O violonista e compositor Maithan lança seu álbum de estreia repleto de influências


Maithan
Foto: Humberto Schumacher

Natural de Canguçu (RS), o músico lança seu primeiro álbum que representa muito de sua  trajetória com o violão e a criação musical através da estética da música brasileira, gaúcha, latino-americana e erudita.

O som, a paisagem, os personagens, o frio e suas texturas. Uma estrada cheia de referências musicais – e até mesmo, literárias – encorpam o caldo e resultam num disco inteiramente dedicado à música instrumental, que reúne toda uma mescla de influências e interferências que dialogam entre si. É nesta toada que o violonista canguçuense  Maithan lança, no próximo dia 29 de setembro, seu primeiro álbum, intitulado “Maithan”, em todas as plataformas digitais. O pré-save já está disponível e pode ser feito através do link: https://tratore.ffm.to/maithan.

O álbum chega com a proposta de nos conduzir a um passeio e beber nas mais variadas fontes da música brasileira, gaúcha, latino-americana e erudita, marcando a importância dessa polifonia. Essa é uma característica que vai além do universo musical e absorve e se nutre muito da literatura também – “Acho difícil definir quais sejam as maiores influências e o que exatamente vem de cada um, mas é como se, ao experimentar criar minhas próprias receitas, eu partisse de ingredientes e temperos que aprendi a saborear nos pratos de Érico Veríssimo, Vitor Ramil, Guinga, Piazzolla, Brahms, Adélia Prado, Borghetti, Gismonti, Cartola, Carlos Aguirre, Gnattalli, Quartchêto, Manuel de Barros, Tom Jobim, Moscardini, Sarah Chaksad, Villa-lobos, Pirisca, Fauré, Marco Pereira, Quintana, Mônica Salmaso, Lúcio Yanel, Dominguinhos e outros tantos que entendem de ‘cozinha’ como ninguém”, explicou o músico.

Influências e referências

Natural de Canguçu, cidade do interior do Estado, e atualmente radicado em Porto Alegre, Maithan acaba reunindo e apresentando bastante da sua vivência e trajetória através das referências e da grande costura de elementos presentes em cada uma das composições, como ele mesmo destaca – “Acredito que trago muito desse imaginário do interior na minha música, não necessariamente uma ênfase rural, mas sim o interior do sul do estado, com a paisagem do pampa, o frio, a simplicidade”. Ele ainda ressalta a importância afetiva de alguns autores nesse contexto – “Ler Érico Veríssimo, por exemplo, foi uma experiência bastante profunda. De certa forma Santa Fé, a cidade fictícia de O Tempo e o Vento, com sua história e personagens, era muito parecida com a minha Canguçu e sua gente”.

A estética do frio e todas as texturas que perpassam por ela também estão muito presentes no álbum. Nesse cenário e conceito, artistas como Vitor Ramil, que têm em sua obra muito dessa relação com o pampa, suas paisagens, o frio e a vivência desse lugar, foram uma rica fonte de inspiração para o violonista e é possível perceber muito dessa estética no decorrer das faixas  – “Me identifico bastante com a obra do Vitor, com o detalhismo, a introspecção… e toda a reflexão sobre fazer música a partir do pampa, sobre aceitar o diálogo entre a cultura brasileira e dos países vizinhos como algo que instiga muito a minha relação com a criação musical”, completou.

O álbum “Maithan”

Composto por dez faixas, o álbum foi gravado na gravadora Transcendental Áudio, em Porto Alegre, com exceção das gravações de bateria e percussão, que foram realizadas no EcoStudio, em Villa Elisa, Buenos Aires, Argentina.

Além de Maithan, no violão 7 cordas, participam do projeto ainda os músicos Davi Raubach (acordeon), Edu Martins (baixo acústico), Elias Barboza (bandolim), Ianes Coelho (flauta), Julio Rizzo (trombone) e Mariano Cantero (percussão).

A direção musical é de Edu Martins e Maithan, assim como os arranjos.  A gravação ficou a cargo de Leo Bracht (que também assina a mixagem e a masterização), Leonardo Mocca e Sebastián Perkal.

A arte da capa e do encarte são de Quenani Leal e as fotos de Humberto Schumacher.

Shows de lançamento

Ainda como parte do lançamento, está prevista uma tour passando por quatro cidades gaúchas: Porto AlegreCamaquãCanguçu e Pelotas, no final de 2023. Além dos shows,  algumas atividades serão apresentadas como parte do projeto. Entre elas: Oficina: Escuta e apreciação de música instrumentalOficina: Palavra, som e movimento: a música em cena na sala de aulaConcerto didático para escolas públicasConcerto de lançamento do álbum ‘Maithan’.  Neste mesmo período, está previsto também o lançamento do disco físico. Todas as informações podem ser obtidas através do perfil oficial do músico no Instagram: https://www.instagram.com/maithanautoral/

O projeto foi financiado através do PRÓ-CULTURA – Governo do Estado do Rio Grande do Sul, com patrocínio de: Biri Refrigerantes, Tordilho Alimentos e Aços Favorit.

Histórico do artista

Maithan lembra que começou na adolescência a sua história com a música e que o primeiro contato com o violão veio através de um presente de um grande amigo da família. 

“Meu irmão ganhou um violão de um amigo da família, o Natanael, mas acabou não dando muita bola. Era um instrumento usado que estava, inclusive, com algumas peças quebradas.  Por incentivo da minha irmã, resolvi começar a fazer aulas de música e foi justamente o momento de abraçar aquele violão. Com a orientação do meu pai, que era marceneiro, restaurei, troquei o jogo de tarraxas, colei partes quebradas, lixei, pintei e até colei um escudo no tampo pra ficar estiloso! Foi assim que tudo começou…”.

Depois que iniciou na música, sua trajetória não parou mais. O violonista graduou-se Bacharel em Violão pela Universidade Federal de Pelotas em 2012, quando começaram a surgir os primeiros trabalhos no meio. Durante a graduação integrou o Quinteto Guitarreria, grupo de música instrumental coordenado pelo professor Thiago Colombo. Participou em arranjos e gravações dos discos Lama e Sexta-feira, do compositor Juliano Guerra. Criou trilha sonora para os espetáculos “Aos Sãos”, vencedor da categoria Revelação do prêmio Açorianos de Teatro em 2016, como melhor espetáculo, melhor direção e melhor espetáculo pelo júri popular; e “A História das Cores”, ambos com direção de Thais Andrade; e “Próximo”, com direção de Magda Schiavon. 

Violonista e compositor Maithan lança seu álbum de estreia repleto de influências

QUANDO: 29 de setembro de 2023
ONDE: Plataformas digitais
FOTO: Humberto Schumacher
ASSESSORIA DE IMPRENSA: Patuá Conteúdo Criativo
PRÉ-SAVE: https://tratore.ffm.to/maithan

Leia também: The Beatles Tribute no Theatro Guarany em Pelotas no dia 29 de setembro

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