDs, cheia de importados – a Alfaveloca. Que festa! Gravava tudo no tapedeck. Era muita BASF 60. Não havia como comprar tudo. Aliás, para um adolescente, praticamente nada.

Agora, cerca de 20 anos depois, em plena democracia digital liderada pelo mp3, não é que o vinil ressurge mais glamuroso que o CD? Meio acanhado, mas megacult. Cheio de defensores, gente descolada, cool. Eu acho bacana, mas meu fascínio não vai além da nostalgia e do apelo visual que as dimensões da capa proporcionam. Em termos de qualidade de áudio, tenho considerações bastante contundentes.

Texto completo no Blog do Cuca.

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